sexta-feira, 20 de abril de 2018

CLÁSSICOS RECENTES DO UNDERGROUND NACIONAL #4 - RATOS DE PORÃO - CARNICERIA TROPICAL (1997)

Carniceria Tropical (1997)

Basicamente eu conheci o RDP através deste disco, apenas ouvia faixas avulsas até então, isso já me bastaria pra colocá-lo aqui, afinal tem aí seus pouco mais de 20 anos de lançamento, não faz parte da fase "clássica" da banda, mas tem muitas pessoas que consideram este disco o melhor da discografia da banda, questão de opinião, porém, creio que "Carniceria Tropical" tenha seus méritos pra ser considerado como tal!
O último de inéditas dos caras havia sido o estranho "Just another crime in...Massacreland", pouco lembrado até hoje, eles vinham de uma bem sucedida tour de divulgação do disco de covers "Feijoada Acidente" em suas versões violentas para clássicos do punk/hardcore nacional e internacional, então estava na hora de rolar um novo disco pra sacramentar o bom momento, e ele veio na forma do registro mais brutal da banda até ali, mostrando facetas crust/grind que foram incorporadas com maestria a sonoridade tradicionalmente apresentada por eles.
No DVD Guidable é possível sacar algumas curiosidades a respeito da gravação e produção, que contou com o insano Billy Anderson (Brutal Truth, Neurosis, etc) e suas experiências extremas, como a famosa gravação de vocal com a boca do Gordo cheio de bolo, e entende-se pelo depoimento dos integrantes, que havia sim a intenção de soar o mais pesado possível durante a composição da faixas que viriam a integrar o play, isso explica a vocação extrema das faixas presentes.





Vou fazer um faixa a faixa de acordo com a minha primeira audição do disco, uma cópia emprestada do meu amigo Alexandre, fazia pouco tempo que eu curtia um som, e ainda era bem cru em termos de gêneros e sonoridades, por conta disso foi chocante a experiência, conhecia outros poucos sons do Ratos e ainda não era familiarizado com vertentes como o crust e o grindcore, então mesmo que o disco tenha apenas elementos desses estilos, foi um primeiro contato com a desgraça musical que amo até hoje!
Acho que a duas primeiras faixas representam muito bem o que é o Carniceria, "Vá se virar" e "Atitude zero" praticamente se complementam e é aquele peso absurdo que contagia, impossível não se empolgar ao ouvir essas faixas, destaque também para os vocais que são extremamente brutais nessas faixas.
Na sequência "Banha" dá uma cadenciada, mas segue a lógica do disco sem destoar, com muito peso e sua letra debochada.
A próxima é "Crocodila", apesar de ser um disco bem homogêneo, podemos considera-la como um destaque, que ganhou até um clipe para divulgação e certamente é uma das mais lembradas, sendo inclusive executada nos shows até uns tempos desses.





"Pedra" é um rap com crust caótico com a participação dos caras do Pavilhão 9 que dividiam a mesma gravadora com o RDP na época, a Paradoxx, o som mais fora de padrão do disco, era o Ratos fazendo uma experimentação musical, que acho bem foda inclusive.
"Estilo de vida miserável" é a minha faixa preferida desse álbum, veloz e brutal e com os vocais insanos do gordo, e tem uma introdução cômica antes de rolar o som, que gostaria de saber de onde saiu mas não possuo fontes, sem dúvidas uma faixa memorável!
"Dificil de entender" e "Outra vez" mantém a adrenalina em alta e não deixam a pegada frenética cair, abrindo caminho para a porrada seguinte que também aprecio pra caralho, "Bico do Corvo"!
"Ideologic Police" e "Autoguerrilha" não fazem muito minha cabeça, mas também não comprometem, até porque o que vem em seguida é outra faixa ignorante e violenta do disco, no sentido musical é claro, "Arranca toco" dispensa maiores apresentações, tem o título auto explicativo.
"Colisão" fecha o disco seguindo padrão "Carniceria" de qualidade, vocal sujão e uma pegada crust/punk, com sua letra falando sobre gente imbecil ao volante.
Como de costume as letras do RDP soam sempre bem atuais, temas que não soam datados, Gordo domina muito bem a arte de escrever essa poesia do inferno, e vemos aqui os caras num momento muito coeso como banda, apesar do Pica-Pau já estar meio descontente e bipolar durante as gravações, mas sem dúvidas um grande clássico do underground nacional!!!





