sexta-feira, 7 de abril de 2017

ENTREVISTA VIOLENT STOMP

Aquela banda que você conhece e já salva na playlist, os caras da Violent Stomp estão em atividade desde 2014 e ainda tem muita lenha pra queimar, com um som pesado e cheio de groove e muita atitude, os caras vem construindo lançamento após lançamento um som cheio de personalidade e que é garantia de mosh pit, falamos com eles e demos uma sacada na história dos caras e quais são as news da banda, confiram e apoiem o underground, sempre!





Iniciando tratando um pouco da história, como surgiu a Violent Stomp e o que os levou a entrar nesse mundo louco do underground?

Nos conhecemos na escola. O Marcos e Lucas se conheceram primeiro, no colegial, e me conheceram em seguida.  Barizon e Rodrigo já tocavam juntos há um tempo no Staycore, e logo montaram outras bandas. A gente se aproximou através dos shows que rolavam no ABC na época e nessa altura o Lucas e o Marcos já tinham montando banda também. Eu estava tocando na época no Werewolf e tinha vontade de tocar com a galera que eu cresci junto e fazer um som diferente, aí nós cinco começamos a ensaiar até virarmos o Violent Stomp

Como vocês definem a sonoridade da banda? E quais bandas vocês citariam como principais influências?

Acho que não tem muito como definir, o som é uma mistura do que a gente curte. A banda é muito influenciada pelo Rock/Groove dos anos 90, mas viemos do hardcore, é inegável que essa é nossa principal influência. Bandas como Bad Brains, Leeway, Crown of Thornz, Biohazard, Rage Against The Machine, Cro-Mags, entre outros sons influenciaram muito na formação musical do VS. No nosso disco novo terão algumas influências diferenciadas mas que não fogem muito dessa linha, aguardem.



Ano passado vocês fizeram uma tour pela Europa, como foram as apresentações por lá e o que acharam da estrutura e dos produtores europeus?

Foram shows memoráveis, sempre que lembramos da forma de como fomos tratados dá vontade de voltar. As apresentações foram insanas, não sei se por conta de ser fora do nosso role, com pessoas diferentes mas a sensação é incrível. A galera foca no seu som, eles comentam sobre após o show, compram Merch, vinil, K7 e afins. A estrutura realmente vai bem além da do Brasil por questões obvias, a galera tem os melhores equipamentos lá. Os shows muitas vezes são em espaço culturais da cidades como os locais acadêmicos ou squats. Rola uma cooperação entre a galera, é bem foda.  Sobre os produtores é aquilo né…o cara as vezes não garante ajuda de grana mas garante que vai ter um publico pra você fazer o seu som. Tivemos show que não rolou ajuda fixa, foi parte da bilheteria, em compensação show lotado, muito material da banda vendido, um tratamento foda o que as vezes (sempre) é o mais importante. Afinal você está longe de casa.

Tropichaos, seu mais recente lançamento, possui ótimos sons, conheci a banda através dele e achei realmente foda, vocês poderiam nos dar detalhes sobre as sessões de gravação, como foi o processo e quem produziu o play?
Tropichaos teve uma forma de criação diferente do que fazíamos normalmente. Confesso que foi bem natural nada muito forçado, saiu um som em cada ensaio. Marcamos uma pré gravação pra ficar ouvindo e tal, pra ver se mudávamos algo e acabou que rolou de virar grava por diversos motivos. Um deles foi que gente mudou as músicas e criou mais em cima ali na hora entre outros hahaha. A produção foi feita pelo VS mesmo, a banda não tem muitos recursos mas sempre juntamos as ideia de cada um e acaba saindo algo.

Pra quem quiser adquirir o material da banda, quais formatos vocês disponibilizaram e onde podemos encontrar as paradas da Violent Stomp?
Além do material sempre estar a venda nos shows, a galera interessada pode mandar uma mensagem na nossa página do Facebook. Também estão a venda nos selos Hardtimes Records do ABC e Assurd Records da Itália que lançaram o Tropichaos em formato compacto em vinil.
Falando em selo, não podemos deixar de citar o Thinking Straight Records que lançou nossos primeiros materiais em K7 num role totalmente faça você mesmo. E o BLC pelo apoio desde o começo da banda. O BLC é um “selo” da galera do hardcore que ajuda muito em questões de marcar os shows aqui na cidade com estrutura e tudo mais.

