Alex (Bateria e Voz), Rafael (Bateria e Voz)
e Ulisses (Baixo)
Os paulistanos do Humäno
surgiram nesse ano e que já impressiona em suas composições.
Letras de ataques fortes a
todo e qualquer racista que estiver pelo caminho, exclusão social e com
arranjos brutais, característicos do estilo crust-grind,
o trio paulistano no momento não possui um álbum de inéditas, mas já tem
lançados singles que aumentam a ansiedade pelo lançamento de mais músicas num
álbum.
“Primitivo”, “Suspeito”, “E.M.F.M.U.D.D.C.V.”
e “The Unfathomable Situation”, esse último numa homenagem incrível aos suecos
do Nasum, são os singles já lançados em todas as plataformas digitais e que
mostram sinais de que algo muito brutal está por vir nos próximos lançamentos!
Dito isso, só resta vocês acompanharem o trabalho dos caras e lembrem-se: É MAIS FÁCIL MORRER UM DIA DE CADA VEZ!
Acompanhe o trabalho do
Humäno nas seguintes plataformas digitais:
A cena do eixo nordeste beira à complexidade de tão organizada e unida que ela é!
O enxame de bandas espalhados pelos nove estados nordestinos fez com que o Tocaia Selo desenvolvesse uma espécie de streaming, onde a banda se cadastra e coloca seu trabalho na plataforma.
Segundo informações do Tocaia Selo, já foram cadastrados desde que colocaram no ar (21 de julho), mais de mil perfis / bandas, mais de sete mil acessos online e beirando 200 álbuns na plataforma!
E não para por aí...
Eles lançaram um super split intitulado "Nordeste em Chamas", também disponível na plataforma, onde reúne 101 bandas dos nove estados nordestinos, da Bahia ao Maranhão. Além disso eles lançaram um material físico desse split, com tiragem limitada a 1250 cópias que se esgotou rapidamente. Não temos informações se haverá nova tiragem desse material. Só digo que fiquem atentos aos canais do selo caso tenham mais tiragens desse material fudido!
O WARSICKNESS é uma banda de Thrash Metal da Grande São Paulo fundada em meados de 2009, especificamente da cidade de Itapevi. A banda impressiona demais com sua sonoridade Thrash, com fortes influências de grandes bandas da cena Thrash oitentista em seus arranjos e que suas letras são recheadas não só de críticas sociais, destruição da civilização, mas de muita diversão e bebedeira, ao estilo "Tankard".
Em 2012, lançaram seu primeiro EP "Reign in Chaos, Pain and Torture", seguido dos álbuns "Stay Drunk in Hell" (2015) e "Sick Existence" (2019)
O vocalista da banda, Diogo Moreschi, com muita atenção nos recebeu para nos contar sobre as histórias malucas de como surgiu a banda, os trabalhos lançados e projetos para o futuro da banda!
Confira a entrevista logo a seguir, na íntegra:
Antes de tudo, é uma satisfação imensa receber o WARSICKNESS em nosso canal. Ainda
mais quando se trata de “quase conterrâneos”. Afinal, eu sou de Barueri e vocês
de Itapevi, então somos todos vizinhos! Seja muito bem vindo e obrigado por nos
receber!
Diogo Moreschi: Eu que agradeço demais o espaço!
Pra começar, explica pra galera quem teve a ideia de montar a banda e quais
foram as influências principais para que chegasse a esse nível muito bom que
estão atualmente.
DM: A banda foi idealizada por mim, (Diogo
Moreschi) juntamente com Carlos Ferreira (Carlão). A gente sempre teve gostos parecidos no
que se refere à “Metal” Thrash Metal e mantendo aquele equilíbrio de
bandas que trazem uma proposta de som mais “reto” porém bem dinâmico. Pra
variar, a ideia da banda surgiu na calçada em frente a um “armazém bar” de 1m x 1m de tamanho. Lembro que eu fui convidado na época, final de 2008 para cobrir os vocais de uma antiga banda do Carlão, porém a maioria da
banda nunca aparecia pra ensaiar e eu ficava chapando com ele nessa calçada
hahaha. No dia que concretizamos a ideia da banda lembro que tomamos 2
engradados de cerveja (de garrafa de 600 ml) kkkkk e o nosso amigo senhor
Carlão quase nos matou com o antigo golzinho quadrado que tinha.
As capas dos dois discos (“Stay Drunk in Hell” e “Sick Existence”) são
realmente incríveis! Como foi a ideia de chamar o Márcio Aranha para criar a
arte das duas capas? As ideias de capa foram do artista ou da banda?
DM: Bem eu conheci o grande Márcio Aranha
por volta de 2010, ao ver um portifólio de desenhos animais que ele já tinha, e
pelo método curioso de criar personagens baseando as posições com ele mesmo de
modelo, eu passei a ideia que tive para a primeira parceria com ele que rendeu
a capa do nosso primeiro EP – “Reign of Chaos, Pain and Torture”. Logo ele
continuou desenhando oficialmente para nós nas 2 sucessoras que seriam nossos 2
discos completos de estúdio.
Qual é a importância do Caveira Velha Rock Bar (Rock Bar de Jandira-SP) para a
banda?