FAIXAS


“VÁ SE VIRAR”
“ATITUDE ZERO”
“BANHA”
“CROCODILA”
“PEDRA”
“ESTILO DE VIDA MISERÁVEL”
“DIFÍCIL DE ENTENDER”
“OUTRA VEZ”
“BICO DO CORVO”
“IDEOLOGIC POLICE”
“AUTOGUERRILHA”
“ARRANCA TOCO”
“COLISÃO”

segunda-feira, 16 de abril de 2018

ENTREVISTA ASFIXIA SOCIAL

Fala juventude perdida brasileira!!! Falamos com os caras da Asfixia Social, que lançou recentemente um single de seu vindouro novo play, sucessor de "Da Rua Pra Rua", que deve ganhar as ruas no segundo semestre desse conturbado 2018, batemos um papo sobre esse novo trampo, sobre o festival que os caras organizam e mais outras paradas que vocês podem conferir a seguir!!! 




Fala pessoal, obrigado por falar com a gente, indo direto ao ponto, que detalhes vocês poderiam nos adiantar a respeito de seu novo trabalho, “Sistema de Soma: A Quebrada Constrói”? 

Banda: Salve mano! O novo álbum “Sistema de Soma: A Quebrada Constrói” sai no segundo semestre de 2018 em formato de Livro-Disco, com várias participações especiais. É um trabalho que valoriza muito poesias e melodias que criamos nos últimos 3 e que foi ilustrado por alunos de 10 escolas da rede pública de São Paulo. Você pode esperar muito groove, muito peso e a essência do Da Rua pra Rua num disco que gradativamente apresenta esses diversos ritmos da banda. 



Desde “Da rua pra rua” (2011), já são sete anos, disco excepcional e que ainda me soa muito bem, atual e empolgante, vocês mudaram o direcionamento de alguma forma para este vindouro novo trampo?

Banda: O direcionamento é o mesmo, música sem fronteiras e uma poesia crítica, buscando fortalecer o pensamento coletivo e a caminhada do dia a dia das pessoas. Mas são 7 anos dos quais estamos trabalhando desde 2013 nas composições, arranjos, etc, então naturalmente a gente espera corresponder a todas as expectativas e fazer um disco à altura do “Da Rua pra Rua”! 


É impossível não criar altas expectativas com este novo trampo, a começar pelas participações que vocês têm divulgado, confesso que estou muito curioso pra conferir o resultado dessa mistura, poderiam nos dizer como escolheram os convidados presentes em “Sistema de Soma: A Quebrada Constrói”? 


Banda: Estamos felizes com as participações que aconteceram, pois convidamos gente que estava bem próxima da banda ao longo dos últimos anos. Por exemplo no primeiro single lançado agora em março: “Sistema de Som(a)” (confira o videoclipe no youtube!), com Petróleo, um mano nosso do samba de milianos, DJ Tano Z'África Brasil, que é amigo da banda há muito tempo e gravou no Da Rua pra Rua em algumas faixas, assim como o trombonista Bocato e o trompetista italiano Gabriel Rosati, que são nomes importantes da música e que tocam pra caramba. Esses participaram da música “Sistema de Som(a)”, e tem outras 9 canções aí que vamos lançar até o segundo semestre! 





Em 2015 vocês lançaram “Cuba Punk”, DVD que retrata sua tour pelo país, como foram as trocas de experiencias que rolaram por lá, e de que forma surgiu o projeto de documentar este rolê que vocês fizeram?

Banda: Tínhamos estado lá 2014 com um grupo de teatro (XPTO), tocando também, e conhecemos muita gente. Nossa música ficou por lá e muita gente curtiu e compartilhou isso na ilha, então ao ganharmos o Prêmio da Cultura Hip Hop (Funarte, 2014) tivemos condições de participar de alguns festivais importantes lá, como a Bienal de Arte de Havana, na Fábrica de Arte Cubano (FAC). Tocamos numa programação recheada de artistas internacionais e fomos prestigiados por muita gente legal. Daí, desse show, emendamos a tour pro lado underground, foram 10 shows cabulosos em vários picos como a Casa de Cultura de Trinidad e um cinema abandonado da década de 60!






