terça-feira, 16 de novembro de 2021

Real Terror: banda lança lyric vídeo para o single “A violência ainda não acabou”




A banda thrashcore/grind Real Terror lança lyric vídeo da música “A violência ainda não acabou”, que fará parte do álbum “Enquanto uns riem outros choram” o novo álbum está em processo de gravação.

O lyric vídeo foi gravado, produzido e masterizado por Rômulo Felício – Under Studio em Ribeirão Preto-SP. A música “A violência ainda não acabou” é o segundo single da banda lançado em 2020 nas principais plataformas streaming.


Confira o lyric vídeo do single “A violência ainda não acabou” disponível no YouTube!

https://youtu.be/Hi4MQyG6Rbw


Oriundos de Ribeirão Preto (SP), a banda foi formada em 2006 com a proposta fazer um som agressivo que faz principalmente um crossover de Thrashcore e Grind e com letras que abordam a violência na sociedade moderna. Após uma longa pausa iniciada em 2009, a banda retorna as atividades apenas no início de 2020 com uma nova formação para finalmente fazer seu primeiro registro de estúdio, “Enquanto uns riem outros choram”.

O disco contará com o total de 12 faixas, as músicas irão mostrar uma diversidade de influências dentro do thrashcore ao deathcore, sempre com muito peso, tanto no som quanto na abordagem dos temas nas letras.

A versão 2021 do Real Terror inclui os músicos: Rodrigo Gutierrez nos vocais, Angelo Curti na Guitarra, Yuri Balsis no Baixo e Pedro Roberto na bateria. Além de dois membros fundadores da banda, Alex Borges na guitarra e Daniel Batista (ex baterista e principal letrista da banda), atualmente nos vocais também.


Mais informações:

Facebook:

http://www.facebook.com/RealTerrorOfficial

E-mail:

bandarealterror@gmail.com

Spotify:



segunda-feira, 15 de novembro de 2021

5 DISCOS QUE MUDARAM MINHA VIDA #6






Recentemente falamos com o Rick da Spidrax pra que nos contasse quais foram os cinco discos que mudaram sua vida, e de imediato também fizemos a pergunta ao batera da banda André Leite, e agora vamos conhecer quais foram os discos que entortaram a vida do responsável pelos tambores da Spidrax, com a palavra, André!!! Aproveitando a oportunidade, não deixem de conferir o novo EP da banda, "Evisceração", que fizemos uma resenha por aqui, só acessar os links ao final da matéria e conferir mais informações sobre a Spidrax.







 


Nirvana - Nevermind

Meu primeiro contato com o "rock" veio aos 12 anos e aqui foi o começo de tudo. Depois disso, só pensava em deixar o cabelo crescer e usar roupa preta. Acho que esse disco mudou a vida de muita gente, e comigo não foi diferente.





Slipknot - Iowa


Na adolescência quando já tinha descoberto o metal, esse já era o disco mais pesado que eu já tinha ouvido. A mistura toda de peso, groove, visual, caiu como uma luva nessa fase da vida, e é uma das poucas bandas que ainda acompanho desde aquela época. Com certeza a banda que mais me deu vontade de tocar bateria quando ainda era moleque, lembro de ficar batucando no sofá junto com as músicas tentando imitar os caras.




Cólera - Pela Paz

Clássico, né? Quando comecei a frequentar os roles de shows e underground, o Cólera sempre foi referência de som, atitude e comportamento como uma banda. Me introduziu ao melhor lado do punk, e de longe é a banda que mais vi shows na vida, e sou muito feliz de ter tido a oportunidade de tocar em algum deles, ter conhecido o Redson e poder dizer que ele realmente era um ótimo ser humano.





Descendents - Everything Sux


Bill Steverson rapidamente virou  minha referência de batera após eu conhecer esse álbum! Pra mim, mostrou que o punk rock também pode ser melódico sem ser chato. Banda clássica que me fascinei após também conhecer a história.





Blitzkid - Let Flowers Die


Aí veio o horror punk e o resto foi só caos e destruição. Esse álbum chegou em mim pela internet ,logo após eu ficar viciado em Misfitis, e precisava ouvir mais bandas que soassem assim. Ouvia a coletânea "This is horror punk" da Fiend Records  (quem lembra?) todo dia e ficava caçando as bandas que eu mais gostava. Felizmente o Blitzkid tem uma sonoridade bem própria, mesmo com toda a influência, tem melodias maravilhosas e o som rápido, com certeza uma grande influência pra Spidrax.


LINKS RELACIONADOS


http://microfoniaundergroundblog.blogspot.com/2020/06/entrevista-spidrax.html


http://microfoniaundergroundblog.blogspot.com/2021/09/5-discos-que-mudaram-minha-vida-5.html


https://www.instagram.com/spidraxhorror/


https://spidrax.bandcamp.com/


sexta-feira, 12 de novembro de 2021

Vulthum: banda explica conceito do debut "Shadowvoid"


 A banda Vulthum surgiu de maneira despretensiosa em 2019 e teve seu debut de lançamento em setembro de 2021. O estilo da banda busca origens da velha escola do Black Metal escandinavo dos anos 90 e se define como Cold and Grim Black Metal.

O pilar e inspiração das composições perpassa pela influência de medalhões como Darkthrone, Gehenna, old Satyricon, old Immortal, old Ancient, Urgehal, Beastcraft, Sargeist, Graven, entre outros.

