segunda-feira, 30 de agosto de 2021

MAIS QUE PALAVRAS - DUAL (2021) - REVIEW MICROFONIA


 


MAIS QUE PALAVRAS


· Atividade: 2010 - Atualmente

· Origem: Brasil - Brasília-DF

· Album: Dual (2021)

· Gravadora: AWMR RECORDS

· Gênero: Hardcore Punk



Foi pro ar hoje o novo album da Mais que Palavras, "Dual", uma banda que venho acompanhando e que já esteve presente aqui no blog, confesso que andei afastado dessa sonoridade praticada pela banda, um hardcore que soa rápido e pesado, mas que possui bastante melodia em suas linhas de composição, essa sempre foi a pegada da banda, porém eles elevam isso a outro nível nesse novo disco, isso creio eu seja a intenção, passar a ideia de dualidade como já entrega o título do album.

Vamos explicar o raciocínio, o primeiro ponto que vale ressaltar que deixam as músicas de "Dual" bem heterogêneas são as excelentes participações que rolaram que fazem um contraponto ao vocal rasgado a cargo de Manoel Neto, que cobre muito bem toda massa sonora despejada pela banda, mas ao combinar com os vocais dos participantes deram personalidades diferentes a essas faixas, bons exemplos em que isso acontece e que as músicas ficaram sensacionais foi em "Ser e estar" com Rodrigo Lima do Dead Fish, "O que não se pode Medir" com Milton Aguiar do Bayside Kings e a faixa título, "Dual", com Toby Morse da H20 e Derick Green do Sepultura.




Porém não vou me ater a destacar faixas em que houveram participações, a abertura dos disco com o "Peso das palavras" é de impacto, letra foda e o som que conhecemos da Mais Que Palavras apavoram, seguida de "Outro em Mim", que começa cadenciada e depois descamba naquele HC gostoso de ouvir, temos também a excelente faixa que se tornou um dos singles do disco, "Linhas imaginárias", então basicamente, dá pra apertar o play e seguir da primeira à última faixa desse play sem trocar a track.



Outra grande surpresa foram as três faixas acústicas presentes aqui, como disse acima, a ideia de dualidade é bastante explorada, não apenas ideologicamente mas também na sonoridade, as faixas "Ciclo" e "Despedida", tem lindas melodias ao violão e cordas, com letras intimas, bastantes pessoais e com uma carga emocional que se faz transmitir ao serem ouvidas, você consegue mergulhar no universo descrito ali e com certeza vai se identificar ou enxergar ali algum amigo, nem vou entrar nos detalhes, peço que ouçam e deem atenção a essas faixas, curti muito essa mudança repentina de clima no disco.

O disco fecha com a última das três faixas acústicas e entrega sua última participação, "Fora de mim" é outra bela canção, com Gabriel Zander mandando muito bem, um clima diferente do que encontramos no começo do disco, mas como já repeti várias vezes, entendi como uma analogia ao título do disco, a banda não seguiu uma única receita ao compor as faixas que escutamos ao longo da execução desse play e o resultado final é muito satisfatório, pois tem um equilíbrio legal entre as partes e funciona muito bem quando encaixamos como um todo.


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SURRA - NINHO DE RATO - EP (2021) - REVIEW MICROFONIA



SURRA


· Atividade: 2012 - Atualmente


· Origem: Brasil - Santos-SP


· EP: Ninho de rato (2021)


· Gravadora: Cadeia Records/Laja Rex


· Gênero: Thrashpunk/Powerviolence/Grindcore



O Surra é uma banda que pode ser considerada como opererários do underground devido a sua tamanha produtividade e movimentação, acho que já disse isso antes, mas vale repetir. Encarando as coisas dentro deste contexto é muito bom pra quem curte e scompanha a banda, pois sempre há novidades rolando e sempre que tem um novo lançamento da banda, fica a expectativa, de como irá soar, a cada EP ou disco os caras vem aumentando o sarrafo na sua música que sempre foi rápida e pesada, mas pode ser mais, e "Ninho de rato" nos mostra isso.



Lançado dia 14/18/2021, o EP traz dez faixas inéditas e dois covers, total de 12 sons distribuidos em 10 minutos de gravação, isso por si só já é um prenuncio de como a banda está soando neste lançamento, não há mudanças drásticas de sonoridade, apenas o fato de que nuances que sempre estiveram presentes na musica dos rapazes de Santos, aqui nessas faixas estão se sobressaindo ao Thrashpunk que já estamos acostumados, portanto apesar de ser chato ficar rotulando as coisas, fica claro aqui que a pegada é na área do Fastcore, Powerviolence e Grindcore, é possível sacar doses bem aplicadas ao longo da execução.

Algo que realmente não mudou e isso é ótimo, são o conteúdo das letras, que se mantém ácido e afiado, tecendo criticas ferrenhas ao governo e toda enxurrada de desgraça que tem se abatido sobre o pobre e trabalhador neese país, sem refresco, sem piedade, cada relato vomitado é um soco no estômago de quem ainda acredita que tem algo de positivo em meio a esse inferno que tudo se tornou.

Pra citar exemplos de faixas que se destacam é até complicado, porém ouçam com atenção "Motor da História", "Acreditam em tudo", "Trabalhar até morrer" e "Roendo osso", letras sensacionais, mas sem dúvidas vale a audição de tudo nesse EP, até porque em piscar de olhos você ouviu ele três vezes seguidas e nem se deu conta.

Vale citar que a produção dos últimos trampos da banda tem sido feita pela própria banda, a cargo do Léo comandando a mesa, tá sendo bem satisfatório o resultado, e a banda lançou no canal do youtube um making of bem massa sobre a gravação do EP onde dá pra acompnhar e entender um pouco de como foi esse processo.

Por último e não menos importante vamos falar sobre esses dois covers que figuram no EP, vale citar que o formato que foi pensado esse trabalho era para ser lançado em vinil 7", porém devido a demora no prazo de entrega pelas fábricas, fez com que a banda optasse por lançar em formato de K7 esse trampo, via Cadeia Records e Laja Rex.




Sendo assim, cada lado do EP fecharia com um cover, Lado A como um cover para "Hang the pope" da Nuclear Assault e o Lado B com um cover para "Convivência" da Cruel Face", que se encaixaram nuito bem com as demais faixas se integrando muito bem como se fossem composições da Surra nesse EP e acompanham o ritmo de velocidade e brutalidade que se observa por toda audição, vale ressaltar a parte gráfica do EP que ficou a cargo do canadense Tommy Wilson, que entregou uma arte que combina demais com a proposta grindcore apresentada durante as faixas.

Enfim, ouçam a banda e adquiram os materiais dos caras pra manter o lance vivo, o underground só sobrevive através do apoio de quem estáenvolvido, sou suspeito pra falar sobre o Surra, pois é uma das minhas bandas preferidas e desde que surgiram com o "Bica na cara" lá em 2013 se não me engano, sempre me deleito com os lançamentos que vieram enfileirando desde então, curtam essa porrada!!!


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segunda-feira, 23 de agosto de 2021

GURO - MISSA PROFANA (2021) - MICROFONIA REVIEW


 • Banda: Guro


• País: Brasil (Londrina-PR)


• Atividade: 2014-presente


• Álbum: Missa Profana


• Gravadora: Vários selos 


• Gênero: Grindcore, Death Metal


• Membros: Thiago Franzin - Guitarra, Francisco Paiva - Bateria, Eron Bueno - vocal



Pouco mais de um ano depois do lançamento de "Anticristo", sem tirar o pé do acelerador os caras soltam na praça o sucessor e segundo full da banda, "Missa Profana", com 17 faixas distribuidas em pouco mais de 25  minutos de duração, despejando a sonoridade que a Guro domina tão bem, esse grindcore desgraçado que flerta em vários momentos com o death metal.

A banda vem soando muito bem nesse segundo full, gravação do disco foi muito coesa, apesar de todo o caos sonoro que a música da Guro proporciona, ficou tudo muito bem distribuído e conseguimos compreender bem o que é executado, isso claro, digo em termos de ouvidos já acostumados a esse turbilhão de riffs e blast beats com vocais ensandecidos.

Uma das paradas mais interessantes é ver o trabalho de guitarra de Thiago Franzim que tem uma técnica refinada e toca de forma totalmente diferente em outros projetos, mas que ainda em meio a brutalidade da música aqui executada dá pra se perceber os requintes e lampejos dessas outras empreitadas mais "melódicas" sendo empregados em um momento ou outro.

Francisco Paiva manda aquilo que as músicas precisam, vida de baterista de banda de roque veloz não deve ser fácil, brincadeiras a parte, o trabalho de execução da bateria ficou foda e como disse antes a gravação captou de forma sublime tudo isso, sem embolação, e os vocais de Eron cobrem toda a massa sonora berrando desesperadamente, num vocal rasgado, que transmite muito bem a mensagem contida em "Missa Profana".

Por último e não menos imoportante, fica aqui o registro do quanto curti o trampo gráfico que envolve todo esse trabalho, a capa de "Missa Profana" e o poster que acompanha a mídia física pra quem for adquirir, foram feitos por Barbara Gil e ficaram muito foda! Vale a pena adquirir esse material em formato físico, pois além do apoio a banda, você poderá levar um trmapo gráfico primoroso embalando essa desgraceira sonora ilimitada que é a Guro.




No mais, reservo a cada um que resolver ler essa resenha a missão de abrir seu streamimg preferido, e conferir com seus próprios ouvidos esse disco!!!



TRACKLIST

1.Missa Profana 

2.Escravos 

3.Maconha 666 

4.Solitude 

5.Morte ao Proletário 

6.Ninguém Me Representa 

7.O Diabo Está Entre Nós 

8.Mão Esquerda 

9.Izo 

10.O Mar 

11.Empresas 

12.Pesadelo 

13.Ética da morte

14.Deadly Nightmares 

15.Crackheads With Machine Guns 

16.Retaliação 

17.The Eyes Of Death


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BASTTARDZ - 2021: UMA ODISSEIA NO INFERNO EP (2021) - MICROFONIA REVIEW

 

BASTTARDZ


· Atividade: 2019 - Atualmente


· Origem: Brasil -  São Luís - MA


· EP: 2021: Uma Odisseia no Inferno


· Gravadora: Evil Rites Records


· Gênero: Thrash metal/Hardcore/Crossover





"2021: Uma odisseia no inferno", é o mais novo trampo da banda maranhense de thrash/crossover Basttardz, consite em duas faixas que ficaram de fora do primeiro album da banda, o "Brazil com Z", "Chupacabra" e "Babilonia em chamas".


 


 Agora vamos deixar uma questão bem clara por aqui, não se tratam de sobras, são duas faixas fudidas e que fazem frente a tudo o que já conhecemos da banda e felizmente acrescentam mais munição ao já poderoso repertório da banda.

As duas faixas forma produzidas no mesmo estudio onde o "Brazil com Z" foi gravado, KM4 Produções, e apresentam o mesmo nível dos registros anteriores, produção equilibrada, tudo encaixado no lugar, porém com sujeira no nível certo e intrumentos e vocal bem na cara, tudo bem audível, trazendo aquela sensação de a banda estar executando o som ali na sua frente.

 


 Aproveitando o corre pra atualizar os movimentos da banda, o "Brazil com Z" foi disponibilizado em formato físico e  está a venda na Galeria do Rock na Die Hard Records e em breve na loja virtual da banda, também vai rolar um ao vivo da banda no Canal Scena que com certeza vai ser fudido como todos os materias gravados no Family Mob, portanto não deixem de prestigiar todas as novidades da banda!!!

Outra parada que vale conferir, é o clipe de "Fogo na Zona Sul", lançado a algum tempo, mas já surfando nas onda das novidades vejam o clipe deste já clássico hino anti burguês safado!!!




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CÉREBRO DE GALINHA - NORTE EM CHAMAS - EP (2021) - REVIEW MICROFONIA


CÉREBRO DE GALINHA

· Atividade: 2014 - Atualmente

· Origem: Brasil -  Marabá-PA

· EP: Norte em Chamas (2021)

· Gravadora: Lei de apoio a cultura

· Gênero: Hardcore/Crossover

A Cérebro de Galinha é a cara do underground real, vive as mazelas de ser brasileiro na pele diariamente, formada por uma galera que mete a cara pra manter o corre vivo, aprecia um goró maroto pra curtir e toca o som que ama e acredita, junta-se a isso tudo muita raiva de tudo o que acontece a sua volta e toda essa mistura de zueira, amizade, bebida, revolta, vontade fudida de tocar e temos um som visceral, sem firulas, sujo e agressivo!

O EP "Norte em Chamas" é o sucessor de seu álbum de estreia "Sociedades Secretas" de 2018 e mantém a pegada de um punk hardcore/crossover brutal e raivoso, com seus espasmos de humor ácido, que nesse caso poderíamos descatar a genial "Pororoka", porém, ao longo das oito faixas desse EP vai ser possível encontrar tudo aquilo que já conhecemos da banda, mas aprimorado e soando natural como sempre, não precisam forçar pra fazer um som fudido que nos cativa de cara.

Esse EP foi um projeto aprovado na Lei Aldir Blanc Pará, a arte da capa ficou a cargo de Rique Bentes, a gravação foi realizada no Legacy Studio Marabá, e a mix/master ficou a cargo de Jörn Michutta do Mike Utah’s Audio Ranch .



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Documentário Tribo's Bar 25 Anos - Mãos de Fogo


 Não há como negar a impotância do Tribo´s Bar para o underground de Maringá e do norte paranaense, abrindo espaço para ínumeras bandas ao longo de seus 25 anos de existência e trazendo nomes consagrados, nacionais e internacionais para o palco do nosso amado Tribão!!!

Então foi com muito gosto que me coloquei a assistir esse documentátio que traz a tona retalhos importantes de toda essa trajatória pelo próprio zelador do inferno, o Juninho que conta como tudo surgiu e os depoimentos de figuras e bandas que participaram dessa história.

O documentário foi produzido Telu Produtora Audiovisual e roteirizado, produzido e editado pelo Maicon Luka, entregando um trabalho que sintetiza muito bem o tamanho que tem esse bar para o underground e para as bandas que por ali passaram, um documento e tanto pra quem quiser conhecer como foi a construção do caminho que levou esse bar a ser ponto de parada obrigatório das tunês da maiores bandas do país e do mundo!

Impossível não se emocionar com tantos relatos históricos, além de que se caso você tenh tido o prazer de fazer parte dessa história de alguma forma, vai se sentir representado em meio a tantas lembranças das quais deve ter feito parte como frequentador do bar ou como músico se apresentando.

Enfim, serão duas horas e meia bem empregadas pra assistir esse doc, disponível no youtube pra todo mundo, que essa pandemia acabe logo, pra que o quanto antes possamos retornar ao Tribo´s, tomar uma e curtir música boa como de costume!!!