Ainda sobre “Cuba Punk”, é interessante vocês escolherem um destino incomum para as bandas brasileiras do underground, sempre se fala em tocar na Europa e nos vizinhos da América do sul, e o Asfixia mais uma vez foge do comum ao partir pra um destino diferente, que bagagem vocês consideram ter trazido no fim das contas de toda essa experiencia?

Banda: A gente trouxe de volta várias amizades e aprendizados com relação a um país muito diferente no que diz respeito à lidar com as questões sociais. Não há violência praticamente em Cuba, e apesar dos perrengues, existe muito respeito interpessoal, muita ajuda entre as pessoas e condições mínimas para um povo muito alegre! Foi uma experiência que levar pra vida e com certeza acreditamos muito no lado humano dessa vivência coletiva! Queremos voltar e também trazer muito mais rum na bagagem!

Outra inciativa que sempre vale a pena ressaltar, e que espero um dia poder participar, é o Festival Da Rua pra Rua, como vocês viabilizam um corre louco desses com mais de 50 bandas participando? E já tem planos pra edição 2018?

Banda: O Festival Da Rua pra Rua vem da ideia de, quando em 2009, a gente lançou a nossa primeira demo e fazíamos shows na rua, convidando artistas do punk/hardcore, do reggae e do hiphop de vários cantos pra tocar com a gente. Em 2013, fizemos o festival no aniversário de 6 anos da banda, e foi surpreendente a participação de vários amigos no corre, vimos a possibilidade de organizar uma parada cada vez mais profissional. Tanto que ganhamos o prêmio da Cultura Hip Hop da Funarte também em função do DVD que gravamos naquele ano (DVD Asfixia Social – Da Rua pra Rua). De lá pra cá a coisa cresceu e criamos o Coletivo Da Rua pra Rua pra fazer a curadoria e organização do festival. Estamos planejando o festival de 2018 pra setembro, nossa sexta edição!




A banda está aí há mais de dez anos na estrada, o que numa cena underground e na base do trabalho independente é bastante coisa, como vocês avaliam a trajetória até aqui? Preparados para mais dez anos?

Banda: Há dez anos temos aprendido muito e também nos divertido pra caramba. Amamos fazer isso e acreditamos demais que a mensagem possa tocar em várias quebradas e motivar muitos na caminhada! Nossa caminhada é uma só! Enquanto tiver uma caixa de som ali, a gente vai tocar mano!

Vivemos um momento de intensa polarização politica no país, com muito ódio sendo destilado nas redes e muita gente entrando em conflito por posicionamentos a esquerda ou a direita, o que vocês acham de todo esse movimento, da onda de conservadorismo, de fascistas e racistas aproveitando o “escudo” da internet para dar as caras?

Banda: É triste ver que muita gente fala o que não sabe, sem nenhuma noção. Acho que o “entretenimento” tem afastado as pessoas demais, e parece que a dor do outro não dói. Precisamos discutir mais sobre políticas públicas, projetos políticos, estudar mais, principalmente a história, porque muitos dos erros que estão sendo cometidos não aconteceriam se a gente tivesse um pouco mais de conhecimento e contato real com as necessidades de outros lugares, de outras pessoas que vivem de maneira diferente da nossa. Acho que é um momento triste da história, e o trabalhador tem que abrir o olho, ser mais crítico, analisar quem usa de todo esse ódio pra manipular a opinião pública.




Devido a movimentação da organização do festival, vocês devem ter contato com muitas bandas novas na cena, quem vocês destacariam no cenário atual que merece uma audição mais atenta por parte do público?

Banda: São inúmeras bandas boas que tem surgido, mas muitas também são desconhecidas do público e estão aí há mais tempo que o próprio Asfixia Social. Por exemplo, acabamos de organizar a Frente Popular dos Artistas pela Luta em Movimentos Sociais – FALEMOS – e tem várias bandas do Coletivo Da Rua pra Rua (tem uma lista no www.daruaprarua.com.br). Fora isso, fiquem ligados aí nas bandas autorais que sempre tocam com a gente em outros eventos e no próprio festival. São inúmeras e muito diferentes umas das outras, vale a pena ouvir um pouco de cada uma! 


