sábado, 29 de abril de 2017

ENTREVISTA SURRA

Madrugada de sexta pra sábado e eu aqui na pilha pra colocar esse trampo no ar, nesse final de semana o Surra estará se apresentando aqui em Maringá-PR e antes de rolar essa gig daora, que ainda vai contar com as bandas Refutare e Sinistro de Arapongas-PR, falamos com o Guilherme e o Victor, baixista e baterista da banda respectivamente, e o resultados vocês conferem a seguir, e pra você que é da região cole pra conferir uma das bandas mais fodas que ouvi nesses últimos tempos!



Fala galera, obrigado por falar conosco, primeiramente gostaria de comentar o hilário (com direito a premiação no Golden Shit Awards rs) clipe que vocês fizeram pra faixa título de seu último disco, “Tamo na merda”, como foi que rolou a produção dessa pérola?

Guilherme: Como é muito comum acontecer o lançamento do Tamo Na Merda (disco) demorou mais do que imaginávamos para sair. Pegamos os CDs quase as vésperas da nossa tour pra Europa, sendo que o planejamento inicial era para ele ficar pronto no primeiro trimestre de 2016. Chegando da Europa ainda fizemos mais alguns shows aqui pelo Brasil, ou seja, ficou muito complicado trabalharmos um videoclipe mega produzido nessas condições.
Foi nessa ideia que nos reunimos e demos a ideia para o Leeo para fazermos um clipe mais simples, um lance mais DIY mesmo, de uma música mais rápida.
Buscamos referências de coisas toscas e cômicas que adoramos, tipo Pepa Films e Hermes e Renato, e o Leeo criou um roteiro pra música Tamo Na Merda. Com a agenda de shows estava muito complicado viabilizar a execução dessa ideia de mal gosto então foi quando o Fabio Prandini (Paura, Samsara Discos) nos deu uma força e fez a ponte com a produção do canal do Meninos da Podreira. As ideias bateram completamente e em menos de 4h captamos todas as imagens e tivemos um dia muito divertido. O resultado foi essa película ridícula que rola na interwebs junto com entrevistas para o canal do MDP e até uma premiação.

Ano passado vocês fizeram sua estreia em solo europeu, como foi a experiência por lá? Qual o saldo dessa tour pra vocês?

Guilherme: Foi uma experiência muito foda tanto pra banda quanto pras nossas vidas. Passar os perrengues da “tour life”, tocar direto, conhecer MUITA gente de diferentes locais do planeta evoluiu muito a nossa banda em todos os aspectos. Pra nós o saldo foi muito positivo e superou nossas expectativas. As bandas brasileiras tem uma fama muito boa dentro da Europa e bastante gente curte o jeito tupiniquim de fazer uma desgraceira.

Foi divulgada recentemente a capa de um Split que vocês vão lançar junto com o MooM, como rolou a parceria com os caras e o que você pode nos falar dessas três faixas inéditas que farão parte do Split?

Guilherme: Conhecemos os caras do MooM de Israel em Vienna, na Áustria. Chegamos com certa antecedência para o show e eles estavam hospedados no mesmo local que nós. Demos vários roles pela cidade e trocamos muitas ideias antes do nosso show... rolou aquela parada de melhores amigos instantaneamente. Depois de ver o show dos caras tivemos mais certeza ainda que precisávamos fazer um lançamento juntos. Daí surgiu a ideia do Split que estamos trabalhando durante esse ano.



O Surra curte lançamentos no formato de vinil, quais as vantagens que vocês veem nesse formato e por uma questão de gosto pessoal mesmo, qual formato vocês preferem entre CD e vinil?

Guilherme: Vemos hoje no vinil um material bem bacana e que é muito valorizado pela galera que ainda curte consumir música em mídias físicas. Além do som ser excelente todo o trabalho da arte e o ritual de colocar uma bolacha pra rodar fazem parte de um jeito muito único de curtir o som. O CD por mais que não tenha toda essa parada, a arte ser mais reduzida e tal, hoje já se tornou um material voltado pra pessoas que curtem “colecionar” música também. Ou seja, por mais que o grande público consuma muita música por meios digitais nós fazemos questão de lançar materiais físicos para materializar os nossos projetos pois acreditamos muito nessa conexão que o material físico tenha com os sons.

A banda segue com a produtividade em alta desde o seu surgimento, a que se deve esse ritmo de produção, que pra nós é ótimo, pois sempre é bom ouvir um novo som da banda?

Guilherme: Em termos musicais se deve principalmente a nossas diversas influências e “piras” de cada hora estar curtindo um tipo de som, trazendo uma ideia ou uma influência nova. Quanto as letras toda a situação política no Brasil e mundial nos faz ter cada vez mais assuntos pra abordar. O mais bacana que no Surra nós 3 trazemos ideias de letras, de riffs e com a quantidade de merda que temos na cabeça ela se torna sempre um terreno fértil.



Uma parada que não poderia deixar de comentar é sobre o DVD “A porra pegou – Ao vivo em Belém”, apresentação e público insanos no registro, gostaria aí que você relatasse como se deu a produção desse projeto?

