sábado, 14 de dezembro de 2019

ENTREVISTA DROWNED (FERNANDO LIMA)


Realmente uma grande satisfação poder falar com o Fernando Lima, vocalista do Drowned, que é uma das bandas que mais curti desde que comecei a ouvir metal, como cito na entrevista, "By the grace of evil"(2004), que está sendo relançado este ano de forma comemorativa, foi um dos primeiros discos que comprei na minha vida e desde então sempre tive uma especial admiração pelo trabalho do Drowned, que nunca decepcionou e sempre se manteve com lançamentos relevantes e se renovando a cada novo trabalho, sendo assim é motivo de orgulho poder publicar essa entrevista com esse grande expoente do metal nacional, confiram logo menos e saibam mais sobre os projetos e ambições da banda!







Fala Fernando, obrigado por falar com o Microfonia, gostaria de começar perguntando sobre a atual fase da banda, visto que tem rolado reuniões com antigos membros e o relançamento do “By the Grace of evil”, existe algum projeto de novos sons envolvendo a formação original da banda?

Fernando Lima: Eu é que agradeço a oportunidade. Por enquanto, a ideia foi fazer o Festival “Novembro Amaldiçoado” com o Rodrigo Nunes tocando baixo como na época do By the Grace of Evil e Bonegrinder e o Rafael Porto (atual baixista do Drowned) tocando guitarra nas músicas do Bonegrinder, pois ele era guitarrista nesta época. A experiência foi muito boa. Como o nosso álbum “By the Grace of Evil” está comemorando 15 anos e foi relançado, achamos uma boa oportunidade para comemorar. A atual formação do Drowned está muito firme e não temos motivos para desfaze-la para embarcar em um revival. Pode ser q aconteça outro show com o Rodrigo como convidado, mas não sabemos nem onde nem quando... rs
A princípio estamos trabalhando em novas ideias para um próximo trabalho com a formação atual da banda.



Dia 17/11 rolou uma apresentação com antigos membros da banda no Novembro Amaldiçoado, evento que rolou em BH, como foi a sensação de se reunir com uma galera com quem não tocavam a tanto tempo e como foi a vibe dessa apresentação pra quem não pode conferir esse momento ao vivo?

Fernando Lima: É uma formação que conquistou muito território no Brasil, fizemos boas e divertidas turnês na época e tem um carisma grande em relação ao público. Foi com certeza um show bem energético e trouxe a mente várias lembranças positivas. Em breve sairá um álbum ao vivo desta apresentação e quem não pode presenciar vai ter a oportunidade de ouvir um pouco e sentir a energia da apresentação.



Tenho acompanhado as versões turbinadas de sons inesperados que vocês tem feito covers, como surgiu a ideia desse projeto de lançar um cover por mês de uma banda diferente, e existe a possibilidade de compilar esse material e lançar um álbum de covers do Drowned?

Fernando Lima: Esta ideia surgiu há alguns anos e só concretizamos em 2019. Não sei ao certo de quem foi à ideia inicial. Na verdade são versões e não covers.  Foi muito legal tocar aquelas músicas principalmente às inesperadas, que não são referências tão óbvias para nós. Acho que elas são as mais interessantes porque neste caso conseguimos colocar muito de nossa personalidade nos arranjos.

Gostaria de falar um pouco sobre esse relançamento do "By the grace of evil"(2004), não posso deixar de citar meu carinho especial por esse disco, pois foi um dos primeiros discos que comprei na minha vida e curto demais a sonoridade da banda nesse álbum, alguma razão especial pra esse disco ter sido escolhido para um relançamento? Existem planos para relançamento de mais algum material?

Fernando Lima: Que honra! Fico feliz por este disco ter esta importância para você. Acho este um dos melhores da nossa discografia. Na verdade, em 2019, o By the Grace of Evil completa 15 anos de lançamento e como já estava fora de catálogo, nada melhor para comemorar do que um relançamento com uma música inédita gravada na época, músicas ao vivo do show de 25 anos da Cogumelo Records em 2005 e algumas fotos deste show.



