sexta-feira, 10 de julho de 2020

ENTREVISTA WEEDEVIL

O Weedevil é uma banda de Stoner/Doom metal formada em maio de 2019, composta por Flávio Caviocholi na bateria, Daniel Plothow no baixo, Caio Caraski na guitarra e Fabrina Valverde no vocal, lançaram seu primeiro trabalho em maio de 2020, o EP auto intitulado que trás cinco faixas que dão uma demonstração de que eles sabem muito bem o que estão fazendo e são muito bons no que se propõem, despejando riffs pesados e soturnos, uma cozinha afiadíssima, tudo isso combinado com um poderoso vocal, bebendo nas melhores fontes, porém com muita personalidade! Para saber um pouco mais sobre a banda levamos uma ideia com a vocalista Fabrina, que vocês podem conferir a seguir!!! 



Primeiramente nosso muito obrigado por falar conosco, gostaria de saber como se deu a formação da Weedevil, desde o início vocês pensavam em produzir algo com esse direcionamento que encontramos no EP, como foram os primeiros momentos de banda?

Fabrina Valverde: Bem, a banda foi formada em 2019 pelo Flávio Cavichioli (Baterista) (ex-Forgotten Boys), exatamente com a proposta de fazer Stoner/Doom Metal, a convite dele o Daniel Plothow (baixista) passou a integrar a banda, e por fim eu- Fabrina Valverde (vocal) e Caio Caraski (guitarrista) entramos pra compor a formação, a banda faz parte do selo: Abraxas. Nosso primeiro show foi no Jai Club onde fizemos a abertura para os stoners suecos: Asteroid, juntamente com a Spiral Guru (Stoner/Piracicaba-SP). Logo fizemos outros Shows e partimos pro Estúdio Aurora, gravar o EP- Weedevil-Weedevil, tal como você pode conhecer e escutar.

Li que que num primeiro momento vocês lançariam um full e devido a pandemia decidiram por dividir as faixas e lançar no formato de EP, como foi a realização das faixas que iriam compor esse primeiro EP e quando vocês pretende lançar o restante das faixas?

Fabrina Valverde:A gravação foi em um longo e exaustivo dia, exatamente como queríamos, por isso estamos muito satisfeitos com o EP, acredito que o público também, pois tivemos uma ótima recepção, estamos ansiosos para lançar o restante das faixas, assim que estivermos todos seguros, terminaremos as gravações e faremos o lançamento.

A estreia da Weedevil nos palcos foi abrindo para a Asteroid (banda clássica de stoner sueca) em dezembro de 2019, correto? Como foi a experiência de apresentar o trabalho da banda logo de cara abrindo pra uma banda veterana e como foi a recepção do público ao som da banda ao vivo?

Fabrina Valverde: Sim, seria difícil explicar a sensação que foi tocar naquele palco, pois, o dia estava incrível, o público foi muito receptivo e caloroso, foi a primeira aparição da Weed, mas posso dizer que tivemos a certeza de que aquilo teria que permanecer, estávamos ansiosos, mas acredito que passamos a mensagem, e fomos ouvidos.

Fabrina, o que te motivou a começar a cantar? Você já teve outras bandas ou projetos?

Fabrina Valverde: Tudo, absolutamente tudo na minha vida me inspira a compor, o bem, o mal, o feio o belo, não importa, escrever pra mim sempre foi uma linguagem muito eficaz, para exteriorizar aquilo que eu sentia, pensava, estudava. Já tive outra banda, fazíamos covers de bandas setentistas psicodélicas, era muito divertido me ajudou muito a ter ideia de palco, de equipamentos, de como eu queria estar ali e me posicionar perante o público, mas não me possibilitava ir além, eu sempre quis mais. Cantar veio junto com a escrita, não me lembro de quando exatamente começou, mas parece que sempre esteve ali, guardado, esperando eu me permitir. 

Quais são suas maiores influências nos vocais?

Fabrina Valverde: Mark Farner (Grandfunk Railroad), David Byron (Uriah Heep), Ian Gillan, (Deep Purple), Messiah Marcolin e Johan Längqvist (Candlemass), Rosalie Cunningham (Purson), Johanna Sadonis (Lucifer), Kayla Dixon (Witch Mountain), DIO, Alice Cooper, Ozzy e por aí vai….

Como funcionou o processo de composição para as músicas do EP e quais os temas que vocês curtem explorar em suas letras?

Fabrina Valverde: As faixas trazem ideias filosóficas, históricas e tudo o mais que permeia a mente humana, nessa leva de músicas abordamos temas como: existencialismo nietzschiano, vontade de potência, doenças da mente (psicopatia). Basicamente eu escrevia as letras, e juntos montávamos os instrumentais. Se você pegar faixa por faixa perceberá que colocamos em reflexão todos os pontos de vista, e trazemos a ideia de que é necessário ir além, desconstruir-se, deteriorar-se, perder-se, para renascer como um novo Homem. 



Em termos de influências, em que bandas a Weedevil buscou inspiração para formar sua identidade musical e de que forma vocês mixaram tudo isso pra chegar a sonoridade que consideraram a ideal?

Fabrina Valverde:Cada integrante tem muitas influências, estas variam do Clássico ao Obscure, se é que posso utilizar esse termo (risos), mas com certezas temos nossos alicerces bem firmados em bandas como: Black Sabbath, Kyuss, Sleep, Melvins, Electric Wizard, Metallica, Windhand, Pentagram, Mercyful Fate, Pesta, Candlemass, e muitas outras. Para a gravação cada um trouxe um pouco das suas influências e misturamos de forma que segurasse bem as letras e riffs mais pesados. Soando como algo mais cru e rápido, mas com vocal limpo e evidente.

Onde foi realizada a gravação das faixas e quem foi responsável pela produção? Gostaria de dizer que o som ficou muito foda, som robusto e muito pesado e sua voz se encaixou muito bem!

Fabrina Valverde: O EP foi lançado pela Abraxas, gravado no Estúdio Aurora, e o responsável pela gravação foi o Aécio de Souza. 

As faixas que serão lançadas nesse próximo EP da banda seguem essa mesma linha das cinco apresentadas até aqui?

Fabrina Valverde: Sim, elas manterão essa linha no que diz respeito as composições, aos temas, e o instrumental mais pesado e característico. Pois, elas compunham a ideia do full originalmente.

Mantendo nosso tradicional pedido, segundo a Fabrina, quais seriam os cinco melhores álbuns de todos os tempos?

Fabrina Valverde:
Black Sabbath - Sabbath Bloody Sabbath (1973)
Lucifer's Friend - Lucifer's Friend (1970)
Anthrax- Worship Music (2011)
Darkthrone- Old Star (2019)
Grandfunk Railroad- On time (1969)

Pra finalizar, gostaria de agradecer por falar com a gente e reservar este espaço pra que mande seu recado como quiser, valeu e vida longa a Weedevil!!!

Fabrina Valverde:Muito obrigada pelo espaço, esperamos estar sempre nas suas veias de sangue verde, e nas sombras da sua fumaça !! 





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