MAIS QUE PALAVRAS
· Atividade: 2010 - Atualmente
· Origem: Brasil - Brasília-DF
· Album: Dual (2021)
· Gravadora: AWMR RECORDS
· Gênero: Hardcore Punk
Foi pro ar hoje o novo album
da Mais que Palavras, "Dual", uma banda que venho acompanhando e que
já esteve presente aqui no blog, confesso que andei afastado dessa sonoridade
praticada pela banda, um hardcore que soa rápido e pesado, mas que possui
bastante melodia em suas linhas de composição, essa sempre foi a pegada da
banda, porém eles elevam isso a outro nível nesse novo disco, isso creio eu
seja a intenção, passar a ideia de dualidade como já entrega o título do album.
Vamos explicar o raciocínio,
o primeiro ponto que vale ressaltar que deixam as músicas de "Dual"
bem heterogêneas são as excelentes participações que rolaram que fazem um
contraponto ao vocal rasgado a cargo de Manoel Neto, que cobre muito bem toda
massa sonora despejada pela banda, mas ao combinar com os vocais dos
participantes deram personalidades diferentes a essas faixas, bons exemplos em
que isso acontece e que as músicas ficaram sensacionais foi em "Ser e
estar" com Rodrigo Lima do Dead Fish, "O que não se pode Medir"
com Milton Aguiar do Bayside Kings e a faixa título, "Dual", com Toby
Morse da H20 e Derick Green do Sepultura.
Porém não vou me ater a destacar faixas em que houveram participações, a abertura dos disco com o "Peso das palavras" é de impacto, letra foda e o som que conhecemos da Mais Que Palavras apavoram, seguida de "Outro em Mim", que começa cadenciada e depois descamba naquele HC gostoso de ouvir, temos também a excelente faixa que se tornou um dos singles do disco, "Linhas imaginárias", então basicamente, dá pra apertar o play e seguir da primeira à última faixa desse play sem trocar a track.
Outra grande surpresa foram as três faixas acústicas presentes aqui, como disse acima, a ideia de dualidade é bastante explorada, não apenas ideologicamente mas também na sonoridade, as faixas "Ciclo" e "Despedida", tem lindas melodias ao violão e cordas, com letras intimas, bastantes pessoais e com uma carga emocional que se faz transmitir ao serem ouvidas, você consegue mergulhar no universo descrito ali e com certeza vai se identificar ou enxergar ali algum amigo, nem vou entrar nos detalhes, peço que ouçam e deem atenção a essas faixas, curti muito essa mudança repentina de clima no disco.
O disco fecha com a última
das três faixas acústicas e entrega sua última participação, "Fora de
mim" é outra bela canção, com Gabriel Zander mandando muito bem, um clima
diferente do que encontramos no começo do disco, mas como já repeti várias
vezes, entendi como uma analogia ao título do disco, a banda não seguiu uma
única receita ao compor as faixas que escutamos ao longo da execução desse play
e o resultado final é muito satisfatório, pois tem um equilíbrio legal entre as
partes e funciona muito bem quando encaixamos como um todo.
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