Mantendo o tradicional plágio da Roadie Crew, e aproveitando que estamos falando sobre bandas que merecem a nossa atenção, poderiam nos listar cinco discos essenciais para a Asfixia Social?

Banda: São inúmeros discos, mas acho que podemos citar aqui Macka B com o álbum “Word, Sound & Power” (2004), Black Sabbath em “Reunion” (1998), Suicidal Tendencies em “How will I laugh Tomorrow”, Skatalites em “African Roots” (1978) e Black Flag em “Nervous Breakdown” (1979). Se você perguntar isso de novo, provavelmente a gente vai mudar todas as respostas. Essa foi a pergunta mais demorada pra gente responder, porque tem muita referência de bandas brasileiras e gringas, doidera!

Pra finalizar, novamente muito obrigado por falar com a gente e o espaço é todo seu para suas considerações finais.

Banda: Agradecemos demais pela força e atenção! Espero que possam curtir o álbum “Sistema de Soma: A Quebrada Constrói”. São anos de dedicação a este trampo, que já começa a estar disponível pelo www.asfixiasocial.com.br ! Acessa lá e fala diretamente com a gente família, satisfação!


segunda-feira, 9 de abril de 2018

ENTREVISTA ESKRÖTA

Muito bom poder ver as mulheres participando fortemente na cena e chutando todos os preconceitos e machismo existente em nosso meio, a Eskröta, formada exclusivamente por mulheres é uma dessas bandas que representam bem o que estamos falando, próximo de lançar seu primeiro EP e configurada agora no formato de power trio elas chegam ao Microfonia pra mandar o seu recado, leiam!!!




Olá pessoal, vocês postaram recentemente que a banda passou por uma mudança na formação, a saída de sua vocalista Mars Martins, a ideia agora é permanecer como um power trio?


Yasmin: Após a saída da Mars, fizemos um show com a Letícia (vocalista do SUC) e curtimos muito. Porém, devido à outras datas que tínhamos marcado, gravação de EP e outros compromissos, decidimos que no momento seria mais viável permanecer nós três e sentir como o público vai responder.

Com relação ao lançamento do material da banda, vocês podem nos ceder alguns detalhes, quantas faixas pretendem incluir e onde pretendem gravar?

Yasmin: Serão 7 músicas em um EP, que foi gravado junto ao estúdio Warzone em Santos/SP, com produção do Léo (vocal e guitarrista do Surra) e do Jurema. Vocês podem esperar várias referências diferentes, dentro do thrash/crossover.

Quais são as ideias que vocês expõem em suas letras, vocês seguem uma temática ou falam sobre coisas variadas? Em que vocês buscam suas inspirações na hora de compor?

Yasmin: Nós procuramos falar de assuntos variados, mas sempre com foco em problemas sociais, empoderamento feminino, entre outros. Para nós é importante que as pessoas saibam o que estamos falando, por isto escrevemos em português. Inspirações para compor letras e métricas de voz, creio que Ratos de Porão, Sepultura, Dorsal Atlântica, Nervosa, estas brasileiras que mandam muito bem.

Que desafios vocês encontram na vivência da cena underground por ser uma banda só com mulheres na formação?

Yasmin: Principalmente ter que colocar a prova nosso conhecimento musical. Passamos muito por "mansplaining", ou seja, os caras querem dar aula pra gente, explicar como o som ficaria melhor, como regular o amplificador, a bateria, entre outras situações desagradáveis principalmente em comentários pela internet, mas de forma geral o público têm sido bastante respeitoso ao vivo. 




O que motivou cada uma de vocês a querer ter uma banda e que mensagem vocês mandariam para outras minas que tem vontade de tocar um instrumento e formar suas bandas?