DM: Opa, poucos conhecem o início da
casa, mas ela foi idealizada pelo próprio Carlos Ferreira, e lembro que antes
de começar as obras ele me contou e me convidou para ajudar com a movimentação
das bandas, eventos. Lembro que nos primeiros anos lá eu ficava exclusivamente
cuidando de todos eventos. Era uma segunda casa. Desde então, por mais que
depois de alguns anos lá sai de cena, mas sempre consideramos nossa casa por
ter sido palco de muitos eventos marcantes para a banda.
A
relação da banda com os conterrâneos do Imminent Attack (Barueri-SP) e
Torrencial (Itapevi-SP) é bacana? Vi que teve vários rolês com essas bandas ao
longo da carreira.
DM: Sempre foi uma interação boa, até
porque o Carlos Ferreira é membro da banda Torrencial até hoje e o André por
mais que oficialmente se tornou do Warsickness recentemente, ele sempre tocou
com a gente quebrando vários galhos na batera. (Sabe melhor as músicas do que
muitos que passaram pela banda rs) e A relação com todos das bandas Torrencial
e Imminent Attack sempre foi próxima, 90% da banda Imminent Attack participou
das gravações do disco “Stay Drunk in Hell” – “tá tudo em casa”.
“Sick Existence” foi lançado em 2019 é, a nosso ver, é um disco que mostra o
quão o WARSICKNESS evoluiu, não só musicalmente, mas tecnicamente em suas
composições, comparado ao debutante “Stay Drunk in Hell”. Como foi a
receptividade na cena desse último disco? Ao nosso gosto, tá muito foda!
DM: o “Sick Existence” foi uma ideia (não
melhor que as anteriores) mas melhor estruturada. Trabalhamos na pré-produção
dele com muito cuidado, e fugimos da realidade de estúdio no processo de
gravação. Dedicamos 2 semanas sem intervalo de dias diretamente para a produção, foi
quando nosso grande amigo e produtor Friggi (da banda Chaos Synopsis) veio de
SJC e adaptou seu equipamento na casa do nosso antigo batera, Fernando. Foi
foda demais. Abriu muitas portas para a banda e deu a oportunidade de todos
verem do que somos capazes.
Anteriormente
acostumados em formato de quinteto, como está nesse momento habituar a banda
com apenas uma guitarra, num quarteto? Vimos que o Carlão agora foi para o
baixo, devido à saída do Alan da banda, além da entrada do André (Imminent
Attack). Explica pra gente esse processo diferente e inovador para o
WARSICKNESS.
DM: Eu em particular sempre curti bandas
nesse formato “quarteto”. Foi um grande desafio pois tivemos que nos adaptar
musicalmente falando, todas composições já criadas de 2 para 1 guitarra.
Mudamos de um baterista extremamente técnico para um baterista com mais feeling
para o som que fazemos, e que executa muito bem a proposta da banda e sem
limitações, e que participa muito ativamente na proposta de criação. André é
uma grande mente criativa.
As letras do WARSICKNESS, além de críticas ao sistema, guerras e alienação
humana, são bem ao universo do prazer de reunir a galera, se divertir e beber
sem limites, em geral a banda tem uma temática bem “etílica”, vamos dizer
assim. Ademais, os rolês que fazem entre um show e outro, ninguém é de ferro,
vocês acabam se divertindo regado a muita breja! Explica para nós sobre essa
temática que lembra os alemães do Tankard.
DM: A Warsickness sempre teve o objetivo
de explanar temas como esses que você mencionou. Nosso foco sempre foi tocar
bem, transmitir o sentimento que temos, trazer entretenimento para as pessoas
que gostam desse tipo de som, e NUNCA ESQUECER DE NOS DIVERTIR. Por mais que os
excessos de entorpecentes as vezes ocorram, sempre tentamos manter a
responsabilidade para nunca perder a qualidade do nosso som.
Coroner, Krisiun, Artillery, Onslaught, Sinister,
Exumer...como foi tocar junto a esses gigantes nos festivais? Existe para os
desejos do WARSICKNESS alguma banda que falte para fazer parte de um possível
lineup?
DM: É
animal dividir palco com grandes bandas, mesmo que em alguns casos a gente
acaba conhecendo de verdade como alguns são. Mas não tenho o que reclamar e se
pudesse faria de novo. Puts, ainda falta uma gama de bandas que gostaríamos de
dividir palco, um grande marco de repente um Tankard quem sabe.
Todo o mundo está sofrendo muito com a pandemia do
Coronavirus e não é diferente para a nossa cena, que está sofrendo mais ainda, porque
afinal, sem shows, sem cachê, sem trabalho! Como o WARSICKNESS está reagindo a
todo esse problema para dar andamento nos projetos?
DM: Realmente
pra uma banda, viver entocada é complicado, principalmente quando os membros
vivem dela. Hoje o Warsickness não é fonte de renda pra nenhum dos integrantes,
porém ela se auto sustenta. Alguns membros hoje se mantem de
rendas autônomas que se assemelha muito com o músico profissional. É difícil,
mas temos que lidar com essa fase ou “Nova Era” com inteligência, usando os
meios de comunicação como auxiliadores para as nossas tomadas pessoais de
decisões. Acredito que ainda é possível ter mais independência na hora de agir
e não ser guiado por uma massa que na maioria das vezes não sabe o que é melhor
para cada um de nós.
Existe projetos futuros para o sucessor de “Sick
Existence”?
DM: CERTAMENTE
!!! inclusive estamos nesse processo de composição, eu ando escrevendo muita
coisa e temos um esqueleto de um próximo trabalho praticamente. Só infelizmente
optamos em não acelerar nada devido ao caos mundial que estamos vivendo, pois
esse próximo queremos fazer algo mais conjunto, compondo bem mais próximos e
não a distância.
Seguindo a tradição do Microfonia Underground, cite
os cinco maiores álbuns de todos os tempos, segundo o WARSICKNESS.
DM: Puts, segundo o Warsickness não garanto. Vamos ver se agrado o gosto dos caras
hahaha. Vou tentar ser mais Thrash Metal nessa lista.
1 - Fabulous Disaster – Exodus
2 - The Years of Decay – Overkill
3 - Zombie
Attack – Tankard
4 - Waking Into Nightmares – Warbringer
5 - Tortured Existence – Demolition Hammer
Puts,
ficou acho que bem mais a minha cara.
Nós do Microfonia Underground agradecemos demais a
participação de vocês! Nosso pedido é que sigam firmes e fortes nesse momento
tão difícil. Um dia nos encontraremos em algum rolê pra beber algumas geladas!
Um grande abraço!
DM: Agradeço
demais o espaço e todos nós não vemos a hora de voltar a fazer o que mais
gostamos, tocar por aí e beber !! Até breve.
Para maiores informações, confira os canais oficiais do WARSICKNESS:
Sempre
válido observar que num país de dimensões continentais existe uma diversidade
cultural imensa e que as coisas não acontecem somente no eixo Sul-Sudeste, por
isso temos diversas cenas produtivas e cheias de bandas foda.
Vou um
pouco mais além, o norte e o nordeste do Brasil quando se fala de underground
são hoje referências, o tempo todo surgem novas bandas com trabalhos incríveis
vindas dessas regiões!
Hoje
gostaria de falar sobre uma banda de um gênero que aprecio muito, que é o
Horror Punk, que tem uma cena fortíssima com bandas espalhadas por todo país,
mas vamos focar especificamente em uma banda de Manaus-AM, a Dead Live.
Formada
no começo de 2015, a Dead Live é composta por Jefferson Carneiro (Vocal e
Guitarra), Benediction Açougueiro (Baixo), Dirley Velinho (Bateria) e Cristian
Oliveira (Guitarra), os caras vem com a proposta de fazer um som totalmente
voltado ao horror punk e suas temáticas convencionais, que possuem uma fonte
inesgotável de temas que quem é fã do gênero se amarra, violência gore, zumbis,
apocalipse, muito sangue e vísceras pra embalar as composições!
A banda
possui três discos de estúdio e um ao vivo lançados até aqui, "Mortos
Vivos" (2016), "Bar from Hell" (2017), "Manicômio"
(2018) e o ao vivo gravado no Garage Sounds lançado também em 2018, todos
discos de estúdio gravados, mixados e masterizados pelo guitarrista e vocalista
Jefferson Carneiro, que manda muito bem no trabalho de produção dos albuns, as
artes das capas dos discos ficaram a cargo de um cara que acredito que quem é
da cena conheça muito bem, Daniel Ete (Muzzarelas), que é perito em entregar
artes que ilustram muito bem o universo do Horror Punk.
Falando
um pouco mais sobre o som dos caras, vale observar que principalmente no seu
último lançamento, "Manicômio" há um flerte com o metal, perceptível
na rifferama que os caras despejaram nas composições, até mesmo a sonoridade
desse disco me chamou a atenção pelo peso, destaque para a cozinha brutal dos
caras, impondo muito mais peso a sonoridade e fazendo a camada de base para as
guitarras da banda, o vocal de Jefferson Carneiro é outro ponto muito legal, um
timbre diferente, canta de uma forma única e bem particular que se fundiu muito
bem com a sonoridade.
Enfim,
conheçam os sons dos manauaras da Dead Live, eles estão em todas plataformas de
streaming e com certeza o som dos caras irá acertá-los em cheio!!! Abaixo seguem os links onde será possível acessar o trabalho da banda, sigam, curtam e compartilhem os trabalhos das bandas e se puder comprem os materiais, assim poderemos dar o suporte para a cena e as bandas sobreviverem em meio a esse caos!!!
A Cranial Crusher é uma banda de Thrash metal/Crossover, formada em 2010 lá em São Bernardo do Campo-SP pelos amigos Renan Stoiani (Baixo e vocal), Lucas Aímola (Guitarra) e Guilherme Fructuoso (Bateria). Desde então se foram vários shows, singles, Eps e agora os caras se encontram em processo de composição para um novo album e nos contaram um pouco de como andam as atividades da banda e como estão lhe dando com esse momento complicado de pandemia que atravessamos, pra saber mais confiram logo menos nosso papo e não deixem de conferir o trabalho da banda que manda um som muito foda!
Fala pessoal! Satisfação em poder ter a Cranial Crusher aqui no Microfonia, lançando a máxima de que o tempo voa, lá se vão dez anos de banda, olhando pra trás agora e revivendo um pouco dessa história, que momentos vocês destacariam na trajetória da banda que ficaram marcados de alguma forma?
