Depois da introdução com “Punishment” que cria um clima
obscuro pra preparar o terreno pra o que estar por vir os caras vem de cara com
“Downfall”, abre o disco e já demonstra que não haverá piedade para ouvidos
despreparados, Black/Death metal de qualidade extrema, fiquei impressionado
logo nessa faixa, uma variedade de elementos, apesar de toda a agressividade
sonora entregue é impressionante o equilíbrio com nuances melódicas muito bem
encaixadas pra compor o que é a marca registrada desse play.
Na sequência “God Above Nothing”, início cadenciado e
melódico, uma sutil parada pra em seguida despejar uma das faixas mais brutais
do disco! Título auto explicativo, sem mais!!!
‘’Higland Ceremony” introduz a sequência com uma flauta
medieval e barulho de fogueiras que é interrompido pelo som de uma batalha que
se inicia junto aos gritos que já se emendam com a levada da bateria e dão início
a “Winged Snake Communion’’, faixa com trechos cadenciados que mostram outra
particularidade da sonoridade deste disco, a influência do heavy metal
tradicional que casa e se encaixa perfeitamente no contexto da faixa, não posso
deixar de citar o belo solo presente
aqui, melodia incrível e de muito bom gosto!
“Praxis Against Ignorance” apresenta um riff melódico e
levada cadenciada e o refrão executado em alta velocidade, curti bastante essa
faixa, e aqui outro solo espetacular, acho válido ressaltar que a dupla de
guitarristas Raphael Casotto e Rafael Morais fez um trabalho do qual devem se
orgulhar nesse disco!
“Obedientia” a faixa que dá nome a esse disco não poderia
ser menos do que épica, visto tudo o que já ouvi até agora nesse disco,
velocidade máxima, pesada e com belas melodias de guitarra, Rômulo Grilo que é
responsável pelas baquetas nem parece ser estreante na banda e mostra muito
entrosamento na cozinha composta também pelo baixista Rodolfo Ferreira.
Como já havia percebido em alguns outros momentos a influência
do heavy metal tradicional presente no disco se mostra novamente na levada
sensacional que abre “Rites of Conscience” e dá o senso rítmico da faixa que
tem momentos velozes e aqui eu devo exaltar o vocal de Flávio Gonçalves que é
extremamente versátil variando entre o rasgado tipicamente black metal e o
gutural, o time que compõe a Dark Tower é pesado, músicos técnicos e
talentosos.
“The Carnal Splendour” é simplesmente brutal e minha faixa
preferida no disco, pois sintetiza um pouco de tudo o que vimos até aqui,
inicia quebrando tudo e na altura dos 4:30 os caras mandam uma levada pra
quebrar o pescoço que caminha para o gran finale da faixa novamente em
velocidade máxima, deixando a gente atônito com as mudanças de andamento que
rolam durante a faixa, pra salvar na playlists sem medo!!!
O disco finaliza com a instrumental “...As the Obedient
Marches to the Abyss...” que difere de todo o restante, com um clima
melancólico, até porque é triste que um grande disco esteja acabando, vale dizer
que por menção honrosa esse disco deveria entrar na lista de melhores de 2019,
sem dúvida, infelizmente já publicamos, mas que a justiça seja feita, um dos melhores albuns desse ano, que a DarkTower tenha vida longa e nos brinde com mais trabalhos incríveis
como esse!!!
DarkTower é:
- Flávio Gonçalves (vocal);
- Raphael Casotto (guitarra);
- Rafael Morais(guitarra);
- Rodolfo Ferreira (baixo);
- Rômulo Grilo (bateria)
DarkTower – Obedientia (2019)
(Electric Funeral Records/Extreme Sound Records/Cangaço Rock
Comunicações/Native Blood Produções – Nacional)
01. Punishment
02. Downfall
03. God Above Nothing
04. Higland Ceremony
05. Winged Snake Communion
06. Praxis Against Ignorance
07. Obedientia
08. Rites of Conscience
09. The Carnal Esplendour
10. ...As the Obedient Marches to the Abyss...
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