O WARSICKNESS é uma banda de Thrash Metal da Grande São Paulo fundada em meados de 2009, especificamente da cidade de Itapevi. A banda impressiona demais com sua sonoridade Thrash, com fortes influências de grandes bandas da cena Thrash oitentista em seus arranjos e que suas letras são recheadas não só de críticas sociais, destruição da civilização, mas de muita diversão e bebedeira, ao estilo "Tankard".
Em 2012, lançaram seu primeiro EP "Reign in Chaos, Pain and Torture", seguido dos álbuns "Stay Drunk in Hell" (2015) e "Sick Existence" (2019)
O vocalista da banda, Diogo Moreschi, com muita atenção nos recebeu para nos contar sobre as histórias malucas de como surgiu a banda, os trabalhos lançados e projetos para o futuro da banda!
Confira a entrevista logo a seguir, na íntegra:
Antes de tudo, é uma satisfação imensa receber o WARSICKNESS em nosso canal. Ainda mais quando se trata de “quase conterrâneos”. Afinal, eu sou de Barueri e vocês de Itapevi, então somos todos vizinhos! Seja muito bem vindo e obrigado por nos receber!
Diogo Moreschi: Eu que agradeço demais o espaço!
Pra começar, explica pra galera quem teve a ideia de montar a banda e quais
foram as influências principais para que chegasse a esse nível muito bom que
estão atualmente.
DM: A banda foi idealizada por mim, (Diogo Moreschi) juntamente com Carlos Ferreira (Carlão). A gente sempre teve gostos parecidos no que se refere à “Metal” Thrash Metal e mantendo aquele equilíbrio de bandas que trazem uma proposta de som mais “reto” porém bem dinâmico. Pra variar, a ideia da banda surgiu na calçada em frente a um “armazém bar” de 1m x 1m de tamanho. Lembro que eu fui convidado na época, final de 2008 para cobrir os vocais de uma antiga banda do Carlão, porém a maioria da banda nunca aparecia pra ensaiar e eu ficava chapando com ele nessa calçada hahaha. No dia que concretizamos a ideia da banda lembro que tomamos 2 engradados de cerveja (de garrafa de 600 ml) kkkkk e o nosso amigo senhor Carlão quase nos matou com o antigo golzinho quadrado que tinha.
As capas dos dois discos (“Stay Drunk in Hell” e “Sick Existence”) são
realmente incríveis! Como foi a ideia de chamar o Márcio Aranha para criar a
arte das duas capas? As ideias de capa foram do artista ou da banda?
DM: Bem eu conheci o grande Márcio Aranha
por volta de 2010, ao ver um portifólio de desenhos animais que ele já tinha, e
pelo método curioso de criar personagens baseando as posições com ele mesmo de
modelo, eu passei a ideia que tive para a primeira parceria com ele que rendeu
a capa do nosso primeiro EP – “Reign of Chaos, Pain and Torture”. Logo ele
continuou desenhando oficialmente para nós nas 2 sucessoras que seriam nossos 2
discos completos de estúdio.
Qual é a importância do Caveira Velha Rock Bar (Rock Bar de Jandira-SP) para a
banda?
DM: Opa, poucos conhecem o início da casa, mas ela foi idealizada pelo próprio Carlos Ferreira, e lembro que antes de começar as obras ele me contou e me convidou para ajudar com a movimentação das bandas, eventos. Lembro que nos primeiros anos lá eu ficava exclusivamente cuidando de todos eventos. Era uma segunda casa. Desde então, por mais que depois de alguns anos lá sai de cena, mas sempre consideramos nossa casa por ter sido palco de muitos eventos marcantes para a banda.
A
relação da banda com os conterrâneos do Imminent Attack (Barueri-SP) e
Torrencial (Itapevi-SP) é bacana? Vi que teve vários rolês com essas bandas ao
longo da carreira.
DM: Sempre foi uma interação boa, até
porque o Carlos Ferreira é membro da banda Torrencial até hoje e o André por
mais que oficialmente se tornou do Warsickness recentemente, ele sempre tocou
com a gente quebrando vários galhos na batera. (Sabe melhor as músicas do que
muitos que passaram pela banda rs) e A relação com todos das bandas Torrencial
e Imminent Attack sempre foi próxima, 90% da banda Imminent Attack participou
das gravações do disco “Stay Drunk in Hell” – “tá tudo em casa”.
“Sick Existence” foi lançado em 2019 é, a nosso ver, é um disco que mostra o
quão o WARSICKNESS evoluiu, não só musicalmente, mas tecnicamente em suas
composições, comparado ao debutante “Stay Drunk in Hell”. Como foi a
receptividade na cena desse último disco? Ao nosso gosto, tá muito foda!
DM: o “Sick Existence” foi uma ideia (não
melhor que as anteriores) mas melhor estruturada. Trabalhamos na pré-produção
dele com muito cuidado, e fugimos da realidade de estúdio no processo de
gravação. Dedicamos 2 semanas sem intervalo de dias diretamente para a produção, foi
quando nosso grande amigo e produtor Friggi (da banda Chaos Synopsis) veio de
SJC e adaptou seu equipamento na casa do nosso antigo batera, Fernando. Foi
foda demais. Abriu muitas portas para a banda e deu a oportunidade de todos
verem do que somos capazes.