O álbum intitulado "Shadowvoid" conta com 8 faixas que desperta em seu ouvinte sentimentos de nostalgia dos tempos gloriosos do Black Metal com músicas que buscam expressar frieza, individualismo, licantropia, introspecção e angústia, obscurantismo e seitas medievais, energias interiores e poder, em que a principal preocupação é a sonoridade tensa e obscura que promove identificação do ouvinte com o passado.

Vulthum já recebeu diversos feedbacks sobre sua música que podem ser classificados como sendo uma "imersão no sentimento de desgosto e na Inabilidade de construir sentimentos positivos".

O nome da banda, VULTHUM e de seu álbum, Shadowvoid, são termos que traduzem e identificam com a linguagem pertinente ao resgate da atmosfera dos velhos tempos. 

O nome da banda traz alusão ao latim e o nome do álbum traz ao sombrio, assim como o logo da banda e a construção estética da arte toda em Preto e Branco que são de assimilação imediata com a temática Black Metal.





Ouça "Shadowvoid" disponível no canal da Black Metal Promotion no YouTube:


https://youtu.be/nPKucAz8uuE


Mais informações:


Facebook: 

https://www.facebook.com/Vulthum-108078321116232

Instagram:

https://instagram.com/vulthumbm_official?utm_medium=copy_link

terça-feira, 5 de outubro de 2021

VOMIT BAG SQUAD - TALES FROM THE BAG (2021) - REVIEW MICROFONIA


 

VOMIT BAG SQUAD


· Atividade: 2021 - Atualmente


· Origem: Brasil - São Paulo 


· Album: TALES FROM THE BAG


· Gravadora: INDEPENDENTE


· Gênero: Thrash metal/Horror Thrash


Vou começar esse review mando a máxima, brasileiro gosta mesmo é de thrash metal! E se essa banda manda um horror thrash carregado de letras que fazem referência ao puro sumo dos filmes de horror podrões que amamos, somando a isso uma sonoridade cheia de riffs cortantes, paradas mortais, bateria em altos bpm's e um vocal que devo dizer, Daniel Pacheco nasceu para cantar em bandas de trhash/crossover, curto o trampo do cara desde a Cursed Slaughter e Kultist, que já figuraram por aqui inclusive.

Agora vamos abrir um parenteses aqui para o trabalho de Jhon França, o mano é um multi-instrumentista e toca em bandas tão maravilhosas quanro a Vomit Bag Squad, como Blasthrash, Cerberus Attack e Eskröta e aqui nesse play o cara toca todos os instrumentos e destruiu em todos, contruindo uma massa sonora pra atropelar os desavisados, o bom gosto de Jhon é notável, passagens cadenciadas muito bem encaixadas, partes melodiosas em meio ao caos e belissimos solos que me fazem colocar a V.B.S. como uma das melhores coisas que ouvi nesse ano e já está na minha lista de melhores do ano sem dúvidas.

Desde o lançamento do primeiro single de "Soulmates beyond the flesh" em abril que fiquei no hype para o lançamento de um full desses caras, que música meus amigos, single certeiro para dar o cartão de visitas do que estava por vir, e não há ressalvas, temos um grande trabalho aqui, os outros dois sons que saíram também seguem no mesmo nível, "Tomatoes of death" e "Beware the moon", poderiam ser citadas como destaques deste disco facilmente, porém não dá pra resumir "Tales from the bag" apenas nessas faixas, o disco inteiro é lindo e destila petardo atrás de petardo!

A abertura do disco com "Acid for blood" eleva as expectativas e não decepciona na sequência, mas vamos colocar aqui as faixas que já podem ser emolduradas, pois são obras de arte do roque veloz, pessoal, "Fear the Chainsaw" é o tipo de música que te coloca pra pogar no meio da sala, da vontade de quebrar tudo, e de cara já saí cantando junto o refrão! Os singles já citados acima devem ser ouvidos com atenção pois são o suprasumo do Thrash flertando com as histórias mais fodas de terror que conhecemos, Tarantino figura nesse disco através de "Satanico Pandemonium", clima do som casou perfeitamente com a cena de "Um drink no inferno", poderia tocar no filme ou na série que faria todo sentido pra mim, vale ressaltar que aqui rola a participação do Robson da Toxic Carnage, "Anck-su Namum" se não estou com ouvido ruim tem a participação nos vocais de Ya Exodus (Eskröta), achei essa faixa incrível e essa dobradinha no vocal deu ainda mais classe no som, quem mais soma no disco é Marcelo Araújo com o solo da faixa "What a piece".

Por fim temos um cover para "Stick in a hole" do The Accüsed, que encerra os trabalhos em "Tales from the bag" em grande estilo, logo mais vai rolar o lançamento físico desse trampo, então fiquem ligados e adquiram o trabalho dos caras, prestem apoio ao underground e de quebra adicione um grande disco de thrash metal em sua coleção!



LINKS RELACIONADOS


https://www.facebook.com/vomitbagsquad/

https://open.spotify.com/album/1kwWVuVI6wku19ohQiaP2x?si=urkujW31Q8GITNtdlMZmBQ&dl_branch=1

https://vomitbagsquad.bandcamp.com/



terça-feira, 14 de setembro de 2021

SPIDRAX - EVISCERAÇÃO (EP) - 2021 - REVIEW MICROFONIA

 



SPIDRAX



· Atividade: 2014 - Atualmente

· Origem: Brasil - São Paulo - SP

· Album: EVISCERAÇÃO - EP (2021)

· Gravadora: INDEPENDENTE

· Gênero: HORROR PUNK


Esse EP da Spidrax já me ganhou antes mesmo do lançamento, a ideia de fazer versões de sons de grandes bandas do horror punk brasileiro, homenageando e entregando sua assinatura nas faixas já me fazia ver com bons olhos o trabalho.