Vocês fazem parte do cast da Cogumelo Records, que carrega uma história pesada tendo lançado várias bandas lendárias do cenário mineiro, poderia nos contar um pouco sobre como é fazer parte de uma gravadora que é parte viva da história do metal brasileiro?

Fernando Lima: Desde quando começamos com a banda foi nosso objetivo lançar nosso trabalho pela Cogumelo Records. Tanto pela sua história quanto pela sua competência. Grande parte de tudo que eu escutei e escuto até hoje vem da Cogumelo. Desde os Clássicos até as novidades. Eles fazem um bom trabalho com o Drowned e nossa relação é de parceria e respeito.

Falando um pouco mais sobre cena, Minas tem um terreno fértil quando o assunto são bandas de metal talentosas, Drowned é uma das provas vivas disso, que bandas na atualidade vocês consideram que carregam a bandeira do grandioso metal mineiro e que vocês indicariam pra ouvirmos com atenção?

Fernando Lima: A lista é grande, viu? (rs...) vou falar algumas que me lembro agora...
Expurgo, Mata Borrão e Stomachal Corrosion – Grind Core/Metal
Preceptor, Scalped e Rastro de Ódio – Death Metal
In Nomine Belialis, Agaurez – Black Metal
Black Feather Klan e Double Cross – Metal
E muitas outras...

O Drowned possui uma rica discografia, são sete discos lançados ao longo da carreira, sempre apresentando evolução na sonoridade, vocês consideram que houve bastante mudança no som da banda ao longo dos anos, com a vinda de novos membros e a chegada de novas influências, como vocês enxergam essa linha do tempo dos trabalhos da banda? Tem algum disco que vocês tem uma preferência? Tipo, esse é especial pra banda?

Fernando Lima: Sim, creio que fomos trabalhando nossas influencias de maneira diferente ao longo dos anos e a cada lançamento algum elemento da nossa sonoridade ficou mais evidente do que em outro. Com certeza fomos amadurecendo nossa maneira de compor e fazer os arranjos das músicas. O 7TH para mim é o nosso melhor álbum. Eu gosto de tudo que tem nele, de todas as músicas. Não é porque é o trabalho mais recente, mas é realmente o disco que eu considero o mais completo, com as músicas mais cativantes e pesadas. Outro álbum que eu gosto muito é o Bio-violence. Estes são os dois melhores na minha opinião.





Continuando no campo das influências, que bandas ou artistas são referência sonora para a banda? O que você costuma escutar quando está em fase de composição para um novo disco?

Fernando Lima: A banda no geral escuta de tudo e quando começa a criar isto reflete nas composições. Eu escuto muita coisa diferente dentro e fora do Metal quando estamos compondo e trabalhando na minha parte dos arranjos. Eu ultimamente tenho escutado bandas como Gojira, 2 Times Terror, Mortiis, Paradise Lost, os dois últimos álbuns do Rotting Christ, Nevermore (sempre!), Warrel Dane e muitas outros.

Mantendo nossa fiel tradição de pedir listas aos entrevistados, quais são os cinco maiores discos já lançados segundo Fernando Lima?

Fernando Lima: Dificílimo fazer uma lista com 5 maiores álbuns já lançados... rs
Nevermore “Dead Heart in a Dead World”
Slipknot “slipknot”
Death “Symbolic”
AC/DC  “Back in Black
Iron Maiden “Iron Maiden”

Fernando, gratidão pela atenção e disposição em nos atender, gostaria de reservar este espaço pra que deixe seu recado como bem entender, valeu!!!

Fernando Lima: Agradeço demais a oportunidade de responder a esta entrevista.
Ano que vem o Drowned promete surpresas! Terminamos o projeto dos covers/versões, mas muito mais novidades vêm por aí. Fiquem ligados no nosso canal do Youtube (https://www.youtube.com/user/drownedmetal/featured). Para mais informações sobre a banda acessem o facebook  (https://www.facebook.com/DrownedMetal/) e o Instagram (https://www.instagram.com/drowned_band) .




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