CRANIAL CRUSHER: Fala pessoal, primeiramente obrigado pelo espaço, é um prazer enorme poder trocar ideia aqui no Microfonia Underground!
Bom, agora é a nossa vez de usar uma máxima, porque na real parece que foi ontem que tudo começou (risos)! Começamos a banda em fevereiro de 2010 e nessa época tocávamos só uns covers de Ratos de Porão, Misfits, Metallica e Slayer com uns equipamentos muito precários. De lá pra cá todo mundo evoluiu dentro e fora da banda, tudo tem sido bem bacana, as composições, os lançamentos, os shows e todos os amigos que fizemos ao longo dos anos.
Aos poucos fomos incrementando ideias e influências de cada um e direcionando a banda para ter nossa própria sonoridade e isso é bem daora. Pouco a pouco foram aparecendo shows aqui e ali, alguns grandes e outros nem tanto. Nosso primeiríssimo show foi no clássico “festival da escola” que o Renan e o Fruto estudavam, a gente era tudo criança e tocamos só duas músicas e valeu bastante pela experiência, então fica como um dos destaques.
Vale citar também um show que fizemos em Poços de Caldas em 2016, tocamos era umas 4h da manhã e tinha zero pessoas na casa mais ou menos. Nesse dia deu tudo errado, quebrou a bateria no meio do show, não nos pagaram o valor que tinha sido combinado e dormimos num hotel muito podre. Na época ficamos meio putos, mas hoje damos muita risada disso, foi uma aventura (risos).
Vocês mantêm a formação original da banda como os mesmos membros até aqui, a que se deve a longevidade da parceria, visto que infelizmente não é comum no meio underground a durabilidade nem de formações e nem de bandas?
CxCx: A gente já tinha uma amizade antes mesmo de formar a banda. O Renan e o Fruto estudaram juntos por vários anos e se conhecem dos tempos de escola, depois conheceram o Lucas através de amigos em comum e de lá pra cá a parceria só se fortaleceu. Vira e mexe a gente manda o outro à merda, mas esse tipo de atrito faz parte e a gente leva numa boa. A longevidade da formação se dá justamente ao fato da banda ter surgido em meio a uma amizade, então tudo acaba sendo bastante sólido. É diferente de quando você tem apenas “músicos” numa banda, vira praticamente uma relação profissional. Felizmente esse não é o nosso caso!
Quando vocês se reuniram como banda já havia um senso comum de como vocês gostariam que soassem? Quais foram as referências que vocês usaram de inspiração na hora de moldar essa questão da sonoridade?
CxCx: Na real bem no começo da banda a gente só tocava e não sabia muito onde queríamos chegar. O Lucas era de uma pegada mais metal tradicional, heavy metal e tal. Já o Fruto curtia thrash metal bem oitentista e o Renan também, mas tinha bastante influência de punk, hardcore e crossover. Essa diferença foi super positiva, fomos agregando as influências individuais à banda e com o passar dos anos nosso som foi moldado e direcionado pra algo que a gente curta.
Mesmo hoje a gente traz influências de várias escolas diferentes, então o resultado acaba sendo bem heterogêneo, com sons que vão desde uma pegada mais crust punk até uns thrash metal da velha guarda, passando pelo heavy metal, crossover e vários outros estilos.
Estou escrevendo a entrevista nesse momento ouvindo a discografia da banda e traçando uma linha do tempo, após o single de “Too many cops” em 2012, o primeiro lançamento da banda foi o Split com a Cerberus Attack, lançado em CD como “Cranial Attack”, como foi a gravação desse material, a banda já possuía experiência de estúdio? Vale observar que foi gravado ao vivo, como foi esse rolê e o que vocês fariam diferente hoje?
CxCx: Essa gravação do split foi sensacional, pois gravamos na quebrada dos caras do Cerberus ao vivo mesmo, como você disse. Foi nossa primeira experiência em estúdio e nessa época a gente tava ensaiando demais, quase todo o fim de semana umas 5h por dia. Aí saímos de São Bernardo de ônibus, pegamos umas 3 conduções pra chegar no estúdio e tudo isso fazendo a maior farra no caminho! Então a gente só chegou lá, gravamos e fim, não tínhamos muita noção das coisas.
Na real não faríamos nada muito diferente, quer dizer, foi o que era pra ser mesmo saca? De repente só ajustar melhor os timbres, afinar os instrumentos direito (risos!), regular bem os equipamentos e tal, mas rolou legal e o split registra bem o momento. A gente chegou lá e tocou como se fosse um show e foi uma experiência bem bacana.
A banda participou do tributo ao Lobotomia, com a faixa “Faces da morte”, ficou muito foda vocês tocando esse som, como surgiu o convite pra participar desse corre? Lobotomia é uma influência no som da Cranial Crusher?
CxCx: Na época uma das bandas que ia participar da coletânea ramelou e o Edu Voodoo (Lobotomia) tava precisando de uma banda pra colocar no lugar. Aí um grande amigo nosso, o Bodão (Profundezas), que é um grande amigo do Edu, falou da gente pra ele. Inclusive tínhamos tocado no rolê que o Edu agitava (Garage Fest, em Ribeirão Pires - SP). Aliás, nesse dia a gente tocou um cover de “Nada É Como Parece” do próprio Lobotomia com o Edu no vocal, mas sem pretensão nenhuma e acabou sendo muito louco. No fim das contas o Edu curtiu a sugestão e gravamos Faces da Morte, mas a coletânea infelizmente ainda não foi lançada.
Vivemos um momento muito difícil para as bandas e músicos e cultura em geral, já que não temos ideia de quando poderemos voltar a ter shows e nem de que forma isso será feito no futuro, como vocês tem encarado essa situação e quais são as saídas que vocês acreditam que poderão ser utilizadas pra voltarmos as atividades no underground em termos de shows?
CxCx: Desde o ano passado já não vínhamos realizando muitos shows devido à gravação do novo play. Aí esse ano de 2020 veio, pandemia e tudo mais e atrapalhou muita coisa, tínhamos planos pra celebrar os 10 anos de Cranial, merchan e disco novo e várias coisas legais que infelizmente não conseguimos concretizar até o momento, mas seguimos na correria e com esperanças de tempos melhores.
Estamos aproveitando esse tempo livre pra agilizar novas composições, fazer alguns corres da banda que tinham ficado pra trás e também pra dar atenção a outras atividades pessoais que acabaram ficando de lado.
Agora o futuro é bastante incerto, não há muitas saídas seguras para a retomada de atividades a não ser esperar por uma vacina e pela redução do números de novos infectados.
Enquanto isso, da nossa parte estamos ficando ao máximo em casa e seguindo as orientações dos profissionais de saúde. Só assim pra voltarmos à normalidade o quanto antes.
Em relação aos eventos, as transmissões ao vivo estão ganhando bastante espaço, então pode ser que o esquema de shows mude um pouco, mas claro que essa é só uma suposição porque fica difícil pensar em saídas viáveis no momento. Sabemos que a situação ficou difícil pra muita gente, principalmente pra quem vivia disso, seja de uma casa de show, barzinho, loja, estúdio. Infelizmente vimos alguns picos que tocamos fecharem, é bastante triste.
Pra deixar de lado esse fator negativo da pandemia, vamos cair no ditado de que recordar é viver, quais as apresentações da Cranial Crusher que ficaram marcadas na memória da banda e que histórias vocês citariam como inesquecíveis dos momentos de estrada da banda que vale a pena compartilhar?
CxCx: Em Piracicaba-SP, em 2012, com o Bandanos e Violent Illusion, primeiro show “oficial” do Cranial: a gente tava nervoso pra caramba e foi bem louco; abertura para o Violator em São Bernardo do Campo-SP em 2013: fizemos grandes amigos nesse dia; Overload Clandestino quando tocamos na calçada do Carioca Club (SP) na porta do Overload Beer Festival, fizemos um corre absurdo pra viabilizar essa invasão, contamos com o apoio de vários amigos e deu tudo certo, foi muito foda; festival Da Rua pra Rua em São Bernardo do Campo-SP em 2017 organizado pelo Coletivo Refuse Resist, quando tocamos na carreta de um caminhão; Tinguá Thrash também organizado pelo Coletivo Refuse Resist (exemplo de parceria e união no underground, inclusive tem vídeos muito bem produzidos deste evento e até um mini documentário que recomendo que assistam!), todas as apresentações da pista de skate de São Bernardo do Campo, todas as vezes que tocamos no Mineiro Rock Bar em Osasco-SP, todas do finado bar CPB em Cambuí-MG do nosso grande amigo Mané e por fim e não menos importante, a ve que tocamos com o Ratos de Porão em Santo André-SP.
Eu sempre falo com os amigos e parceiros de Microfonia por aqui que o Brasil é o país do Thrash metal e do crossover, produzimos bandas incríveis nesses gêneros, gostaria que vocês nos indicassem que bandas nacionais consideram seminais dentro dessa vertente?
CxCx: Securitate, Alucinator, Cerberus Attack, Suffocation of Soul, Bastardo, Damn Youth, Exorcismo, Heritage (e todas as bandas que o Rodrigo Costa já tocou. O menino é um prodígio dos riffs!) Metalizer, Criminal Mosh, Bandanos, Acid Speech, Bomb Threat, Dunkell Reiter, Hate Your Fate e por aí vai (esse tipo de lista é sempre injusta porque tem muito mais bandas que conseguimos citar...)
Em fevereiro vocês lançaram um novo som, “Tendência Suicida”, single do próximo album da banda, pretendem lançar ainda em 2020 ou os planos foram afetados por conta da pandemia?
CxCx: Como dissemos anteriormente, os planos que tínhamos pra esse ano foram muito afetados pela pandemia, mas não desanimamos. Seguimos compondo e trabalhando em material novo, mas sem data prevista para lançar nada. A única certeza que temos é que tá tudo incerto!
Ainda sobre esse vindouro novo álbum, o que poderiam nos adiantar a respeito? Quantas faixas terá? Já possui um título? Arte da capa? Como estão essas questões com relação ao novo trampo?
