quarta-feira, 14 de março de 2018

ENTREVISTA FABIO MOZINE (MUKEKA DI RATO, OS PEDRERO, MERDA, LAJA REX)

Olá pequenos seres malignos roquistas, nosso papo hoje é com um cara bem conhecido da cena hardcore brasileira, quem curte um som tosco e veloz ou os flertes com a música brega, com certeza é fã desse cara, que toca no Merda, Mukeka di Rato e Os Pedrero, CEO da Laja Rex e em breve pelo que conversamos, vai rolar o híbrido do Merda com o Facada, o Merdada, aguardem!!! Com vocês, Mozine, diretamente de Vila Velha-ES!!!



Fala Fábio, primeiramente muito obrigado por falar com o Microfonia, aproveitando essa recente apresentação no Garage Sounds em Fortaleza, como rolou essa fusão do Merda + Facada, como foi a apresentação e essa parceria pode render mais frutos adiante?

Fábio Mozine: As coisas foram acontecendo e acabaram dando nisso. O pessoal do Garage sondou o Merda, mas estamos sem baterista, aí sondei o D’Ângelo, botamos o James e depois o Danyel na roda, virou o Merdada. Estamos encantados com o que aconteceu, gostamos muito de ensaiar, somos amigos, já temos alguns outros shows engatilhados e vamos gravar um disco.

Falando em Merda, o “Descarga Adrenérgica” é um disco muito foda, despejando todas as características que a gente espera, curti muito a sonoridade e letras, porém estava acompanhando uma resenha do play e a galera da direita invadiu os comentários cuspindo várias ofensas no site em questão, creio que vocês obtiveram êxito ao passar suas ideias nas letras não é mesmo?

Mozine: Rapaz... nem vi essa agressão vinda da galera da direita, mas me sinto um super vitorioso, na verdade a galera da esquerda de vez em quando bate na gente também, então foda-se, tamo todo fudido mesmo.



Quem o acompanha nas redes sociais saca seu gosto pelo brega, e uns tempos atrás vi em uma entrevista em que você falava a respeito de um projeto de uma banda para fazer um som nessa linha, creio que o nome do lance era Tenébrio Peixoto, a quantas anda essa ideia?

Mozine: Eu ainda componho músicas para o Ténebrio Peixoto. Uma delas, que era uma demo, que gravei e produzi com um musico local chamado Fe Paschoal acabou de entrar num curta metragem do irmão do japonês do Merda. A música se chama Tristeza Infinita. Outra foi gravada pelo Figueroas em seu primeiro álbum, a música Gatinha Gatinha. Uma outra foi gravada por um cantor capixaba chamado Lord, a música se chama Copos de Bebida. E por aí vai, vou fazendo, mostrando para os outros, e as vezes acaba rolando. Não tenho intenção de tocar, por vários motivos, incluindo que meu vocal é ruim, eu estou com preguiça de tocar, de viajar, etc.

Uma das bandas que integra, Os Pedrero, lançou recentemente um disco, “Deu um treco no teco teco”, que em breve deve ser lançado em formato físico, correto? Como você faz para compor material para suas diferentes bandas, de que forma você decide isso, agora vou compor para um disco d’Os Pedrero, por exemplo, ou você faz o som e depois decide onde melhor se encaixa?

Mozine: Já fizemos as músicas pensando n’Os Pedrero, que são bases mais harmônicas e letras mais bregas, foi fácil de fazer.



A Laja Rex já possui 20 anos de existência, quando você começou lá em 98, imaginava que esse trampo teria tanta longevidade e que vocês lançariam tantas bandas e produtos diferentes?

Mozine: Não imaginava que conseguiria viver apenas dela como vivo hoje. Imaginei que seria um trampo contínuo sim, porque minha vida é isso, mas achei que seria um eterno hobby e que minhas contas seriam pagas por um emprego normal, tipo na Vale do Rio Doce, etc.

Para comemorar os 20 anos de Laja, você bolou o Laja Festival, como foi o saldo dessa empreitada, pelo que pude ler a respeito na época, foi muito legal essa gig, o que você nos diz? Pretende fazer mais edições?

Mozine: Pretendo fazer uma nova edição esse ano, ainda não sei o mês. Como não tive apoio esse ano, devo fazer uma versão bem enxuta.

Parece que vai rolar um novo disco do Mukeka Di Rato, isso procede? Tem algo rolando já, ensaios? Novos sons? Realmente vocês não vão fazer shows esse ano?

Mozine: Ainda nada rolando, estamos com muita preguiça para ser sincero, eu pelo menos estou, mas acho que deve acontecer algo em breve. Ninguém se encontrou nem começou a fazer nada ainda.




Aproveitando a deixa sobre os shows, ano passado vimos um dos principais palcos do underground brasileiro, encerrando suas atividades, o Hangar 110, inclusive o Mukeka fez a sua última apresentação por lá, como foi esse rolê, e qual a sua impressão sobre o fim de palco tão representativo?

Mozine: O hangar sempre foi um lugar muito querido pra gente, mas acho que tudo te m seu ciclo. Nosso último show lá foi emocionante pois Tb sentíamos que a banda ia parar em breve.

Quanto ao Merda e Os Pedrero, veremos apresentações ao vivo destas bandas este ano?

Mozine: Pode ser que o MERDADA toque pelo Nordeste, até mesmo porque queremos gravar um disco, e possivelmente o será feito em Fortaleza. Os Pedrero e Mukeka não vão tocar.

Aproveitando que estamos falando com o Ceo da Laja Rex, Fábio, quais bandas você tem ouvido ultimamente e que recomendaria a audição aos nossos leitores?

Mozine: Sonido Chuli e Damn Youth.

Para finalizar, novamente meu muito obrigado pela atenção e deixo o espaço em aberto para suas considerações finais, valeu!!!

Mozine: Valeu pelo espaço e pela entrevista! Abraço!!





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