sábado, 8 de agosto de 2020

Ulcerate - Stare Into Death and Be Still (2020)

Banda: Ulcerate

Origem: Auckland, Nova Zelândia

Estilo: Technical Death Metal

Album: Stare Into Death and Be Still

‘Um dos maiores expoentes do Death Metal nos dias de hoje’.

Essa é uma das definições que mais se encaixa no trabalho do Ulcerate, banda de Technical Death Metal vinda de Auckland, capital da belíssima Nova Zelândia. Formada por Paul Kelland (baixo/vocal), Michael Hoggard (guitarra) e Jamie Saint Merat (bateria), a banda apresenta uma sonoridade unicamente brutal, técnica, que suga sua atenção e ferve seu sangue logo nos primeiros compassos. Por isso a frase de abertura desse review se adequa perfeitamente a esses caras.

Nomeada Ulcerate em 2002 – anteriormente chamada Bloodwreath -, a banda tem seu primeiro trabalho datado de 2003 com a demo homônima, chegando ao primeiro full-length em 2007: ‘Of Fracture and Fail’. Em 2009 veio ‘Everything is Fire’, seguido por ‘The Destroyers of All’ em 2011, ‘Vermis’ de 2013 e ‘Shrines of Paralysis’ de 2016. Ou seja, em 9 anos a banda trabalhou em CINCO lançamentos full e obteve sucesso em todos.

O foco aqui é o último lançamento: ‘Stare intoDeath and Be Still’, do final de abril de 2020. Esse play traz um Ulcerate um tanto mais sombrio e menos estridente. A primeira faixa, ‘The Lifeless Advance’, mostra isso logo de cara e com primor: cadência, riffs bem dosados técnica e melodicamente, vocais abismais incríveis e o que mais me chamou atenção: uma bateria complexa e bem executada. Aliás, levando em conta o mérito dessa execução, li em alguns fóruns que o Ulcerate pode se gabar de ter um ‘baterista líder’.

Seguindo adiante, ‘Exhale the Ash’ traz a mesma constância – e que lindo título – com destaque para as desacelerações preenchidas com notas ‘metálicas’ de guitarra pouco comuns. A música título foi a primeira a ser lançada, aproximadamente cinco meses atrás, e me trouxe logo um pensamento a mente: ‘fodeu’. ‘There is no Horizon’ tem uma introdução de arrepiar, seguida por ‘Inversion’ que acentua o trabalho de Saint Merat mais ainda. ‘Visceral Ends’ traz uma pegada um pouco mais ‘stoner/doom’ em termos de desenvolvimento, e ‘Drawn into the Next Void’ vai mais na onda ‘exploratória’. Por fim, ‘Dissolved Orders’ fecha a tampa do caixão dando a impressão de um ‘sprint de último round’ com toda a potência possível; de quebra, essa faixa acabou se tornando o primeiro clipe musical da banda, que como ela é complexo e ‘feito a mão’.

Decidi deixar de fora comparações com influências como Meshuggah, Gorguts, Cryptopsy e Suffocation porque o Ulcerate faz um trabalho único, destilando todos os elementos anteriores e diluindo-os em nuances discretas, bem associadas ás suas criações; basicamente o mesmo que as referências faziam e o que as tornou únicas.

A tecnicalidade sonora só evolui, mesmo em um curto espaço de tempo entre um lançamento e outro, mostrando que a banda se dedica de corpo e alma ao que faz. Dizem que eles estão ditando uma revolução silenciosa dentro do Death Metal, ainda mais no Technical que é uma área complexa e cujas fronteiras exigem um tanto mais de talento e energia para serem transpassadas. Por isso, cada lançamento deve ser apreciado ‘cirurgicamente’.

Em mais de vinte anos ouvindo Death Metal e áreas correlatas dentro da cena, posso dizer com veemência: ‘Stare into Death and Be Still’ está no meu top 5, pois capturou minha a minha essência em um álbum.

Referências: Metal Encyclopedia

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Bandcamp 

Se você curtiu Ulcerate, procure pelas seguintes bandas: Gorguts, Artificial Brain, Sunless, Deathspell Omega, Portal, Mitochondrion e Altarage.


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