Anteriormente
acostumados em formato de quinteto, como está nesse momento habituar a banda
com apenas uma guitarra, num quarteto? Vimos que o Carlão agora foi para o
baixo, devido à saída do Alan da banda, além da entrada do André (Imminent
Attack). Explica pra gente esse processo diferente e inovador para o
WARSICKNESS.
DM: Eu em particular sempre curti bandas
nesse formato “quarteto”. Foi um grande desafio pois tivemos que nos adaptar
musicalmente falando, todas composições já criadas de 2 para 1 guitarra.
Mudamos de um baterista extremamente técnico para um baterista com mais feeling
para o som que fazemos, e que executa muito bem a proposta da banda e sem
limitações, e que participa muito ativamente na proposta de criação. André é
uma grande mente criativa.
As letras do WARSICKNESS, além de críticas ao sistema, guerras e alienação
humana, são bem ao universo do prazer de reunir a galera, se divertir e beber
sem limites, em geral a banda tem uma temática bem “etílica”, vamos dizer
assim. Ademais, os rolês que fazem entre um show e outro, ninguém é de ferro,
vocês acabam se divertindo regado a muita breja! Explica para nós sobre essa
temática que lembra os alemães do Tankard.
DM: A Warsickness sempre teve o objetivo
de explanar temas como esses que você mencionou. Nosso foco sempre foi tocar
bem, transmitir o sentimento que temos, trazer entretenimento para as pessoas
que gostam desse tipo de som, e NUNCA ESQUECER DE NOS DIVERTIR. Por mais que os
excessos de entorpecentes as vezes ocorram, sempre tentamos manter a
responsabilidade para nunca perder a qualidade do nosso som.
Coroner, Krisiun, Artillery, Onslaught, Sinister,
Exumer...como foi tocar junto a esses gigantes nos festivais? Existe para os
desejos do WARSICKNESS alguma banda que falte para fazer parte de um possível
lineup?
DM: É
animal dividir palco com grandes bandas, mesmo que em alguns casos a gente
acaba conhecendo de verdade como alguns são. Mas não tenho o que reclamar e se
pudesse faria de novo. Puts, ainda falta uma gama de bandas que gostaríamos de
dividir palco, um grande marco de repente um Tankard quem sabe.
Todo o mundo está sofrendo muito com a pandemia do
Coronavirus e não é diferente para a nossa cena, que está sofrendo mais ainda, porque
afinal, sem shows, sem cachê, sem trabalho! Como o WARSICKNESS está reagindo a
todo esse problema para dar andamento nos projetos?
DM: Realmente
pra uma banda, viver entocada é complicado, principalmente quando os membros
vivem dela. Hoje o Warsickness não é fonte de renda pra nenhum dos integrantes,
porém ela se auto sustenta. Alguns membros hoje se mantem de
rendas autônomas que se assemelha muito com o músico profissional. É difícil,
mas temos que lidar com essa fase ou “Nova Era” com inteligência, usando os
meios de comunicação como auxiliadores para as nossas tomadas pessoais de
decisões. Acredito que ainda é possível ter mais independência na hora de agir
e não ser guiado por uma massa que na maioria das vezes não sabe o que é melhor
para cada um de nós.
Existe projetos futuros para o sucessor de “Sick
Existence”?
DM: CERTAMENTE !!! inclusive estamos nesse processo de composição, eu ando escrevendo muita coisa e temos um esqueleto de um próximo trabalho praticamente. Só infelizmente optamos em não acelerar nada devido ao caos mundial que estamos vivendo, pois esse próximo queremos fazer algo mais conjunto, compondo bem mais próximos e não a distância.
Seguindo a tradição do Microfonia Underground, cite os cinco maiores álbuns de todos os tempos, segundo o WARSICKNESS.
2 - The Years of Decay – Overkill
3 - Zombie
Attack – Tankard
4 - Waking Into Nightmares – Warbringer
5 - Tortured Existence – Demolition Hammer
Puts,
ficou acho que bem mais a minha cara.
Nós do Microfonia Underground agradecemos demais a
participação de vocês! Nosso pedido é que sigam firmes e fortes nesse momento
tão difícil. Um dia nos encontraremos em algum rolê pra beber algumas geladas!
Um grande abraço!
DM: Agradeço
demais o espaço e todos nós não vemos a hora de voltar a fazer o que mais
gostamos, tocar por aí e beber !! Até breve.
Para maiores informações, confira os canais oficiais do WARSICKNESS:
Facebook: @warsickness
Instagram: @warsicknessofficial
Youtube: WARSICKNESSHELL
Bandcamp: https://warsicknessofficial.bandcamp.com/releases
Metal Archives: https://www.metal-archives.com/bands/Warsickness/3540359099
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