CxCx: Vamos lá, em primeira mão aqui hein! A ideia do disco é abordar todo o ódio que um ambiente de trabalho hostil pode gerar, como o proletariado é explorado, relações tóxicas no ambiente de trabalho e a revolução/guerra de classes. A arte inclusive já tá pronta e ficou muito foda! Foi feita pelo Ronilson Freire (Jackdevil, Electric Poison), que é também ilustrador de quadrinhos, então tá um trampo fino demais, mas que só vamos soltar mais pra frente. Também vamos lançar novas camisetas e merchan que tá dando gosto de ver. Aguardem!!!
Mantendo nosso tradicional pedido infame a todos os entrevistados, gostaria que nos dissesse quais são os cinco melhores álbuns de todos os tempos segundo a Cranial Crusher?
CxCx: Mencionar apenas cinco discos gerou muita discussão entre nós, então decidimos citar alguns poucos (dos vários) que são de extrema importância para nossa escola musical. São eles:
Beneath the Remains - Sepultura
Nada é Como Parece - Lobotomia
Tortured Existence – Demolition Hammer
Kill ’em All - Metallica
Handle with Care – Nuclear Assault
Walls of Jericho - Helloween
Best Wishes – Cro-Mags
Lights, Camera, Revolution – Suicidal Tendencies
Brasil – Ratos de Porão
Pela Paz em Todo o Mundo - Cólera
Antes do Fim – Dorsal Atlântica
We Crush Your Mind with the Thrash Inside - Bandanos
The Legacy - Testament
Reign in Blood - Slayer
Nada Como um Dia Após o Outro Dia – Racionais MCs
Pra finalizar, gostaria de agradecer novamente por falar com a gente e reservar esse espaço pra que mandem seu salve como desejar.
CxCx: Obrigado pelo papo, foi muito bacana! Além do som, temos mensagens importantes a transmitir por meio de nossas letras, então sempre procurem lê-las e falar conosco quando quiserem. Pra nós no underground não deve existir divisão entre público e banda e o diálogo e a troca de ideias são muito importantes!
Além disso, pedimos a todos que se cuidem e tomem todas as precauções possíveis para que possamos sair dessa situação o quanto antes e da melhor forma! Até lá, tentem manter-se bem e fortaleçam laços com amigos e familiares, a união é muito importante! Apoiem os pequenos, sejam músicos, bandas, artistas e comerciantes. Valeu!
Integrantes: Carlos Mamá (Vocal), Felipe
(Baixo), Hugo (Bateria) e Sete Metros (Guitarra).
Antes de iniciar, nosso pequeno toque pra galera: que bandas desse estilo sejam encaradas na cena sempre de forma natural, como qualquer outra banda!
O
Teu Pai Já Sabe é uma banda de Curitiba formada em 2008 e já possui dois discos
lançados: o primeiro álbum “Blasfêmia Pouca é Bobagem - 2009” e “Agora Sabe - 2013”.
Ficaram
num hiato e voltaram com tudo em 2018 e estão em estúdio gravando um
novo disco ainda sem nome a ser lançado pela Läjä Records.
Criativos,
irreverentes e originais, os arranjos são muito bem calcados no punk rock
oitentista, com letras de defendem a inclusão do movimento LGBTQIA+ no
movimento, tanto que a banda é defensora ferrenha da bandeira “queer punk”,
seja em suas composições ou nos shows.
Todos
os integrantes da banda são gays e bissexuais e se reafirmam a cada dia, mostrando
que o punk tem espaço para todxs.
Nós do Microfonia Underground Blog estamos
ansiosos pelo novo trabalho do TPJS. O som é muito foda e tem um propósito nas
ruas, com o objetivo de unir mais não só a comunidade LGBTQIA+, mas todas as
minorias que curtem a cena pesada underground.
Parafraseando
uma de suas músicas, Punk Rock Também é pra Viado!!!
Vida
longa ao TPJS...a cena só ganha com a volta de vocês!
Logo a seguir, vamos disponibilizar o show que eles fizeram em São Paulo, no ano de 2018 no Espaço Som e também seus canais oficiais para todxs conhecerem mais o trabalho do TPJS.
Hoje nosso papo é com os malucos da banda de Metal Punk Sömbriö, os caras são de Floripa/Goiânia e lançaram no início desse ano seu primeiro full, "Fogo, Poder e Destruição", que além de sons inéditos, conta com nova formação e destilam toda a aura maldita em um som que caminha por vertentes que agradam em cheio quem curte um metal cru e sem firulas, mais um grande lançamento de 2020 sem dúvidas, pra saber mais sobre esse disco e como andam as atividades da banda em meio a esse cenário de morte e pandemia que está varrendo o país, se liguem logo menos nas ideias que os caras mandaram!!!
A história da Sömbriö começa em 2018, apesar de breve já rolou muita coisa até chegar no primeiro album “Fogo, Poder e Destruição”, como vocês resumiriam a trajetória da banda até aqui?
Paulin: Começamos em janeiro de 2018 só querendo fazer um som cru e livre que pudesse ser o que a gente quisesse que fosse, se soasse thrash ou punk tanto faz, o feeling que ditava. Ensaiamos algumas semanas e gravamos a demo "Cortejo Fúnebre". Começamos como um duo mas já na intenção de arrumar um baixista. Logo nos primeiros shows conhecemos o Guilhotina, que já participou da nossa primeira tour pelo Sul no mesmo ano. Desde então até a gravação do álbum tivemos bons momentos com shows locais e com uma tour pelo Centro Oeste e outra pelo Sul em 2019 que fizemos as datas junto ao Whipstriker(RJ). Nesse tempo amadurecemos muitos quanto ao som, referências e o modo de compor. Houveram brigas, farra, curtição, conhecemos gente nova e cidades novas. Acho que isso resume o período antes do álbum hehehe
Pra gravação do primeiro album da banda vocês contaram com uma nova formação, poderiam nos falar um pouco sobre como está funcionando as coisas na banda e como foi o processo de gravação?
Paulin: Atualmente mesmo tá caótico, com essa situação da pandemia não estamos conseguindo nos reunir direito. Mas na teoria era pra estar funcionando em quarteto: Antifernando na guitarra, Urbano na batera, Guilhotina no baixo e eu nos vocais/guitarra. Essa era a formação que ia pra tour em São Paulo, que era pra ter acontecido em abril se não fosse a pandemia. Agora quanto o processo de gravação do álbum foi bem rápido. Começou depois da tour em julho de 2019 com o Whipstriker, eu estava morando em Floripa na época e já estava compondo novos riffs com o Guilhotina que também mora lá. Mas pra gravar precisávamos da banda completa, daí que chamei o Antifernando e Urbano em Goiânia pra entrar nessa. Não tinha nenhuma música feita, parti pra Goiânia só com as ideias. Infelizmente o Guilhotina não conseguiu viajar, então ensaiamos eu, Antifernando e Urbano exatamente 1 mês compondo e praticando pra gravar o mais rápido possível enquanto estava em Goiânia. Deu certo, fomos ao estúdio de manhã e pela noite já tínhamos gravado tudo.
Como rolou a química dessa nova formação ao vivo e quando rolou a estreia da banda com os novos membros?
Paulin: Essa nova formação já tinha se reunido antes do Sömbriö existir na Desastre(GO), banda das antigas de Goiânia que nos últimos anos só havia restado o Wilton de membro original. E pro retorno da Desastre coincidentemente (nem tão coincidência assim, já rolava uns contatinhos na cena) o Wil me chamou pra assumir a guitarra, Urbano na batera e o Antifernando no baixo. Então a química já existia entre a gente. Conseguimos tocar apenas uma vez com a formação do álbum no final de 2019 antes de lançá-lo. Mas oficialmente não conseguimos lançar o álbum estreando tocá-lo ao vivo, pois assim que íamos fazer a tour de lançamento em 2020 tudo veio por água abaixo com a pandemia.
O disco foi lançado em janeiro, como vocês sentiram a recepção da galera ao novos sons e qual diferença que vocês apontariam desse novo disco para os materiais anteriores lançados até então?
Paulin: Acho que houve uma certa surpresa porque esse álbum já é bem diferente do que havíamos feito. Talvez mais metal que punk, mas nunca só um ou outro. Mas embora diferente, o retorno que tivemos desse material foi super positivo. Mesmo lançando ele em 2020 que é um ano atípico para as bandas, no qual não podemos nos apresentar ao vivo, vendemos por correio muitas camisetas e CD's. Também fizemos muitos contatos novos através desse material, pessoas que conheceram a gente através dele.
Vimos várias definições para o som da banda, metal punk, D-beat, Black thrash, etc. Sei que esse lance de rótulos é meio chato, mas como vocês definiriam o som da banda pra alguém que não teve acesso ao mesmo?
Paulin: É difícil ter uma definição pois tem tudo isso que disse misturado se analisar em partes hehehe mas se for pra escolher só um eu diria que podem nos definir como Metalpunk. É um termo abrangente, pode ser thrash, heavy, black thrash, punk/d-beat que tá tudo incluso dentro disso.
Em que fontes vocês costumam beber pra ter inspiração na hora de criar os sons da Sömbriö?
Paulin: Maconha, álcool e psicodélicos hehehehe brincadeira (nem tanto). A gente curte muita coisa diferente, as vezes nos enrolamos com post-punk, as vezes grind, as vezes death metal... Acaba que temos uma biblioteca musical bem variada, daí uma vez que temos um beck legal pra descontrair entre nós, um riff, umas ideias e sentimentos confusos botamos em prática e tudo sai natural.
Um lance muito interessante na sonoridade do disco, é a maneira como soa orgânico e na cara o som, dando uma aura ainda mais maldita nas músicas, era isso que vocês buscavam durante a gravação? PS Vale ressaltar que fica aqui registrado os parabéns pelo puta som foda que conseguiram captar pra pôr no disco, a produção atingiu o que acredito ser o ponto certo para o tipo sonoridade que a banda pratica!
Paulin: Pô, satisfação total em ouvir isso! Era exatamente essa vibe que buscávamos. Pra esse material queríamos que a gravação fosse bem próxima do que fazemos ao vivo, tanto é que não existe metrônomo algum nesse álbum, é tudo louco e no tempo que quisermos heheh fizemos a gravação dos instrumentos com todo mundo tocando junto, com fones individuais e tudo microfonado, cubos de guitarra/baixo isolados em salas separadas. Gravamos com o Gustavo Vasquez, que já estávamos planejando pois sabíamos que o cara saberia gravar como a gente queria. Ele já teve banda de thrash, já gravou muita banda de som pesado e é doido como a gente, então ele era a melhor opção pra essa sonoridade que buscamos e ficamos muito satisfeitos.
A capa de “Fogo, Poder e Destruição” é muito foda, combinou demais com o conteúdo musical, como foi concebida a ideia e de quem é a arte?
Paulin: A ideia da capa foi minha, pensei muito em como poderia ser uma capa que combinasse com os sons e tudo. Queria muito algo na pegada anos 80 também. Mas nunca teria se materializado dessa forma se não fosse o Lucas(Evilcult). Ele além de tocar na Evilcult é um super artista gráfico e depois de explicar a ideia da capa ele facilmente já conseguiu fazer tudo e ficou muito bom. O perfil dos trabalhos dele é o @fromhellarts, vale a pena conferir.
De que forma a banda tem lhe dado com a questão dessa pandemia maldita, vocês tiveram muitas datas canceladas devido a isso? E de que forma isso impactou o lançamento do disco, visto que dois meses depois tudo começou a fechar?
Paulin: Tem sido foda... muitos planos que íamos pôr em prática foram adiados. Era pra lançarmos o disco em uma tour por SP em abril como tinha dito acima. Parcelamos o merchan todo, fizemos camiseta, CD's. A notícia da pandemia foi um choque, pois o melhor jeito de vender material pra pegar o dinheiro de volta é tocando ao vivo. Mas fomos tentando nos adaptar, passamos a divulgar a venda pelos correios e acabou que nos ajudou bastante a pagar as dívidas que havíamos feito esperando esses shows. Além da tour de SP tínhamos muitos planos de ir pra lugares que ainda não fomos como o Norte/Nordeste. Mas se tudo der certo continuamos isso em 2021!
Quais são os planos da banda nesse momento? Vocês continuam ensaiando ou compondo? Tem material inédito?
Paulin: Por enquanto queremos fazer o que tá no nosso alcance, já que não podemos fazer show temos alguns planos de gravar clipes de algumas músicas desse álbum novo, fazer uma live ainda e continuar vendendo os materiais pelo correio. Continuamos compondo sim, apesar dos ensaios estarem em um ritmo na medida do possível teremos muitas novidades até o fim do ano e em 2021. Pro próximo ano além de tocar esse álbum que não conseguimos estrear ao vivo ainda, já vamos deixar um álbum novo no gatilho pro meio de 2021.
Mantendo o tradicional pedido de todas as nossas entrevistas, gostaria que vocês nos dissessem quais são os cinco melhores discos de todos os tempos segundo a Sömbriö?
Paulin: Dei uma interrogada no pessoal e o nosso top 5 por enquanto seria esse: 1° - Anti Cimex - Absolut Country of Sweden 2° - Broken Bones - F.O.A.D 3° - Black Uniforms - Splatter Punx on Acid 4° - Napalm Death - Harmony Corruption 5° - Celtic Frost - To Mega Therion
Pra finalizar, gostaria de agradecer por falar com o Microfonia e reservar esse espaço pra que deixem suas considerações finais!!! Obrigado!!!
Paulin: Primeiramente agradecer ao Evandro pelo espaço, muito obrigado por manter essa rede de informações e entretenimento sobre o nosso querido underground! E que mantenham vivo e apoiem os blogs/zines que dão essa voz para as bandas. Valeu quem acompanhou até aqui, se mantenham seguros durante essa pandemia e foda se o presidente!!!
Membros: Ritchie (vocal e baixo), Andre
(guitarra e voz), Edu (bateria)
Os
paulistas do P.M.A. Trio definitivamente resgatou com muita maestria a essência
do punk nacional dos anos 80 e pitadas bem fortes do HC dos anos 90. O álbum de inéditas intitulado “Vol. I” é a estreia na cena punk paulista, com nove faixas muito
fodas e que desperta curiosidade de vê-los ao vivo em qualquer bar da cidade. Antes do álbum, a banda lançou singles como as músicas "Eu Contra Eu", "A Poetisa", que tem um videoclipe e "Grande Trem".
A banda ganhou tamanha notoriedade que chegou a participar de um Concurso de Bandas do
Festival João Rock, que ocorre todos os anos em Ribeirão Preto-SP. Além disso,
foi a banda selecionada para ser uma das várias na abertura do festival Rock
Station, que rolou em 2017 em São Paulo. Nesse festival participaram bandas como Bad Religion, Samiam, Pegboy, Teenage BottleRocket e Dead Fish.
Ainda
em 2017, eles produziram um videoclipe fudido em parceria com integrantes da
cena como Elaine (Gritando HC), Panda (Oligarquia/Quilombo), Escobar e Nithael
(älä kumarra), dentre outros colaboradores do punk, HC e do skate.
A
música “Afropunx”, com letra belíssima sobre o orgulho de ser negro, começa de
maneira triste com uma animação, mas homenageia as principais personalidades
negras ao longo da história que contribuiu de alguma forma com seu ativismo
orgulho de sua cor e ancestralidade. Muito foda esse projeto!
“PMA”,
“Banidos em SP” e “Cidade Cinza” e “A Luz“ são, em minha opinião, os pontos
altos desse belíssimo álbum, “Vol. I”, lançado em maio desse ano.
Vida
longa ao P.M.A. Trio e ao punk!
Confira
mais trabalhos do P.M.A. Trio nas suas mídias sociais: