O Distraught é uma banda com um longa história no underground nacional, mais de 25 anos de carreira dedicados com maestria a desenvolver seu thrash metal certeiro, com uma discografia de respeito e divulgando seu mais recente lançamento "Locked Forever" (2015), falamos com o André Meyer e o Ricardo Silveira, vocalista e guitarrista respectivamente da banda, sobre a história e projetos envolvendo o Distraught e o resultado você confere a seguir!
Primeiramente
vamos fazer as devidas apresentações, com quem conta a atual formação da banda
e pra familiarizar aqueles que talvez não os conheçam, poderia nos dar um
resumo da história da Distraught que remete ao início da década de 1990?
André:
O Distraught é composto por André Meyer (vocal), Ricardo Silveira (guitarra),
Everton Acosta (guitarra), Alan Holz (baixo) e Marcelo Azevedo (bateria). A
banda foi fundada em fevereiro de 1990, na época nosso som era mais crossover,
gravamos uma demo “To live Better”, muitas mudanças de formação nesses anos
todos, o que de certa forma foi amadurecendo o grupo por inteiro, gravamos um
Split cd lançado em 1994 com mais duas bandas paulistas e estamos no nosso
sexto álbum em nossa carreira. Nestes anos tocamos em grande parte do Brasil,
Uruguai e quatro Tours pela Argentina. No momento promovendo ainda o nosso mais
recente álbum “Locked Forever”.
O
Distraught possui mais de 25 anos de carreira, uma discografia de respeito, e
já dividiu o palco com grandes nomes do metal nacional e mundial, uma grande
trajetória no underground, que momentos vocês destacariam nessa longa história
e o que vocês ainda acham que falta realizar em sua carreira?
André:
Sim, tivemos momentos de glória junto com bandas que respeitamos muito. O Show com
o Destruction foi uma delas, é uma banda que me influenciou muito, Megadeth
também foi marcante, os shows que fizemos com nossos irmãos do Krisiun sempre
uma grande festa gaúcha, show em Mar del Plata e Córdoba na Argentina, nossa
tour de um mês pelo norte e nordeste brasileiro em 2005 foi emocionante também.
Seria ótimo tocar em lugares e países onde nunca fomos para mostrar nossa música,
mas com uma boa estrutura.
“Locked
Forever” (2015), é um ótimo disco, curti bastante a sonoridade, me pareceu uma
evolução natural do “The human negligence is repugnant” (2012), como foi o
trabalho de produção desse disco, poderia nos dar detalhes, sobre quem
produziu, o estúdio?
Ricardo: Diferente dos álbuns anteriores, neste
último resolvemos trabalhar com um produtor externo, até então víamos nos auto
produzindo. Eu vinha conversando com o Renato Osorio desde o processo de
pré-produção (criação/composição/arranjos) do “Locked Forever” e sentimos que
era o momento de ter uma pessoa de fora da banda que apontasse onde poderia
melhorar etc. e foi onde escolhemos o Renato Osorio para produzir e gravar, que
além de ser um grande musico é um grande amigo nosso também. As Guitarras,
Baixo e Voz foram gravadas no estúdio dele e a Bateria no estúdio Monostereo
aqui em Porto Alegre. A mixagem ficou com nosso amigão Benhur Lima e a
Masterização com o Adair Daufembach.
Como
tem sido a recepção e as críticas ao “Locked Forever” até aqui, vocês estão
satisfeitos com os resultados do disco?
Ricardo:
Excelentes, além das expectativas! Somos muito gratos pela aceitação do público
e da mídia especializada. Única parte que poderia ser melhor é em relação a
tour de divulgação “Locked Forever” pelo motivo do País estar afundando nessa
crise, poucos Produtores estão arriscando produzir shows pelo País. Mas temos
esperança que esse quadro melhore um dia.
Onde
e em que formatos está disponível o disco? E quem está distribuindo o material
físico pra vocês, pra quem quiser adquirir saber onde encontrar?
Ricardo:
Está disponível no físico e digital.
Digital pelas plataformas itunes, amazon etc e via Streaming; (Spotify,
Deezer, itunes e outros). A Distribuição física está sendo feita pela Voice
(lojas especializadas em todo Brasil e também Cultura, Saraiva, Fnac) ou pode
ser diretamente adquirido pela página da banda no Facebook (Álbuns e Camisetas
Disponíveis).
Vocês
possuem uma parceria antiga com o Marcelo Vasco (criador da capa do
“Repentless” do Slayer), ele já fez vários trabalhos para a banda, como
funciona o conceito de criação das artes junto ao Marcelo e o que vocês acharam
do trabalho realizado por ele na capa do disco do Slayer?
Ricardo: Essa parceria com o Marcelo já vem desde 2008,
época do Álbum UNNATURAL DISPLAY OF ART, que foi o primeiro que ele criou para
nós. O conceito dos trabalhos nas capas sempre partiu logo que temos a ideia do
que vai ser o tema das letras. Geralmente com três a quatro sons prontos já
sabemos a direção que vai ter, com isso já passamos para o Marcelo a ideia para
ele se divertir hehehe e depois vamos lapidando conforme vão surgindo as
primeiras ideias dele na prática. Sobre o Slayer achamos sensacional o trabalho
que ele fez e ficamos muito contentes com essa realização dele, sabemos o
quanto ele ralou para isso. Na época que ele estava trabalhando na capa do
Slayer também estava trabalhando na nossa. Lembro que liguei para o Marcelo em
um momento de ajuste da nossa capa e ele disse: “cara vou precisar dar uma
pausa no trampo de vocês porque estou com um trabalho mega gigante”. Depois de
uns dias ele me disse qual era hahahaha.
Por
quais cidades vocês já tocaram divulgando o disco, e quais são os próximos
compromissos da agenda da banda?
André:
Começamos fazendo uma mini tour em cidades aqui do RS e SC, recentemente
fizemos três shows no interior de SP (Jandira, São José dos Campos e Mauá) e
foi ótimo pra promover nosso álbum. Participamos do tributo do Motorhead com o
som “ Living in the Past” pretendemos fazer um vídeo também com essa música e
mais uma versão de uma outra banda que gravamos que ainda é surpresa e vai
surpreender pela escolha da música.
Pude
presenciar uma apresentação ao vivo da Distraught durante a tour de divulgação
do “The human negligence is repugnant”, aqui em Maringá-PR, se lembram desta
apresentação? Pretender passar pelo norte do Paraná novamente pra essa tour?
Existe essa possibilidade?
André: Tocamos muitas vezes aí em Maringá e
Londrina, gostamos demais quando vamos pra esses lados, temos fãs e grandes
amigos nessa região, lembro de todos sim. Possibilidades sempre existem, tudo
depende de produtores e que o trajeto seja favorável pra que possamos fazer uma
sequência de shows pela região.
Atualmente
que bandas tem chamado a atenção de vocês no cenário nacional?
Ricardo:
Temos muitas bandas de qualidade nas diversas vertentes da cena ‘Metal do
Brasil’ desde as veteranas até as mais novas. Recentemente estávamos gravando a
música tributo para o Motorhead com o Renato Osorio e ele mostrou algumas das
bandas que ele gravou e produziu recentemente, gostei bastante. Além da Weakless
Machine que já conhecia escutei também a Absens, Seven Days War & Rising
State
Já
que estamos falando sobre bandas que chamam a atenção, quais bandas vocês
apontariam como aquelas responsáveis por fazê-los entrar no mundo da música,
tipo, aquele som que você ouviu e disse, é isso aí que eu quero fazer?
André:
Bom, vou falar por mim agora. Quando eu tinha 13 anos de idade comecei a
escutar bandas como AC/DC, Kiss, Black Sabbath, Def Leppard, Iron Maiden etc e
essa foi minha primeira escola como um admirador do gênero, já nessa época
queria ser igual a esses caras, mas o que me chamou atenção para realmente
criar uma banda e encarar o posto de vocalista foi quando escutei Kreator
¨Pleasure to Kill”, esse álbum mudou minha vida.
Ricardo:
Que eu lembre, acho que lá pelos 8 anos influenciado pelos discos (vinil) que
tocavam lá em casa (The Beatles, Creedence, Queen e outros) comecei o “Air
Guitar”. Depois, com uns 13/14 a coisa começou a ‘pesar’ além das que o André
mencionou lembro que o “Ride The Lightning/METALLICA” e The Number of de Beast/IRON
MAIDEN foram os que me fizeram montar a
AIR BAND. Juntava uns amigos de escola e todos com seus instrumentos
imaginários começávamos a tocar hahaha. Depois, com uns 17, comecei as aulas de
violão e guitarra.
Pra
finalizar, gostaria de deixar meu muito obrigado por nos atender e deixar o
espaço em aberto pra que mandem seu recado aos leitores do Microfonia e fãs da
banda! Valeu!
André:
Queria agradecer o espaço que nos foi dado para contar um pouco de nossa história
e também dizer aos ouvintes metálicos do universo para nunca desistir de
sonhar. Esperamos todos em algum show do Distraught por aí. Hellyeah!!!
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