Guilherme: A produção foi toda feita de maneira DIY e coordenada por nossos amigos de Belém. Toda equipe de câmeras foi voluntária, backline emprestado, dentre outras coisas. Tudo isso foi muito importante para viabilizar a execução do projeto. Depois finalizamos com 2 parceiros nossos de Santos. Toda edição de vídeo foi feita pelo Gabriel Imakawa e a mixagem e masterização do áudio pelo Ivan Pellicciotti, que foi responsável pela maioria das nossas gravações. Ainda hoje esse é um dos nossos “cartões de visita”, pois é um registro muito verdadeiro do que somos como banda e do que é um show do Surra.

O “Tamo na merda” é o primeiro full álbum do Surra, até então vocês vinham lançando EPs, vai rolar mais um disco cheio num futuro próximo?

Guilherme: Com certeza, como falamos anteriormente nosso terreno de ideias está bem adubado de merda e estamos sempre compondo coisas novas nos intervalos das nossas agendas. Estamos em fase de planejamento desse segundo álbum full, pois é algo que demanda muito tempo, dinheiro e dedicação. Talvez antes disso ainda trabalhemos alguns EPs/Splits por serem formatos de lançamentos mais viáveis pra realidade da banda.

Está rolando aí a pleno vapor, a tour “South of Braza”, com várias datas no sul do país, como tem sido a tour até aqui e quais as expectativas para as próximas apresentações?

Guilherme: A tour tem superado todas as expectativas. A região Sul do país tinha sido a que menos tínhamos tocado desde o início da banda. Pra ser bem sincero achamos que a nossa pegada de som não era muito a cara da região e que a tendência era realmente não termos muitas oportunidades pelo Sul. Temos certeza que os próximos shows no Paraná e o fechamento em Porto Alegre serão ótimos shows! Toda essa energia da galera tem compensado as diversas horas com o cú sentado nos ônibus da vida.

Vimos que em outubro vocês partem para datas no nordeste, trocamos uma ideia com o Caio da Desalmado recentemente e parece que vai ser um giro em parceria das bandas?

Guilherme: Sim! Temos com o Desalmado hoje uma amizade muito foda e no início do ano fizemos uma reunião e falamos: “Temos que fazer alguma coisa juntos”. Disso surgiram diversas ideias que vão rolar esse ano e essa foi uma das principais. Tirando em Teresina o Surra nunca tocou no Nordeste e o Desalmado também não. Decidimos unir forças e fazer uma tour conjunta entre as 2 bandas. Outras paradas Surra e Desalmado vão rolar também ainda esse ano que vamos divulgar em breve.



A banda foi confirmada como umas das atrações do tradicional festival Roça N’ Roll, onde vão dividir o palco com várias bandas nacionais e internacionais de peso, como rolou o convite e o que vocês acharam do line up deste ano?

Guilherme: Tocar no Roça ‘n’ Roll é realmente uma realização pra gente. Eu (Guilherme) particularmente sempre acompanhei o festival (até porque sou fã do Tuatha de Dannann) e estar vigorando entre uma das atrações é uma das principais realizações da banda pra esse ano. Quem nos ajudou com a divulgação do nosso material para a organização foi o Rafael da Restless Booking, que auxiliou a preparar os releases e outras paradas que a organização do fest pede. Quanto ao line up estamos tão animados para ver os outros shows quanto pra tocar.



As letras do Surra são de cunho social e político, a banda tem um posicionamento claro, como vocês tem visto essa galera do underground que diz curtir apenas o som das bandas que tem esse tipo de ideologia pra dar aval pra suas posturas conservadoras e até fascistas em alguns casos?

Victor: Essa galera que tá no underground ‘só pelo som’ e ainda tem essa mentalidade, não deveria nem estar no underground. A própria lógica da cena de música independente é de que isso é mais do que música, ainda mais no hardcore, grind, metal, etc... Acho que essa galera tem que refletir bem o que quer da vida e pensar direito na cultura que ela consome. Algumas bandas por aí não se importam com mensagem nenhuma, só querem se aparecer ou falar de algo que não é sincero, ou falar sobre comportamentos e questões das quais não entende absolutamente nada... É complicado. Acho que falta mais honestidade e uma atenção maior com o que é falado.

Agora as perguntas de praxe, que bandas da cena atual vocês destacariam, que merecem ser ouvidas por quem tá afim de conhecer um som novo?

Victor: Das bandas que estão na correria também acho que vale apena ouvir Desalmado, Institution, Cursed Slaughter, Paura, Cemitério, Chuva Negra, Anti-Corpos, Depois da Tempestade... São todas bandas que sabemos da batalha e respeitamos, não só pela música como pelas pessoas envolvidas.

Quais discos você considera indispensáveis na sua coleção ou na de qualquer pessoa que curta um som?

Victor: Difícil falar, mas acho que esse é o meu top 5 discos essenciais:
Black Sabbath – Paranoid
The Smiths – The Queen is Dead
Nirvana – Nevermind
Wu-Tang Clan – Enter the Wu-Tang (36 Chambers)
Metallica – Master of Puppets


Pra finalizar, aproveitando que dia 30/04 vocês passarão aqui por Maringá-PR, reservo esse espaço pra que mande um salve pra galera que vai colar lá no Tribos Bar pra prestigiar a banda e pra suas considerações finais também, obrigado e nos vemos no rolê! Valeu!

Victor: Muito obrigado pelo espaço e pelo apoio! Obrigado a toda a galera que acredita nas nossas ideias e no nosso som. Dia 30/4 estaremos fazendo um barulho massa por aí!





Contato SURRA:

surrahardcore@gmail.com

Ouça o som dos caras em:



quinta-feira, 27 de abril de 2017

ENTREVISTA DISENTERIA

Os caras do Disenteria já são conhecidos na cena e inclusive por este que vos escreve, já entrevistei a outra banda do Gabriel, o Zerão para um outro blog aí, mas o foco aqui é essa junção de camaradas que deram forma ao som do disco de estreia da Disenteria, que vem como um grande cartão de visita para a banda, rápido, pesado, insano, e já está disponível na plataforma de streaming mais próxima de você, "Quanto vale a sua mentira?" é breve e certeiro, vai agradar a qualquer fã do gênero, então recomendo a audição imediata do material e a leitura imediata desta entrevista, se possível os dois ao mesmo tempo...vai lá!



Salve pessoal do Disenteria, obrigado por falar com a gente, pra começar como vocês se uniram nessa nova empreitada, já que vocês fazem parte de outras bandas da cena da baixada, e já que vamos tratar da recente história da banda, manda aí pra gente quem compõe o line up da banda?

Nós que agradecemos a oportunidade meu mano.
O Disenteria é composto por:

Francisco Zoletti (Vocal): Maguila / Orgia
Gabriel Menezes (Guitarra/Vocal): Zerão / Like A Texas Murder
Renan Matos (Baixo): Zerão / Punk Praia Trash / Ratos da Ilha
Fabio Pupo (Bateria): Same Flann Choice / Analog / Safari Hamburguers



O Disenteria pode ser classificado como um projeto paralelo às outras bandas dos integrantes? Vocês pretendem dar seguimento e lançar mais material por essa banda?

É uma banda como qualquer outra. Faremos o possível para abraçar o maior número de shows e sim com certeza terá coisa nova, inclusive já estamos com 5 novas músicas. O que vai definir quando um próximo álbum será lançado é só o maldito papel chamado dinheiro hahaha, então quanto mais pessoas nos ajudarem participando dos shows, comprando o merch (que está sendo providenciado) e ouvindo nossas músicas no spotify mais rapidamente conseguiremos lançar um CD novo.

“Quanto vale a sua mentira” é bem visceral e direto, o som vem com os dois pés no peito do ouvinte, quais foram as inspirações pra compor esses nove sons destrutivos?

Uma enxurrada de acontecimentos merda, intrigas, pessoas com pensamentos atrasados, preconceito, pré-candidato fascista despertando sentimentos imbecis, corrupção, abuso de autoridade. Porra cara, você já parou pra pensar no potencial do nosso país? A gente tem a faca e o queijo na mão, terra fértil, espaço, clima, sem catástrofes naturais, um povo trabalhador pra caralho, e continuamos vivendo das migalhas de uma corja imunda que por algum motivo não consegue se satisfizer com a vida que tem, mesmo ganhando 30 vezes mais que um salário mínimo. Acho que é motivo suficiente para criar quantos sons forem necessários, né?



Outro fator que chama a atenção é que apesar de toda a pancadaria, tudo está muito bem produzido e no seu devido lugar, como foi o processo de produção e em que estúdio vocês gravaram?

Gravamos no Beco Estúdio aqui em Santos mesmo, com nosso amigo Ivan. Já estamos familiarizados com ele e isso facilitou muito o processo, foi muito rápido, não chegou a dois meses. Achamos legal o fato de ter soado bem orgânica a gravação, está bem fiel ao que é ao vivo.

O material está disponível pra streaming nas plataformas digitais, vocês pretendem lançar no formato físico?

Sim, pretendemos lançar o CD prensado em formato digipack, assim que po$$ível.

Vocês já fizeram algumas apresentações ao vivo com o Disenteria, como tem funcionado essas faixas ao vivo? E o que rola no set ao vivo, somente os sons do disco ou tem mais algum complemento?

Na verdade fizemos dois shows, um no Guarujá que foi bem legal e outro em Sorocaba que foi foda também. Ainda é algo a ser descoberto até por nós mesmos, em relação a molecada e o feedback, estamos positivos e ansiosos para ver essa troca de energia e informação tomar forma.

Falando em shows, quais são os próximos compromissos na agenda e diga como faz pra levar a banda pra tocar nas quebradas Brasil afora?

Tivemos show Sábado 22/04 em Sorocaba, que por sinal foi muito foda como sempre. Reencontramos bons amigos nessa cidade linda, apesar da banda ser nova já conhecemos um pouco a cena de lá graças as nossas outras bandas.
Na sequencia tem Curitiba dia 06/05 no Espaço Gaia e Joinville dia 07/05 no Delinquent´s Bar e Praia Grande a ser confirmado em Junho.  Pra convidar o Disenteria pra tocar manda um e-mail lá no disenteria3mundo@gmail.com ou inbox na página da banda no Facebook



Musicalmente que bandas vocês consideram como influência direta no som de vocês?

Boa pergunta, focamos em algumas especificas para tentar criar algo um pouco diferente das nossas outras bandas. Municipal Waste, Iron Reagan, Trash Talk, Biohazard, Bane, Napalm Death, juntando com as características pré-existentes de cada um deu nisso ae hahaha

As letras dentro do hardcore são um traço forte da personalidade do estilo, e vivemos uns tempos meio confusos, em que a galera tem adotado umas posturas meio reacionárias e conservadoras até mesmo dentro do meio underground, qual a visão de vocês a respeito disso? E vocês acham que tem como dissociar uma coisa da outra, separar ideologia de som?

No hardcore? Impossível. Acho que acima de tudo respeito, no fim discussão e agressão não ensinam nada a ninguém. Então, por um lado, é dever de todos nós aproveitarmos dessa aproximação que a banda oferece com diversos tipos de pessoas pra tentar instruir aqueles que talvez não estejam seguindo um raciocínio adequado. Jamais saberemos a verdade sobre tudo, estamos em constante evolução. As letras que escrevemos ontem, muitas vezes não nos convém hoje, talvez seja essa a beleza da música, em especial do hardcore, estamos sempre aprendendo algo.

Pra finalizar, novamente, gratidão total pela atenção e reservo esse espaço pra deixar sua mensagem como bem entender e o tradicional salve aos leitores do Microfonia e todos que acompanham a banda. Valeu!

Quero agradecer ao Microfonia Underground e a você Evandro pela oportunidade e interesse na entrevista!
Espero que a banda possa enviar uma mensagem positiva e útil para aqueles que se identificarem com as letras ou com o som, para quem ainda não ouviu está aí:

Tem um link com download gratuito lá, ou para quem preferir está disponível nas plataformas de streaming como Spotify, Deezer, Tidal, Google Play.


















sexta-feira, 21 de abril de 2017

Entrevista Facada

O Nordeste sempre foi um grande polo de produção cultural, revelando grandes nomes para a música brasileira em geral, mas no tange a som extremo a região também é referência, diversos nomes vem despontando ao redor dos anos, mas aqui vamos tratar especificamente de um desses nomes, Facada! Formação grindcore cearense, com 15 anos de estrada, autoridade no gênero e que vem trazendo novidades para os adeptos da brutalidade sonora, segue o texto que você vai poder saber um pouco mais a respeito!




Vamos começar relatando um pouco da trajetória dos membros da Facada, como e quando vocês começaram a se envolver com música e em que momento se reuniram dando vida a essa entidade do grindcore?

Desde quando a gente se conhece que cada um tinha banda ou andava em shows e participava do underground de alguma forma. Eu e o Dangelo tínhamos uma banda de doom metal bem no começo e sempre tocamos juntos em outras coisas e o Ari tocava em alguns projetos e o Danyel também. Quando começamos o facada (em 2004), cada um tocava em outra banda e começamos mais como um projeto pra gente se divertir do que qualquer outra coisa, nossas bandas estavam ficando muito sérias e queríamos fazer uma coisa diferente.

Continuando nas apresentações, como vocês descreveriam o som da Facada para aqueles que ainda não conhecem a sua música?

Acho que resumindo a gente toca grindcore. Claro que nosso som tem várias facetas, vários caminhos, tem gente que nos compara a muitas bandas, incorporamos muitas influências, mas tocamos grindcore.



São quase quinze anos de estrada, alguns demos e discos na bagagem e muitas apresentações ao vivo, e sempre demonstrando fidelidade a identidade do som que vocês desenvolveram ao longo desses anos, a que vocês creditam a sobrevivência da banda por todo esse tempo, mesmo fazendo um som totalmente extremo e underground?

Acredito por que gostamos do que fazemos. Ninguém na banda faz cobranças quanto a posturas musicais ou ideológicas. Somos amigos antes de tudo e cada um conhece o outro desde faz muito tempo. Além disso, temos uma forma já bem definida de como a banda deve funcionar o que facilita bastante como compor e de como a banda deve funcionar. Acho muito difícil que mudemos nosso som algum dia, sempre procuramos evoluir seguindo uma linha, não temos a intenção de fazer outra coisa.

Facada está prestes a lançar um Split com a Stheno, que vai contar som sete faixas de vocês, que sons vão entrar nesse Split, são inéditas, regravações? Vocês poderiam nos dar mais detalhes sobre este lançamento?

Ele inclusive já saiu (pela LAJA records, D.I.Y KOLO Records, Scull Crasher Records e Drunk with Power Records) e quem agilizou tudo foi o Leon, guitarrista do Stheno, falta só chegar aqui. A ideia era um 7”, mas resolvemos fazer em CD pelo custo e quantidade. O Stheno é uma banda foda da Grécia que mistura grindcore com black metal então casou com a nossa ideia. Iam ser 7 músicas nossas, mas não deu tempo de finalizarmos 3 sons então ficaram 4 que já tínhamos gravado. Serão 7 músicas deles e o material ficou MUITO bom. Esse é nosso primeiro split da banda.



Qual o conceito utilizado pela banda para escrever as letras, que temas vocês costumam abordar em suas músicas?

Geralmente a gente fala das pessoas e tudo que envolve as suas fraquezas, desilusões, imperfeições. Tem músicas que são pequenos contos reais, tem outras que são pesadelos, tem historinhas de terror, tem referência a livros, tem aviso pra gente mesmo, mas todos envolvendo pessoas.

Vocês liberaram alguns covers que gravaram e com escolhas bem inusitadas, como “Igreja” do Titãs por exemplo, o trabalho parece já estar próximo de seu lançamento físico, “Nenhum puto de atitude”, será um disco só de covers ou vocês vão mandar algum material inédito junto?

Esse disco vai ser só de covers. A gente tinha esse plano já fazia um tempo, mas era pra ser só um 7”. Alguns covers que pensamos que ficariam legais na nossa versão, mas aí fomos decidindo as músicas e cada um foi dando opinião e as músicas foram aumentando. Quando fomos falar com os selos, ele deram a ideia de ser um 12”, então fizemos metade Brasil e metade bandas de fora. Gravamos praticamente junto o de covers e o novo. Esse de covers não ensaiamos as músicas uma única vez, só passava a música na hora e já gravava. E achamos o resultado muito bom. Outro que já tá na fábrica agora.



A cena underground do nordeste é muito forte e sempre revela excelentes bandas, que bandas aí da região vocês destacariam pra quem quer conhecer a cara da cena nordestina?

O nordeste tem muita banda boa e teria que fazer uma lista enorme de bandas de todos os estilos que não caberiam aqui, além da minha memória ser péssima...hehehehe. Das que eu lembro tem a Damned youth, Faixa de gaza, Rabujos, Obitus, Lepra, Capitalistic Death, Desgraça maldita, são muitas...

Em maio vocês participam de um evento em Recife-PE, vão dividir o palco com o GBH e o Ratos de Porão, como rolou o convite pra participar desse show e qual a expectativa de poder se apresentar ao lado desses ícones do hardcore mundial?

Esse festival vai ser demais, talvez o mais punk que já tocamos. Serão muitas bandas fodas de todo o nordeste, como Rotten Flies, Nação corrompida, Karne Krua, Cachorro da duença e subversivos, fora o RDP (que já tocamos algumas vezes), GBH, Total Chaos. É muito massa poder tocar junto de quem fez história tocando e participando do movimento punk. Tantas bandas que ouvimos e vamos ver de perto. Coincidência que gravei os vocais de uma música do GBH que o Stheno fez cover no split. Além que vamos fazer o relançamento do Indigesto nesse show que vai sair pela Pecúlio do Boka.



Vocês já rodaram praticamente todas as regiões do país, ao longo de sua carreira vocês acham que houve melhora quanto a estrutura e organização de eventos underground no Brasil?

Depende. Ainda tem produtores que acham que o underground é fazer mal feito de qualquer jeito e que se sua banda é do underground pode aceitar qualquer coisa. Que você pode ficar em qualquer lugar, deitar no chão, tocar de qualquer jeito. Mas também tem quem se esforce pra fazer bem feito: que dá suporte pra que as bandas possam fazer seu som da melhor forma, dando um som decente, organizando para que tudo corra bem. Acho que nesse aspecto o Brasil cresceu bastante pelo fato de muitas bandas do submundo mundial vierem tocar aqui e as pessoas verem que existe um mínimo de organização. Hoje temos muitos Festivais organizados e bem estruturados, como também shows pequenos feitos dessa forma. Mas, infelizmente, ainda existem muitos pilantras pela cena.



Pra finalizar, gostaria de agradecer pela atenção e reservar este espaço pra que mandem seu salve ao leitores do Microfonia e todos que acompanham a banda! Valeu!

Valeu a todo mundo que leu a entrevista e que gosta da banda, muito obrigado pelo espaço concedido. Tem muita coisa nossa saindo por esses dias, procura facadanagoela na internet que tem tudo por lá! Valeu.

Contato Facada:






sexta-feira, 14 de abril de 2017

Entrevista com o escritor D.Pereira (Estudiosos do Macabro)

E aí pessoal? Tudo bem? Seguindo nosso projeto de diversificar os conteúdos que publicamos no Microfonia, este é o primeiro passo do projeto, falamos com o escritor Diogo Martins Pereira, autor de livros como o "Estudiosos do Macabro" e "O duelo das rosas", tratamos de suas referências, novos projetos e de literatura fantástica, o cara tem trabalhos muito legais lançados e vale a pena conhecer um pouco da pessoa por trás das histórias, caso queiram conhecer mais do trampo do Diogo ou até mesmo adquirir material do mesmo, no decorrer da entrevista vocês vão encontrar os links pra fazer isso, no mais, curtam o bate papo aí, que ficou daora!!!



Fala Diogo, muito obrigado por nos atender, é bem legal falar com você, pois sou fã de seus trabalhos, começando aí com uma minibiografia, gostaria que nos contasse como foi que você começou a escrever, o que o levou a querer lançar livros e que autores serviram de inspiração pra você desenvolver seu trabalho?

Olá, Evandro! Primeiramente, eu que agradeço pelo interesse nos meus livros e pela oportunidade de falar um pouco sobre eles.
Bom, falando um pouco sobre o Diogo, eu sou natural de Curitiba (mas moro em Maringá há sete anos), sou formado em engenharia civil, desenho desde que me entendo por gente e escrevo desde a adolescência.
Sempre gostei de histórias fantásticas, não importando muito a forma em que essas histórias eram contadas. Livros, filmes, games, quadrinhos, etc, sendo algo criativo certamente despertava o meu interesse. Durante uma década eu “mestrei” partidas de RPG de mesa, e quando o grupo dispersou eu senti a necessidade de continuar inventando histórias, criando personagens e desenhando. Foi assim que eu comecei a escrever contos, apenas para passar o tempo, mas quando descobri que era possível publicar livros por conta própria, e que isso não era tão impossível ou caro quanto eu imaginava, decidi publicar as minhas histórias.
Tendo vivido boa parte da minha vida em Curitiba, cidade que estatisticamente tem menos dias de sol ao longo do ano do que Londres, o que pode ser bastante melancólico, acredito que meus interesses foram naturalmente direcionados para o terror e o sobrenatural.
Não por acaso meus autores prediletos são “um pouco” antigos. Arthur Conan Doyle, Mary Shelley, H. G. Wells, H. P. Lovecraft, Bram Stoker, Robert Louis Stevenson, estão entre os meus favoritos, para citar alguns, apesar de eu gostar de bastante coisa atual também.

Partindo da trilogia de “Estudiosos do macabro”, que devo elogiar, pois realmente gostei muito destes livros, chama a atenção a riqueza de detalhes de uma narrativa que se desenrola numa Inglaterra vitoriana e as personalidades antagônicas de seus personagens principais, Ambrose D. Hunter e Morris, você desenvolveu algum tipo de pesquisa pra ambientar sua história? Sobre as personagens, se inspirou em alguém pra dar vida aos mesmos?

O Umberto Eco falava algo bastante interessante num livro sobre técnicas de escrita que eu li. A história era mais ou menos a seguinte: um leitor entrou em contato com ele criticando uma de suas histórias, pois na data e no local em que se passava uma das cenas havia ocorrido um incêndio, e no livro isso sequer era citado, o que não fazia o menor sentido!
Isso me marcou muito, e por esse motivo faço pesquisas extensas em tudo que é canto possível e imaginável, para deixar as minhas histórias o mais próximo possível da realidade da época em que se passam. Tecnologia, roupas, costumes, locais, o que eu consigo pesquisar, eu uso. E se ficar em dúvida, prefiro tirar. Vai que algum leitor percebe...
O Ambrose e o Morris são personagens pelos quais tenho muito carinho. Vejo os dois como desajustados, pois apesar do Ambrose ser o “bonzinho”, suas atitudes são tão contidas, tão metódicas, que chegam a ser não-naturais (não por acaso sua aparência é quase a de um boneco de madeira), e essa era a intenção no final da história. Já o Morris é aquela mistura explosiva de Wolverine com Vegeta, capaz de realizar um ato heroico e depois colocar tudo a perder por causa de um cachimbo de ópio.
Os dois reúnem características de várias pessoas e personagens que conheci, mas não são inspirados em indivíduos específicos não. 





Sobre as criaturas combatidas em “Estudiosos do macabro”, você as criou com base em alguma lenda urbana da época em que ocorre a história? Parece haver uma pluralidade de culturas em meio aos inimigos que os protagonistas enfrentam, estou certo?


O conceito de “Detetive do Oculto” não é nenhuma novidade na literatura. Para citar o mais famoso, Abraham Van Helsing só foi um adversário páreo para o Drácula por que carregava consigo uma bagagem enorme de conhecimento.
Eu não queria escrever nada muito espalhafatoso, com grandes cenas cheias de explosões e pancadaria. Apesar de obviamente existirem algumas cenas de ação, o enfoque dos meus “Estudiosos do Macabro” era a investigação de eventos sobrenaturais e o registro desses eventos para a posteridade. Agora, se a ideia era estudar criaturas sobrenaturais, fazia mais sentido que houvesse algum tipo de abrangência mundial nesses estudos, o que foi ótimo, pois a partir dessa premissa acabei conhecendo muitas lendas de lugares que jamais teria conhecido. A Índia em particular foi bastante desafiadora.


Ao correr das páginas de seus livros encontramos diversas ilustrações, que você mesmo produziu, quem surge primeiro as histórias ou as ilustrações?

Essa é uma boa pergunta. Alguns personagens foram criados nas antigas partidas de RPG que eu mestrava (o albino Augustine Crompton foi criado pelo meu irmão, por exemplo), e, portanto, já existiam em desenhos. Mas na maioria das vezes eu escrevo as cenas, e algumas propositalmente são bastante gráficas, já pensando nas ilustrações.









Você já pensou em produzir algo no formato de quadrinhos, te interessa esse formato de trabalho?

Eu já fiz muitos trabalhos com ilustrações, mas acredito que escrever me permite produzir mais (alguns dos meus desenhos levaram meses para ficarem prontos – estou falando de você, pontilhismo!). De qualquer forma, hoje consigo casar essas duas paixões nos livros, então posso dizer que estou bastante satisfeito com o formato atual.

Seu último trabalho de que tenho notícia, foi desenvolvido junto com seu pai, DJ. Pereira, o livro em questão, “O duelo das rosas” é um thriller policial, o que você achou de escrever com uma parceria assim tão familiar e em que estilo literário você se sente mais à vontade de escrever?


Nossa, esse livro foi uma verdadeira maluquice. Meu pai, apesar de escrever muito bem, nunca tinha se aventurado na criação de histórias. Um dia ele chegou para mim e disse que queria escrever um thriller policial, e já tinha o título: O Duelo das Rosas. O problema é que ele só tinha o título, até aquele momento, e uma ideia vaga de que a protagonista seria uma policial. Decidimos escrever a história em conjunto, com cada um responsável por uma parte das tramas, que convergiriam até o grande final. Fizemos uma reunião para inventar a ideia principal e a partir daí partimos para o livro propriamente dito. Acho que uns dez meses depois (e muitas risadas) estava pronto, e gostamos muito do resultado final.
Apesar de já ter me aventurado na ficção científica e no policial, considero que a minha casa é o sobrenatural mesmo.


No momento você está envolvido em algum novo projeto?

Sim, tenho dois trabalhos em andamento. Um deles já está pronto, na verdade. Chama-se “Cleto”, e é sobre um cavaleiro Hospitalário que cai em desgraça. Claro que, em se tratando de uma história saída da minha cabeça, pode-se esperar aquela mistura de fantástico e realidade, em que nem tudo é o que parece.
O outro livro ainda não decidi o título, mas se passa na Escócia, envolve algumas rixas entre os clãs das Terras Altas e o sobrenatural, claro. Já é o meu livro mais longo, e ainda não cheguei no terço final da história. Está me dando bastante trabalho na parte das pesquisas, pois se existe um país “peculiar” no mundo é a Escócia. Sendo bem sincero, nunca vi uma coletânea tão criativa e maluca de lendas quanto lá.
Tenho dúvidas sobre que formato usarei para publicar esses livros, pois apesar de adorar o lado “underground” da publicação independente, a verdade é que é meio impossível fazer tudo sozinho, conciliando com as minhas outras atividades.

Dentre todos seus lançamentos até aqui, qual trabalho você mais curtiu fazer?

Gosto de todos os livros, para dizer a verdade. Mas acredito que a coletânea dos “Estudiosos do Macabro”, por reunir três livros em um e ser toda ilustrada (e pelo esforço envolvido na sua edição), é o meu favorito. 





Pra finalizar gostaria de agradecer novamente a atenção e que você passasse aí pra nossos leitores onde eles podem encontrar o seu trabalho, obrigado!

Os livros podem ser encontrados na Amazon. Infelizmente as versões impressas estão disponíveis apenas na loja americana. As versões digitais podem ser adquiridas na loja brasileira. Tenho algumas cópias impressas comigo, quem tiver interesse ou apenas quiser trocar uma ideia, pode me mandar um e-mail. Será um prazer conversar com vocês!
Obrigado e um grande abraço!



Amazon americana (página do autor): www.amazon.com/D.-Pereira/e/B00T6XNQUI

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E-mail:
pereiracontos@gmail.com





quarta-feira, 12 de abril de 2017

ENTREVISTA LETALL

O Letall é uma banda relativamente nova, na ativa desde 2014, mas possui em sua formação músicos tarimbados da cena hardcore, vindo de bandas como ET Macaco, Fistt e Ação Direta, mas não espere nada parecido com as bandas originais de seus integrantes, "Máquina de Propaganda", seu único lançamento até aqui se mostra um som de personalidade própria, então falamos com o Paulo Gepeto (Ação Direta) pra saber um pouco mais da história e projetos dessa nova empreitada. (No momento a banda se encontra em uma tour por Minas Gerais, as datas vocês podem conferir no decorrer da entrevista).




E aí pessoal, voltando em 2014, como surgiu essa junção de membros de várias bandas que originou o Letall?

Conheci os irmãos cariocas Felipe e Wagner em São Bernardo Do Campo! Eles vieram a SP para morar, trabalhar e correr atrás do Rock! Acabamos nos tornando amigos e eu tive a oportunidade de ver o talento dos caras e também e tive a ideia de convidá-los para uma banda! Eu já vinha compondo algumas músicas, escrevendo algumas letras visando algo fora da AÇÃO DIRETA! Eles toparam e ai começamos a compor algumas bases. E eles também apresentaram suas músicas. A gente foi montando tudo com batera eletrônica, programada! Chegou o momento em que tínhamos 10 esqueletos de músicas ali para trabalhar! Ali sentimos a necessidade de agregar um baterista e o projeto passou a ser uma banda! Convidamos o Filipe Freitas que já era meu amigo e tava começando a tocar batera! E teve uma grande evolução até momento! Esse foi e está sendo o início de um trabalho!



Qual o conceito que envolveu a escolha do título de seu álbum de estreia, “Máquina de propaganda”?

Foi baseado num documentário chamado WAR YOU DONT SEE! Está tudo aí!


O processo de composição das músicas se iniciou com a banda no formato de trio, usando baterias programadas, vocês poderiam descrever como foi essa fase em que a banda possuía uma configuração diferente da de hoje?

Foi uma fase bem experimental! A gente gravava em SBC na casa do Gigante e mandava as bases para o Wagner n RJ! Ele colocava bateria lá! Era um projeto andando em ritmo lento! Eu grava vozes num microfone ligado no computador! Vozes guias! Com a vinda do Wagner, irmão do Gigante para SBC também, a gente começou a planejar ensaios e foi nessa época já que convidei o Filipe! Depois disso passamos um tempão ensaiando e aprimorando as músicas! Foi um trabalho duro, pesado mesmo! Hoje vemos o resultado! Muitas coisas boas, bacanas acontecendo com a banda!

De que forma rolou a seleção para o projeto Converse Rubber Tracks? E como foi ter o Jean Dolabella como produtor?

Nosso batera, Filipe, estava tocando com o Nenê Altro e a banda deles foi lá participar! a ele tomou conhecimento e inscreveu a LETALL ! A boa notícia foi que a banda foi chamada, e para dali a 04 meses! Foi a que começamos a nos preparar para gravar e tivemos a ideia de fazer as captações ao vivo para álbum ali, naquele dia! Nosso foco era a bateria, mas acabamos captando a guitarra e baixo também! Curti muito ter trabalhado com o Jean Dolabella! Ele conduziu tudo muito bem ali no dia e deixou a banda bem à vontade! Nos ajudou a chegar num excelente som de batera! Foi um prazer e uma grande oportunidade para a LETALL, pois trata-se de um estúdio de ponta, com profissionais de ponta!

“Máquina de propaganda” foi lançado em fevereiro de 2016, então certamente vocês já trabalharam bem essas músicas ao vivo, ouvindo hoje essas faixas vocês mudariam algo nelas, já que sempre fica algum detalhe de fora quando se grava um disco?

Claro que mudaríamos, e mudamos! A banda toda evoluiu! Nossa pegada hoje, é bem melhor! Estamos mais entrosados! Por outro lado, tenho muito orgulho do nosso resultado no álbum! Sabemos que ali, naquele momento, todos deram seu melhor!



Todos os membros da Letall permanecem em suas bandas de origem? A Letall é um projeto paralelo? Uma vez possuindo outras bandas, acontece algum conflito de agenda?

Sim, todos seguem! Filipe com FISTT, os irmãos com ET MACACO e eu com a AÇÃO DIRETA que esse ano vai celebrar 30 ANOS DE ESTRADA 1987 – 2017.  A comunicação entre a gente é muito importante nesse quesito! E somos organizados na medida do possível! Isso ajuda muito! Eu sou um cara ligado na agenda! Mas é claro que mesmo assim de vez enquanto um ou outro congela uma data! Tem funcionado!



Acompanhando suas redes sociais vi que vocês pretendem divulgar novidades em breve, e que estão em estúdio, veremos um disco novo da Letall em 2017? E o que vocês poderiam nos adiantar a respeito de um novo material?

Paralelo a toda essa correria de shows, estamos sim trabalhando o repertório para o próximo álbum! Ainda sem previsão! O que eu posso adiantar com certeza e a grande evolução que estamos tendo como banda! Estamos no início do processo!

Esse mês vocês irão tocar em várias cidades de Minas Gerais, capital e interior, de que forma aconteceu a organização dessa tour e quais as expectativas da banda pra essas apresentações em território mineiro?

Amigo! A tour começa nessa sexta-feira, dia 07.04! Expectativa forte! MG é um polo de Rock muito forte! Temos muitos amigos e fãs pela região toda! Tenho certeza que serão 
shows memoráveis!

MÁQUINA DE PROPAGANDA TOUR 2017 –MINAS GERAIS 
ABR 07.04 - SEXTA FEIRA –CAMBUÍ / MG CPB 
ABR 08.04 - SABADO – ITABIRA / MG - CLUBE ISRAEL PINHEIRO 
ABR 14.04 - SEXTA FEIRA (FERIADO) SÃO THOMÉ DAS LETRAS / MG - O CORUJÃO ROCK BAR - 01 ATO 
ABR 15.04 - SABADO –BELO HORIZNTE / MG - DIAS DE CAOS - MATRIZ 
ABR 21.04 - SEXTA FEIRA (FERIADO) ITAÚNA / MG - MOTOROCK BAR 
ABR 22.04 - SABADO –DIVINOPOLIS / MG - CENTRO DE CULTURA SOCIAL COLETIVO PULSO 
ABR 29.04 –VARGINHA / MG - PLUG ROCK 
ABR 30.04 –SÃO THOMÉ DAS LETRAS / MG - O CORUJÃO ROCK BAR - 02 ATO (ENCERRAMENTO DA TOUR)



Antes de partir pra esse role em Minas, vocês tocaram como banda convidada no show de reunião da Nitrominds, como rolou esse convite?

Somos amigos de milianos desses caras! Já dividimos muitos palcos, muitas baladas, muitas roubadas! Maior respeito pelo grande NITROMINDS! O show foi fantástico, assim como o público que lotou a casa!

Vamos falar um pouco de influencias, na própria bio de vocês são citados vários gêneros pra definir a sonoridade da banda, então gostaria de saber o que vocês ouvem atualmente e que bandas os influenciam na hora de tocar e compor?

É um lance meio doido por que somos de idades diferentes e de épocas diferentes! As nossas formações ROCK são bem diferentes também! Falo por mim, eu sou o mais velho ali e minha escola sempre foi HARDCORE, PUNK e METAL! Minhas influências são várias pois estou no ROCK a muito tempo! Mas minhas bandas de cabeceira sempre foram MOTORHEAD, RAMONES, BAD RELIGION, JOAN JETT, SLAYER, GBH, DISCHARGE, EXPLOITED, PLANET HEMP, BLACK SABBATH, PLASMATICS, AGNOSTIC FRONT, RATOS DE PORÃO, GARAGE FUZZ, METALLICA, OFFSPRING e tantas outras.

Agenda completa da Letall


Gostaria de agradecer pelo tempo dispensado em nos atender e reservar este espaço pra que deixem seu salve para os leitores do Microfonia e todos que acompanham a banda.

Grato pelo espeço e pela oportunidade! Saúde a todos!





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