Que temas vocês costumam abordar em suas letras? Compor as letras em inglês é um diferencial pra tocar lá fora?

 Creio que não, muitas bandas daqui tocam fora cantando em português e são bem aceitas. A questão é, além de ser muito mais difícil encaixar as letras em português - e admiramos muito quem consegue, o nosso som é uma parada bem americanizada em grande parte. Fazemos o máximo pra dar nossa identidade na parada mas nossas referências são todas em Inglês. No quesito de letras e temas, abordamos o que vivemos, relações pessoais, cotidiano, altos e baixos e etc...

A capa do Tropichaos tem uma arte bem legal, quem foi que a desenvolveu?

A arte do Tropichaos foi desenvolvida pelo nosso amigo Fernando Marcatti. A finalização teve ajuda do pai dele, Francisco Marcatti, o mesmo que fez as artes do Ratos de Porão.



Traçando uma linha da demo de 2014 até o Tropichaos, que mudanças ou diferenças vocês apontariam na sonoridade de vocês?
Foram mudanças que vieram naturalmente, nada muito brusco, foi gradual.
A banda amadureceu muito tecnicamente falando. Além disso a gente sempre gostou de som e de testar referências diferentes, a gente foi evoluindo sonoramente juntos.

Quais são os próximos compromissos da Violent Stomp, mande aí as datas de sua agenda pra quem curtir seu som ao vivo, e como se faz pra contatar a banda para shows?

É estamos em estúdio mas uma vez, dessa vez com um pouco mais de calma com pé no freio hahaha, temos alguns shows que serão talvez os últimos até o fim do ano. Talvez uma turnê na América do Sul, mas nada fechado ainda. Pra marcar show é só nos escrever no instagram da Banda @violentstomphardcore. Por Enquanto os Próximos shows são;

02/04 - VERDURADAXABC   -  São Caetano Do Sul
15/04 -  THRASHZONE – Ibiúna
16/04 -  SÃO ROQUE HARDCORE – São Roque
20-04 -  PUC  - São Paulo

Por falar em apresentações ao vivo, pra quem ainda não pode presencia-los ao vivo, como vocês traduziriam aqui em palavras qual a energia de um show da Violent Stomp?

Quem não presenciou, tem que presenciar prometo que parados não vão ficar, groove, peso e energia, não percam a oportunidade de balançar hahaha.

Que bandas da cena na atualidade vocês destacariam, o que rola nos fones de ouvido dos integrantes da banda?

Mano é sempre foda falar de cena mesmo a gente se enquadrando dentro do role hardcore ouvimos de tudo, mas no role BR mesmo o que eu admiro muito os últimos lançamentos, show e afins são; Perception, Clearview, Last Warning(BH), Life shy(CURITIBA), One True Reason, Time And Distance, In Your Face, B’URST, Futuro, Kill Moves(BH), Floating Kid(CWB), Memorial(CWB), Sitinglass(CWB).
O que rola nos nossos fones no momento é engraçado falar mas creio que o que menos estamos ouvindo no momento é hardcore em si mas ta rolando; Cro-Mags (Best Wishes, Alpha And Omera era), Megadeth, Life Of Agony, Ozzy, Prong, 24-7 spyz, Urban Dance Squad, Dog Eat Dog, Red Hot Chilli Peppers, Oasis, Faith No More, Only Living Witness, muito som na real piramos bastante no que ta rolando agora também Grime e techno hahaha.


Gostaria de agradecer pela atenção e reservar este espaço pra que deixes seu salve a todos que acompanham a banda e para os leitores do Microfonia. Valeu!

Um salve para todos que ainda tentam fazer algo que gosta e não por tendência. Pra quem organiza shows e pra quem comparece nos shows que não tocam, Pra Vocês que tem banda e choram que não vão em seus shows. Tenta comparecer também hahaa.  



OUÇA VIOLENT STOMP EM:


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