O título do EP tem muito a ver com o que foi feito com as faixas das bandas escolhidas, digo isso pelo lado positivo, "Evisceração" é altamente indicado tanto para quem conhece as bandas que foram escolhidas, tanto pra quem vai ouvir tudo pela primeira de cada horda ali presente, pois a identidade que a Spidrax carimba sobre as faixas pode confundir desavisados, o vocal do Rick, o timbre da guitarra de Rafa Romanelli e as levadas precisas de André Leite se fundiram de maneira muito interessante a personalidade "original" das faixas, portanto ouçam as bandas originais caso não conheça os trabalhos pra que entendam o que digo, não são simples  covers, houve cuidado em colocar a cara da Spidrax nessas músicas.

Abrir o trabalho com a faixa "Sertão Sangrento" da banda homônima, foi sem dúvidas uma excelente escolha, curto demais a energia desse som, e a Sertão Sangrento é foda, todo o disco que acompanha essa faixa inclusive, posso dizer que curti a versão tanto quanto a original e na sequência vem "O médico e o monstro" da banda Ossos Cruzados, outra banda fudida dessa cena do horror punk brasileiro, do disco "Espectrofobia", aqui é uma ocasião em que a marca da Spidrax faz muita diferença, deu outra aura ao som. Na sequência Viborah mantem a qualidade em alta, interessante ouvir a faixa com o vocal do Rick e com outra produção, visto que a original é com um vocal feminino, Viborah Horror Punk tem seu EP disponível no Spotify que tem cinco faixas bem legais, então aproveitem e conheçam o restante do trabalho.

Partindo para as duas faixas finais, a versão para "Mata" da Zumbi Holocausto é demais, essa música tem um clima muito interessante, melódica, pesada, densa, curto a vibe desse som, e a Spidrax captou o que de melhor havia nessa música e amplificou suas qualidades melódicas, e o final ao piano é poético de uma forma fúnebre!!! "A morte comigo" da banda Pesadelo Brasileiro encerra os trabalhos desse EP com o mesmo ímpeto que começou, outra música foda, de uma banda foda, sendo executada com maestria e rendendo mais uma bela homenagem.

No resumo, a Spidrax trabalhou muito bem o lado melódico de todas as faixas, executando de forma precisa e com muito esmero na produção pela Infecta Produções do guitarrista Hebberty Taurus da Ossos Cruzados. Além disso conta com arte do Rafael Panegalli, que fez uma capa incrível que vale apreciar, deu um visual condizente ao conteúdo do EP que está disponível no formato digital na sua plataforma de streaming preferida, não percam tempo e apreciem essa obra do Horror punk brasileiro!!!





LINKS RELACIONADOS


https://www.facebook.com/spidraxband

https://open.spotify.com/album/7qNvqPFLGhRAsArajQPUKW?si=i0Ow-9tIS6Cd_gYx2r3JRg&dl_branch=1

https://www.instagram.com/spidraxhorror/

http://microfoniaundergroundblog.blogspot.com/2021/09/5-discos-que-mudaram-minha-vida-5.html

http://microfoniaundergroundblog.blogspot.com/2020/06/entrevista-spidrax.html



sexta-feira, 3 de setembro de 2021

5 DISCOS QUE MUDARAM MINHA VIDA #5

 


Fotografia: @danimoreirafotografia


Aproveitando a ocasião, já que dentro de alguns dias, pra ser mais exato em 09/09/2021 vai ao ar o novo EP da Spidrax, composto de covers que a banda escolheu a dedo, achamos que seria um bom momento pra trazer o Rick, baixista e vocalista da banda, para nos contar quais foram os "5 DISCOS QUE MUDARAM SUA VIDA", a banda tem várias novidades programadas para o segundo semestre, como um documentário retratando detalhes da gravação desse novo EP, participação numa coletânea gringa com um som inédito, uma versão de um som do Zumbis Do Espaço em um tributo e um EP com live dos principais sons de toda carreira da banda, ou seja, fiquem ligados nos próximos passos da banda e com a palavra Rick da Spidrax:


A música sempre fez parte da minha vida, das trilhas sonoras dos LPs de novelas dos anos 80 e 90, ao primeiro vinil do Kiss. Muita coisa rolou e contribuiu na minha formação musical, escolher somente cinco álbuns que mudaram minha vida será tarefa bem difícil, porém saudosa. Vamos lá?




N° 1 Secos e Molhados (1973)

Esse é um álbum fantástico, lançado em pleno regime militar, com 13 faixas repletas de protesto e críticas sociais em forma de poesia, na voz do grande mestre, Ney Matogrosso. Esse disco é atemporal e considero um pecado capital pular qualquer faixa dessa obra.




N° 2 Misfits Earth A.D (1983)

Earth A.D. é o segundo álbum da saudosa era Danzig, com 12 faixas da mais pura energia sonora do punk, mesclados à temática do horror.

Esse álbum influenciou diretamente a minha formação musical.




N° 3 Danzig 1 (1988)

Primeiro álbum da carreira solo de Glenn Danzig (ex- Misfits), é o de fato o meu favorito na face da terra. Metal, blues, flertes  satânicos e um time de músicos de primeira foi a receita ideal pra ganhar meu coração.

É o disco que eu mais escutei na minha vida e tenho certeza de que continuarei o escutando por décadas.




N° 4 Racionais MC's Sobrevivendo no Inferno (1997).

Esse foi o meu primeiro contato com o Rap nacional. Mesmo após 24 seu de lançamento, as mensagens contidas nesse álbum ainda soam atuais.

É uma obra totalmente atemporal, um trabalho magnífico que há de perpetuar na história da música brasileira.




N° 5 Eduardo Taddeo Necrotério dos Vivos (2020).

Visceral, atual, explícito. Esse álbum é um choque de realidade. Um filme de terror da vida real, onde os protagonistas são pessoas nascidas e criadas na periferia de SP, que lutam por igualdade e oportunidade, sobrevivendo à um sistema cruel, injusto e hediondo.

Essa é uma obra magnífica e com certeza e tende a ser atemporal.

É isso mano. Esses são os álbuns nos quais eu não ouso pular uma faixa sequer. São meus discos de cabeceira.


LINKS RELACIONADOS


http://microfoniaundergroundblog.blogspot.com/2020/06/entrevista-spidrax.html

https://www.instagram.com/spidraxhorror/

https://spidrax.bandcamp.com/


segunda-feira, 30 de agosto de 2021

MAIS QUE PALAVRAS - DUAL (2021) - REVIEW MICROFONIA


 


MAIS QUE PALAVRAS


· Atividade: 2010 - Atualmente

· Origem: Brasil - Brasília-DF

· Album: Dual (2021)

· Gravadora: AWMR RECORDS

· Gênero: Hardcore Punk



Foi pro ar hoje o novo album da Mais que Palavras, "Dual", uma banda que venho acompanhando e que já esteve presente aqui no blog, confesso que andei afastado dessa sonoridade praticada pela banda, um hardcore que soa rápido e pesado, mas que possui bastante melodia em suas linhas de composição, essa sempre foi a pegada da banda, porém eles elevam isso a outro nível nesse novo disco, isso creio eu seja a intenção, passar a ideia de dualidade como já entrega o título do album.

Vamos explicar o raciocínio, o primeiro ponto que vale ressaltar que deixam as músicas de "Dual" bem heterogêneas são as excelentes participações que rolaram que fazem um contraponto ao vocal rasgado a cargo de Manoel Neto, que cobre muito bem toda massa sonora despejada pela banda, mas ao combinar com os vocais dos participantes deram personalidades diferentes a essas faixas, bons exemplos em que isso acontece e que as músicas ficaram sensacionais foi em "Ser e estar" com Rodrigo Lima do Dead Fish, "O que não se pode Medir" com Milton Aguiar do Bayside Kings e a faixa título, "Dual", com Toby Morse da H20 e Derick Green do Sepultura.




Porém não vou me ater a destacar faixas em que houveram participações, a abertura dos disco com o "Peso das palavras" é de impacto, letra foda e o som que conhecemos da Mais Que Palavras apavoram, seguida de "Outro em Mim", que começa cadenciada e depois descamba naquele HC gostoso de ouvir, temos também a excelente faixa que se tornou um dos singles do disco, "Linhas imaginárias", então basicamente, dá pra apertar o play e seguir da primeira à última faixa desse play sem trocar a track.



Outra grande surpresa foram as três faixas acústicas presentes aqui, como disse acima, a ideia de dualidade é bastante explorada, não apenas ideologicamente mas também na sonoridade, as faixas "Ciclo" e "Despedida", tem lindas melodias ao violão e cordas, com letras intimas, bastantes pessoais e com uma carga emocional que se faz transmitir ao serem ouvidas, você consegue mergulhar no universo descrito ali e com certeza vai se identificar ou enxergar ali algum amigo, nem vou entrar nos detalhes, peço que ouçam e deem atenção a essas faixas, curti muito essa mudança repentina de clima no disco.

O disco fecha com a última das três faixas acústicas e entrega sua última participação, "Fora de mim" é outra bela canção, com Gabriel Zander mandando muito bem, um clima diferente do que encontramos no começo do disco, mas como já repeti várias vezes, entendi como uma analogia ao título do disco, a banda não seguiu uma única receita ao compor as faixas que escutamos ao longo da execução desse play e o resultado final é muito satisfatório, pois tem um equilíbrio legal entre as partes e funciona muito bem quando encaixamos como um todo.


LINKS RELACIONADOS


https://www.facebook.com/MxQxPx

https://www.instagram.com/maisquepalavrashc/

http://coloradoheavymetal.blogspot.com/2014/06/

 

SURRA - NINHO DE RATO - EP (2021) - REVIEW MICROFONIA



SURRA


· Atividade: 2012 - Atualmente


· Origem: Brasil - Santos-SP


· EP: Ninho de rato (2021)


· Gravadora: Cadeia Records/Laja Rex


· Gênero: Thrashpunk/Powerviolence/Grindcore



O Surra é uma banda que pode ser considerada como opererários do underground devido a sua tamanha produtividade e movimentação, acho que já disse isso antes, mas vale repetir. Encarando as coisas dentro deste contexto é muito bom pra quem curte e scompanha a banda, pois sempre há novidades rolando e sempre que tem um novo lançamento da banda, fica a expectativa, de como irá soar, a cada EP ou disco os caras vem aumentando o sarrafo na sua música que sempre foi rápida e pesada, mas pode ser mais, e "Ninho de rato" nos mostra isso.



Lançado dia 14/18/2021, o EP traz dez faixas inéditas e dois covers, total de 12 sons distribuidos em 10 minutos de gravação, isso por si só já é um prenuncio de como a banda está soando neste lançamento, não há mudanças drásticas de sonoridade, apenas o fato de que nuances que sempre estiveram presentes na musica dos rapazes de Santos, aqui nessas faixas estão se sobressaindo ao Thrashpunk que já estamos acostumados, portanto apesar de ser chato ficar rotulando as coisas, fica claro aqui que a pegada é na área do Fastcore, Powerviolence e Grindcore, é possível sacar doses bem aplicadas ao longo da execução.

Algo que realmente não mudou e isso é ótimo, são o conteúdo das letras, que se mantém ácido e afiado, tecendo criticas ferrenhas ao governo e toda enxurrada de desgraça que tem se abatido sobre o pobre e trabalhador neese país, sem refresco, sem piedade, cada relato vomitado é um soco no estômago de quem ainda acredita que tem algo de positivo em meio a esse inferno que tudo se tornou.

Pra citar exemplos de faixas que se destacam é até complicado, porém ouçam com atenção "Motor da História", "Acreditam em tudo", "Trabalhar até morrer" e "Roendo osso", letras sensacionais, mas sem dúvidas vale a audição de tudo nesse EP, até porque em piscar de olhos você ouviu ele três vezes seguidas e nem se deu conta.

Vale citar que a produção dos últimos trampos da banda tem sido feita pela própria banda, a cargo do Léo comandando a mesa, tá sendo bem satisfatório o resultado, e a banda lançou no canal do youtube um making of bem massa sobre a gravação do EP onde dá pra acompnhar e entender um pouco de como foi esse processo.

Por último e não menos importante vamos falar sobre esses dois covers que figuram no EP, vale citar que o formato que foi pensado esse trabalho era para ser lançado em vinil 7", porém devido a demora no prazo de entrega pelas fábricas, fez com que a banda optasse por lançar em formato de K7 esse trampo, via Cadeia Records e Laja Rex.




Sendo assim, cada lado do EP fecharia com um cover, Lado A como um cover para "Hang the pope" da Nuclear Assault e o Lado B com um cover para "Convivência" da Cruel Face", que se encaixaram nuito bem com as demais faixas se integrando muito bem como se fossem composições da Surra nesse EP e acompanham o ritmo de velocidade e brutalidade que se observa por toda audição, vale ressaltar a parte gráfica do EP que ficou a cargo do canadense Tommy Wilson, que entregou uma arte que combina demais com a proposta grindcore apresentada durante as faixas.

Enfim, ouçam a banda e adquiram os materiais dos caras pra manter o lance vivo, o underground só sobrevive através do apoio de quem estáenvolvido, sou suspeito pra falar sobre o Surra, pois é uma das minhas bandas preferidas e desde que surgiram com o "Bica na cara" lá em 2013 se não me engano, sempre me deleito com os lançamentos que vieram enfileirando desde então, curtam essa porrada!!!


LINKS RELACIONADOS


https://surrathrashpunk.bandcamp.com/

https://www.facebook.com/surrathrashpunk

https://www.youtube.com/channel/UCmq3ZBaKJtvzw3f3TgT9fyQ

https://www.instagram.com/surrathrashpunk/

http://microfoniaundergroundblog.blogspot.com/2019/10/surra-escorrendo-pelo-ralo-2019-review.html

http://microfoniaundergroundblog.blogspot.com/2017/04/entrevista-surra.html

segunda-feira, 23 de agosto de 2021

GURO - MISSA PROFANA (2021) - MICROFONIA REVIEW


 • Banda: Guro


• País: Brasil (Londrina-PR)


• Atividade: 2014-presente


• Álbum: Missa Profana


• Gravadora: Vários selos 


• Gênero: Grindcore, Death Metal


• Membros: Thiago Franzin - Guitarra, Francisco Paiva - Bateria, Eron Bueno - vocal



Pouco mais de um ano depois do lançamento de "Anticristo", sem tirar o pé do acelerador os caras soltam na praça o sucessor e segundo full da banda, "Missa Profana", com 17 faixas distribuidas em pouco mais de 25  minutos de duração, despejando a sonoridade que a Guro domina tão bem, esse grindcore desgraçado que flerta em vários momentos com o death metal.

A banda vem soando muito bem nesse segundo full, gravação do disco foi muito coesa, apesar de todo o caos sonoro que a música da Guro proporciona, ficou tudo muito bem distribuído e conseguimos compreender bem o que é executado, isso claro, digo em termos de ouvidos já acostumados a esse turbilhão de riffs e blast beats com vocais ensandecidos.

Uma das paradas mais interessantes é ver o trabalho de guitarra de Thiago Franzim que tem uma técnica refinada e toca de forma totalmente diferente em outros projetos, mas que ainda em meio a brutalidade da música aqui executada dá pra se perceber os requintes e lampejos dessas outras empreitadas mais "melódicas" sendo empregados em um momento ou outro.

Francisco Paiva manda aquilo que as músicas precisam, vida de baterista de banda de roque veloz não deve ser fácil, brincadeiras a parte, o trabalho de execução da bateria ficou foda e como disse antes a gravação captou de forma sublime tudo isso, sem embolação, e os vocais de Eron cobrem toda a massa sonora berrando desesperadamente, num vocal rasgado, que transmite muito bem a mensagem contida em "Missa Profana".

Por último e não menos imoportante, fica aqui o registro do quanto curti o trampo gráfico que envolve todo esse trabalho, a capa de "Missa Profana" e o poster que acompanha a mídia física pra quem for adquirir, foram feitos por Barbara Gil e ficaram muito foda! Vale a pena adquirir esse material em formato físico, pois além do apoio a banda, você poderá levar um trmapo gráfico primoroso embalando essa desgraceira sonora ilimitada que é a Guro.




No mais, reservo a cada um que resolver ler essa resenha a missão de abrir seu streamimg preferido, e conferir com seus próprios ouvidos esse disco!!!



TRACKLIST

1.Missa Profana 

2.Escravos 

3.Maconha 666 

4.Solitude 

5.Morte ao Proletário 

6.Ninguém Me Representa 

7.O Diabo Está Entre Nós 

8.Mão Esquerda 

9.Izo 

10.O Mar 

11.Empresas 

12.Pesadelo 

13.Ética da morte

14.Deadly Nightmares 

15.Crackheads With Machine Guns 

16.Retaliação 

17.The Eyes Of Death


LINKS RELACIONADOS:

https://www.instagram.com/gurogrind/

https://www.facebook.com/gurodeath

http://microfoniaundergroundblog.blogspot.com/2020/04/guro-anticristo-2020-review-microfonia.html


BASTTARDZ - 2021: UMA ODISSEIA NO INFERNO EP (2021) - MICROFONIA REVIEW

 

BASTTARDZ


· Atividade: 2019 - Atualmente


· Origem: Brasil -  São Luís - MA


· EP: 2021: Uma Odisseia no Inferno


· Gravadora: Evil Rites Records


· Gênero: Thrash metal/Hardcore/Crossover





"2021: Uma odisseia no inferno", é o mais novo trampo da banda maranhense de thrash/crossover Basttardz, consite em duas faixas que ficaram de fora do primeiro album da banda, o "Brazil com Z", "Chupacabra" e "Babilonia em chamas".


 


 Agora vamos deixar uma questão bem clara por aqui, não se tratam de sobras, são duas faixas fudidas e que fazem frente a tudo o que já conhecemos da banda e felizmente acrescentam mais munição ao já poderoso repertório da banda.

As duas faixas forma produzidas no mesmo estudio onde o "Brazil com Z" foi gravado, KM4 Produções, e apresentam o mesmo nível dos registros anteriores, produção equilibrada, tudo encaixado no lugar, porém com sujeira no nível certo e intrumentos e vocal bem na cara, tudo bem audível, trazendo aquela sensação de a banda estar executando o som ali na sua frente.

 


 Aproveitando o corre pra atualizar os movimentos da banda, o "Brazil com Z" foi disponibilizado em formato físico e  está a venda na Galeria do Rock na Die Hard Records e em breve na loja virtual da banda, também vai rolar um ao vivo da banda no Canal Scena que com certeza vai ser fudido como todos os materias gravados no Family Mob, portanto não deixem de prestigiar todas as novidades da banda!!!

Outra parada que vale conferir, é o clipe de "Fogo na Zona Sul", lançado a algum tempo, mas já surfando nas onda das novidades vejam o clipe deste já clássico hino anti burguês safado!!!




LINKS RELACIONADOS

CÉREBRO DE GALINHA - NORTE EM CHAMAS - EP (2021) - REVIEW MICROFONIA


CÉREBRO DE GALINHA

· Atividade: 2014 - Atualmente

· Origem: Brasil -  Marabá-PA

· EP: Norte em Chamas (2021)

· Gravadora: Lei de apoio a cultura

· Gênero: Hardcore/Crossover

A Cérebro de Galinha é a cara do underground real, vive as mazelas de ser brasileiro na pele diariamente, formada por uma galera que mete a cara pra manter o corre vivo, aprecia um goró maroto pra curtir e toca o som que ama e acredita, junta-se a isso tudo muita raiva de tudo o que acontece a sua volta e toda essa mistura de zueira, amizade, bebida, revolta, vontade fudida de tocar e temos um som visceral, sem firulas, sujo e agressivo!

O EP "Norte em Chamas" é o sucessor de seu álbum de estreia "Sociedades Secretas" de 2018 e mantém a pegada de um punk hardcore/crossover brutal e raivoso, com seus espasmos de humor ácido, que nesse caso poderíamos descatar a genial "Pororoka", porém, ao longo das oito faixas desse EP vai ser possível encontrar tudo aquilo que já conhecemos da banda, mas aprimorado e soando natural como sempre, não precisam forçar pra fazer um som fudido que nos cativa de cara.

Esse EP foi um projeto aprovado na Lei Aldir Blanc Pará, a arte da capa ficou a cargo de Rique Bentes, a gravação foi realizada no Legacy Studio Marabá, e a mix/master ficou a cargo de Jörn Michutta do Mike Utah’s Audio Ranch .



Links relacionados:

Documentário Tribo's Bar 25 Anos - Mãos de Fogo


 Não há como negar a impotância do Tribo´s Bar para o underground de Maringá e do norte paranaense, abrindo espaço para ínumeras bandas ao longo de seus 25 anos de existência e trazendo nomes consagrados, nacionais e internacionais para o palco do nosso amado Tribão!!!

Então foi com muito gosto que me coloquei a assistir esse documentátio que traz a tona retalhos importantes de toda essa trajatória pelo próprio zelador do inferno, o Juninho que conta como tudo surgiu e os depoimentos de figuras e bandas que participaram dessa história.

O documentário foi produzido Telu Produtora Audiovisual e roteirizado, produzido e editado pelo Maicon Luka, entregando um trabalho que sintetiza muito bem o tamanho que tem esse bar para o underground e para as bandas que por ali passaram, um documento e tanto pra quem quiser conhecer como foi a construção do caminho que levou esse bar a ser ponto de parada obrigatório das tunês da maiores bandas do país e do mundo!

Impossível não se emocionar com tantos relatos históricos, além de que se caso você tenh tido o prazer de fazer parte dessa história de alguma forma, vai se sentir representado em meio a tantas lembranças das quais deve ter feito parte como frequentador do bar ou como músico se apresentando.

Enfim, serão duas horas e meia bem empregadas pra assistir esse doc, disponível no youtube pra todo mundo, que essa pandemia acabe logo, pra que o quanto antes possamos retornar ao Tribo´s, tomar uma e curtir música boa como de costume!!!



terça-feira, 20 de julho de 2021

ENTREVISTA COM VITOR CARNELOSSI - LONELINESS OBSERVATORY

Loneliness Observatory é mais nova empreitada do guitarrista e compositor de mão cheia, Vitor Carnelossi, há anos envolvido em bandas underground e produzindo música autoral, ele sempre entregou grandes músicas dentro dos projetos que integrou, porém aqui ele se juntou a alguns parceiros diferentes do usual, fora de seu nicho de costume pra dar vida a composições que rompem barreiras de tudo aquilo que ele vinha produzindo até então, dando um salto em termos de qualidade de produção e trazendo um ar mais contemporâneo ao tipo de sonoridade que conhecemos em suas composições no Tragedy Garden por exemplo. O que quero dizer com isso é que acho um projeto melhor ou pior? Jamais! Curto demais o trabalho do Tragedy, mas achei bastante empolgante conhecer outra faceta musical do Vitor como Guitarrista e admirável como as composições se diferenciam de seus outros trabalhos apesar de caminharem por universos próximos. Quem pode dar mais detalhes sobre tudo isso é o próprio e em breve todos que quiserem poderão conferir os sons em sua plataforma de streaming preferida, já que a previsão é de que o single "Dark Horizon" vá ao ar no dia 25/07/2021, fiquem ligados, prestigiem o underground, apoiem o metal nacional!   




Vitor, acho que não existe outra forma de começar essa entrevista sem que a gente olhe para o passado e pra tudo que já foi feito com uma gigantesca contribuição de sua parte para o underground do interior, onde não há espaços e nem visibilidade e mesmo assim ao longo de tantos anos você sempre optou pelo árduo caminho de produzir música autoral nas mais variadas vertentes e rompendo barreiras mesmo com poucos recursos, o quanto isso te moldou e o amadureceu pra chegar até esse momento de estar prestes a divulgar um trabalho feito com parcerias mas que foi inteiramente pensado e produzido aos seus moldes?

Vitor Carnelossi: Evandro, primeiramente obrigado pelas palavras! Eu acredito que o underground é movido pela paixão de se fazer parte de algo, de expressar-se! Acho que assim como eu, a maioria das pessoas que se colocam a fazer música autoral buscam satisfazer-se artisticamente, compartilhar sua música! Toda minha vivencia no “underground” serviu para me mostrar que é possível fazer música, basta ter foco e organização! A experiência deste Single foi interessante, pois começar algo totalmente do zero e definir um padrão de influencias sempre é complicado. Fazia muito tempo que planejava fazer algo assim, mais dessa vez houve um alinhamento que contribuiu para que tudo saísse do papel!

Um parceiro importante na concepção deste EP, foi o Fábio Andrey (Lost in the Storm), como você conheceu o Fábio e de que forma a amizade de vocês evoluiu culminando nessa parceria musical que vamos poder conferir nas faixas de “Dark Horizon”?

Vitor Carnelossi: Eu conheci o Fábio há alguns anos atrás através de uma matéria que fiz para o Blog COLORADO HEAVY METAL falando sobre o THE MIST, banda que influenciou muito a galera daqui! Ele leu a matéria e entrou em contato, pois tocou na banda em determinada época, desde então sempre mantivemos contatos. Quando fiz a pré produção com o Wesley (Over Drive Music Studio), notei que as músicas deram uma modificada na sonoridade, pois o Wesley levou a ideia inicial para um padrão bem mais profissional e atual. Após um ajuste inicial, mandei as faixas para o Fábio e ele acreditou nas composições e se colocou à disposição para assumir os vocais!

Algo que chama a atenção nas faixas de “Dark Horizon”, é a qualidade da produção que traz um ar de modernidade ao som, com destaques ao seu trampo de guitarra primoroso que sem dúvidas são os fios condutores, como foi o trabalho de gravação e produção, uma vez que pela primeira vez você estava fazendo isso sem uma banda em si envolvida no processo, e qual a sua sensação em relação ao resultado final?

Vitor Carnelossi: Eu havia começado a compor duas músicas em casa, mais a ideia inicial quando entrei em contato com o Wesley, (Over Drive Music Studio) logo na primeira conversa já combinamos a gravação para um prazo de duas semanas... ou seja, não tinha nenhuma música pronta, só um rabisco do que iria a ser a “Drowning in Tears” e outra mais avançada na composição, porém não curti a sonoridade para esse projeto e arquivei.... Tive que pegar uma música mais antiga que eu tinha composto lá por 2013 para fazer parte do Single e corri contra o tempo para deixá-las no jeito para gravar, foram duas semanas todas as noites no quarto da minha filha com um metrônomo insistente no ouvido (rsrsrs). Gravamos os sons em três sábados à tarde, ajustamos as guitarras, baixo e bateria... ainda foram gastos horas a mais para os teclados, vocais e mixagem. O Detalhe é que o Fabio e a Flávia moram na França. Tudo foi um exercício de logística e também de conversação, pois todo mundo tem o gênio forte rsrsrs... O Resultado final me agradou muito pra um single de estreia, posso dizer que foi dado o máximo que eu poderia para isso!

Outro ponto que não posso deixar passar desapercebido, é a inserção de elementos que você sempre quis utilizar em outros projetos e não teve a oportunidade e aqui você incluiu de forma notória, que são os teclados e o vocal feminino, que ficou a cargo de Flávia Americano, isso trouxe o Loneliness Observatory pra um outro nível sonoramente falando, e ainda diferencia totalmente de seus outros trabalhos, uma vez que ao ouvir as faixas temos a impressão de estar ouvindo uma produção de metal europeu, digo isso de forma elogiosa, pois realmente surpreende pela aura diferenciada das músicas, como você pensou essas mudanças?

Vitor Carnelossi: Há muito tempo eu flertava com os teclados e os vocais femininos, isso até então não tinha sido utilizado em nenhuma outra banda que faço ou fiz parte.  Sem dúvidas quem me conhece, vai traçar paralelos entre o LONELINESS OBSERTATORY com o TRAGEDY GARDEN, isso é até natural, até pelas referencias góticas que ambas têm. Porém, acredito firmemente que consegui coloca-las bem distantes na intenção de sua música, e na sonoridade também... Isso também acontece no caso do LOST IN THE STORM que é a banda do Fábio e a Flavia, não tem conflitos neste single, as intenções são completamente diferentes. Isso é o interessante, fazer o que não se faz em outras bandas! Ainda destaco os vocais de meus parceiros, o Fábio com seus vocais fortes e abrangentes, uma grande extensão vocal em seus guturais! A Flavia tem um timbre maravilhoso, me arrepiei quando escutei ela pela primeira vez nas composições. Realmente os vocalistas deram uma qualidade além de minhas intenções! O Padrão Europeu, é muita culpa dos “amplis” que o Wesley escolheu, o cara foi meticuloso com a timbragem dos instrumentos e buscou esmerar o máximo na gravação! Eu estava meio fora de forma, e fiquei até intimidado com o padrão de exigência durante a capitação dos instrumentos mais o cara sabia muito bem o que estava fazendo, grande profissional!



Voltando um pouco no tempo e caindo mais a fundo no processo criativo, o fato de estar isolado durante essa pandemia contribuiu no sentido de criar algo nesse formato mais individual, e como surgiram pra vocês os riffs e melodias das faixas de “Dark Horizon”, como é seu processo de composição Vitor?

Vitor Carnelossi: Bom, as bandas pararam de ensaiar, tudo estacionou, decidi que iria fazer algo sozinho. Então antes de compor algo fiquei muito tempo organizando meus pensamentos e ideias sobre isso. Comentei até com algumas pessoas (elas sabem quem são) que gostaria de arriscar algo meu. Criei o nome rabisquei muitas ideias e praticamente, como falei anteriormente organizei as músicas em duas semanas rsrsrsrs... Quando o pessoal do Lost In The Storm deram carta verde para participar no “Loneliness” decidi deixar as letras com o Fábio, pois queria que o sentimento dele fluísse nas composições, além da métrica e interpretação. “Drowning in Tears” é algo realmente novo, criei de maneira bem natural e isso me orgulha, pois fazia muito tempo que não gravava algo com minhas referências atuais! Agora a “Hopeless” é uma composição que fiz há muito tempo e não deu certo de ser utilizada em projetos passados, readaptei ela para o LONELINESS OBSERVATORY e acho que ela coube muito bem neste single!!!

Sei que você é um músico que bebe nas mais variadas referências e escuta todo tipo de música, mas quais seriam as referências musicais da Loneliness Observatory, como faltam alguns dias para o lançamento do EP, que bandas o inspiraram nessa sonoridade?

Vitor Carnelossi: Evandro, especificamente acredito que a música que fizemos neste Single tem como referência bandas como Paradise Lost e Moonspell. Há algumas outras referências ali no meio, eu gosto muito de Opeth, Tristania (Antigo), há algo até do metal tradicional, mais é uma incógnita o que as pessoas que escutarem vão achar, já comentei contigo que isso pra mim é incerto rsrsrsrs... Ainda é importante dizer que; apesar do projeto ter sido arquitetado por mim, as participações do Wesley, Fabio Andrey e Flávia somaram de maneira imprescindível para o resultado final. 


Nesse projeto você está unido duas habilidade suas, como guitarrista e como fotografo, a capa do EP será aquela divulgada nas redes sociais da banda, que é uma imagem capturada por você, como você pensou o conceito de imagem para este projeto e o quanto você acha importante um bom aparato gráfico para divulgar o conceito de uma música?

Vitor Carnelossi: Cara, curiosamente o Fábio Andrey comentou essa foto quando postei há algum tempo atrás, antes de ter relação com o LONELINESS OBSERVATORY, ele falou que dava uma capa de disco! Eu tinha feito outra arte para o single, mais após as letras serem escritas, achei que não estava havendo uma dramaticidade suficientemente forte para entregar o conteúdo. Falei com o Fábio para mudarmos a arte e ele me sugeriu essa foto! Fiquei satisfeito, por que é uma foto que tem significado pra mim e foi escolhida pelo vocalista que se identificou com a imagem!



Vitor, gostaria de agradecer por falar conosco, desejar sucesso neste novo projeto e reservar este espeço pra que deixe suas considerações como desejar.

Vitor Carnelossi: Cara, agradeço imensamente você e ao seu Blog, minha esposa Priscila pelo apoio incondicional para esse projeto. Aos músicos que fizeram parte deste single. Agradeço de forma especial ao Fabio Andrey que passou por períodos difíceis, pois perdeu o seu pai e sua tia por causa do COVID e mesmo com o coração partido manteve nosso projeto em andamento, um guerreiro! Enfim, agradeço a todos com que comentei sobre este projeto e me incentivaram a seguir em frente, espero que nossa música chegue até vocês!