Yasmin: Eu tinha muita vontade de ser como Lita Ford (The Runaways) ou Donita Sparks (L7), minha família não gostou da ideia, mas eu tinha amigas como eu, que gostavam de heavy metal e queriam tocar. Isso foi um privilégio pra mim, porque na minha cidade já tinham meninas que tocavam/cantavam, os meninos não queriam uma mina na banda, a não ser que ela fosse como a Amy Lee (Evanescence). Então continuamos, até mesmo pra provar que a gente podia ter uma banda muito melhor do que a desses caras. Só posso dizer por mim, mas a Tamy e a Miriam também tocam desde cego e continuam perseguindo esse sonho junto comigo.

Quais as influências da Eskröta, acredito que cada uma de vocês tem suas preferências, uma diferente da outra, mas de que forma definiram a sonoridade da banda quando se uniram pra tocar?

Yasmin: É difícil dizer por todas, mas a Miriam curte muito jazz, a Tamy gosta de muita coisa e eu também. Apesar de estarmos dedicadas ao metal isso não nos impede de enxergar a qualidade de outros estilos musicais.

Vocês passaram recentemente aqui pelo PR e por SC para algumas datas, como foram essas apresentações e quais são os próximos compromissos ao vivo da banda?

Yasmin: A tour por Florianópolis, Blumenau e Curitiba foi sensacional. Muitas bandas fodas tocaram com a gente e eu fiz questão de anotar para acompanhar, é muito massa dividir palco com a galera de diferentes lugares. Sobre os próximos shows, não poderíamos estar mais felizes... Estaremos em Goiânia e Brasília em maio (2018) e isto é um daqueles sonhos que se concretiza. Sabe? Esperamos conhecer cada vez mais lugares.

Mantendo nosso tradicional vício chato por listas, quais são os 5 álbuns favoritos de vocês, discos que consideram essenciais na formação de seu gosto musical?

Yasmin: É difícil listar, mas gosto estou ouvindo muito Suicidal Tendencies - How will I laught tomorrow, Nervosa - Victim of Yourself, Kreator - Violent Revolution, Imminent Attack - Welcome to My Funeral e L7 - Bricks Are Heavy.

Pra finalizar, gostaria de deixar o meu muito obrigado pela atenção em falar conosco e reservar este espaço pra que deixe sua mensagem como bem entender a todos que nos acompanham.

Yasmin: Espero que todas as minas que estejam lendo esta entrevista, que estão nos nossos shows, que participam do underground de alguma forma, sintam-se motivadas em continuar indo em eventos, que cantem ou toquem, porque a gente tem que fazer a diferença. E aos caras que estão lendo, que respeitem o espaço das mulheres nesta luta! 




terça-feira, 3 de abril de 2018

SONIDO CHULI - DISTINCIÓN TROPICAL (2017) - REVIEW





Pra começar a falar sobre o Sonido Chuli, precisamos primeiro explicar, o que é Cumbia?

A cumbia peruana , popularmente conhecida como chicha desde a sua consolidação, é um subgênero musical popular do Peru , produto da fusão da cumbia colombiana , rock psicodélico , rock e ritmos nativos dos Andes e Amazonas do Peru.
Uma vez feita as apresentações, vamos ao que interessa, esse tradicional ritmo colombiano acabou se fundindo ao rock n' roll e dessa fusão nasceu a Cumbia psicodélica, que nesse EP recebe influências dos elementos indígenas da vida diária e musicalidade paraguaia, pelas mãos e instrumentos desses oito jovens d/e Assunção, responsáveis pelo primeiro disco de Cumbia lançado no Paraguai no século XXI.
Gravado em outubro de 2017 e lançado em dezembro do mesmo ano, em formato de vinil 7'' de forma totalmente independente, "Distinción Tropical" traz quatro faixas dessa incrível mistura de ritmos que culmina na Cumbia Psicodélica, "La chispa", Chipero Bailador", Atardecer en el bajo" e " El Apatuque", resultados alcançados por uma banda com menos de um ano de atividade, até o momento dessa gravação, então realmente impressiona o entrosamento da banda na execução dos temas.
O disco está sendo distribuído no Brasil pela Laja Records, e você pode adquirir clicando no link abaixo:

O Sonido Chuli é formado por:

Nelson - Guitarra
Robert - Guitarra
Zepe - Low 
Fati - Voz e Teclas
Chavo - Timbal
Pedri - Guiro
Fred - Bongo
Tadeo - Congas





O disco também está disponível nas plataformas de streaming: