quarta-feira, 29 de abril de 2020

5 DISCOS QUE MUDARAM MINHA VIDA #2

Nesse segundo round da sessão "5 Discos que mudaram minha vida" quem participa é meu amigo de longa data Vitor Carnelossi, talentoso guitarrista de Colorado-PR, integrante da banda de doom/heavy metal Tragedy Garden que tem longa trajetória no underground paranaense e ótimos trabalhos lançados, também foi o fundador do já extinto Guilhotina HC, formação de hardcore/crossover que deixou sua marca na memória da galera e demonstra a enorme versatilidade do cara pra compor em diferentes gêneros e fundador do blog underground Colorado Heavy Metal na ativa desde 2013, também existem outros projetos em que está envolvido mas isso é papo pra um outro momento, agora confiram os discos que marcaram a trajetória desse grande amigo e músico!!!




Theatre Of Fate – Viper



Aqui começou minha admiração pelo Heavy Metal Nacional, e também pelo saudoso e inesquecível André Matos. Fiquei admirado com um material tão bem construído, belas composições, arte espetacular e um vocal acima da média. Foi uma emoção emprestar esse vinil na época, gravei em K7 sempre sonhando em um dia tê-lo original.  Escuta-lo até hoje em LP é um ritual que consumo fazer tal como uma ocasião especial!

Gothic – Paradise Lost



Mais uma “bolacha” que emprestei, essa do amigo Marcão (Tragedy Garden), essa audição talvez tenha sido a mais importante para meu “enraizamento” dentro da cena underground. Costumo dizer que “Gothic” me capturou para novas perspectivas. Tudo nesse play é absurdamente triste, lúgubre e muito belo! A condensação de sentimentos tão profundos e melancólicos dentro de um som pesado me chamou a atenção para algo importante, a dramaticidade vai além do cinema!

Angra – Angels Cry




Hoje em dia o pessoal é meio que gosta de não misturar os gêneros, eu sempre curtir todas as ramificações do Heavy Metal. Seguindo o interesse pela excelente experiência de escutar o VIPER, foi natural chegar ao soberbo Angels Cry. De início a capa do disco já impressionava, quando pus “pra rodar” tive certeza que ali se encontrava um clássico que cada vez é mais reverenciado. Uma criação genial de Matos & Bittencourt que marcou o Heavy Metal Nacional e me fez ser sempre apoiador dos trabalhos posteriores do André.

Sepultura - Beneath Remains




Com a minha idade, é impossível não prestar um tributo ao passado glorioso do grande SEPULTURA em sua formação clássica e em uma fase ”matadora”! Esse play, pode ser que para muitos não represente o auge da banda em si, mais para mim é o símbolo de uma ascensão e uma atitude explosiva!  Beneath Remains para mim é antagonista ao material melódico que eu escutava, daqui bebi muito da fonte em projetos musicais que participei (Guilhotina HC) e também foi a porta de entrada para conhecer a cena punk Hardcore do Brasil!

Ratos de Porão – “ao vivo 1992”



 Geralmente a galera começa curtindo metal nos clássicos do Iron Maiden, Metallica e afins.... Para mim foi ao contrário, quando entrei de cabeça no som pesado, me emprestaram tudo que era mais podre e inacessível para o momento. Assim conheci o RDP – “ao vivo 1992” que é um registro caótico e ácido que vinha de encontro com o que eu procurava no momento. Tantos outros discos eu poderia ter posto aqui, mais por tudo que vivi dentro do underground esse disco merece uma menção neste breve release! 








domingo, 26 de abril de 2020

NERVOSA: FERNANDA LIRA E LUANA DAMETTO ANUNCIAM SUAS SAÍDAS DA BANDA



Nessa manhã ficamos surpreendidos com a notícia de que a Luanna Dametto (bateria) e Fernanda Lira (vocal e baixo) saíram da Nervosa para um suposto novo projeto.

Nos parece que muita coisa estava acontecendo depois que o Wacken foi oficialmente cancelado (A Nervosa estava confirmada para o evento).

Prika Amaral (guitarra), única remanescente da formação original da banda já deixou claro nas redes sociais de que a Nervosa vai continuar.

Desejamos sucesso à Nervosa, Luana e Fernanda em seus novos trabalhos que com certeza o Microfonia vai acompanhar.

Leia os comunicados na íntegra:








sexta-feira, 24 de abril de 2020

ENTREVISTA RE-ANIMATION

O Re-Animation é uma banda de  de São Paulo/São Carlos -SP formada por  ex membros da Cursed Slaughter, praticam um som altamente agressivo com letras politizadas, um thrash crossover com muito conhecimento de causa, possuem um EP lançado em 2018, "Exército de fudidos" que possui quatro faixas que são um excelente cartão de visitas pro poderio de fogo que a banda possui, a banda é composta por Marcelo Araujo - Guitarras e Backings, Bruno Morais - Bateria, Jhonata Figueiredo - Baixo e Backings e Daniel Pacheco nos vocais, com quem batemos um papo que vocês podem conferir a seguir!!!



Fala Daniel, tudo tranquilo? Obrigado por falar com o Microfonia, gostaria de saber como surgiu o Re-Animation, visto que a base da banda é de integrantes do Cursed Slaughter?

Daniel: Opa Evandro, tudo bem mano, é sempre um prazer trocar ideia com vocês. O Re-Animation surgiu de uma ideia nossa de continuar a fazer um som depois do término do Cursed. A gente queria manter aquele som mais rápido e também abordar assuntos diferentes nas letras. 

Ao formar ou reformular a banda as referências permaneceram as mesmas ou vocês procuraram incorporar outros tipos de influencias pra compor a sonoridade da banda?

Daniel:O Cursed foi uma banda que os principais compositores do instrumental eram o Ricardo e o Rodrigo. O Re-Animation é uma banda com outros compositores, existem influências em comum sim, mas a forma como elas são abordadas é diferente. Como vocalista/letrista minhas influências ainda são as mesmas, indo de RDP até Testament.

Em termos de referências quando falamos de crossover/thrash no underground nacional, que bandas vocês destacam nesse gênero?

Daniel:Sem demagogia e sem "puxa saquismos", seria até injusto não falar da Eskröta e do Cerberus Attack. Sempre falo do Imminent Attack que tem uma qualidade fudida e estão voltando as atividades, tem os caras do Cranial Crush também lá do ABC, estamos bem servidos nesse estilo :)

Como foi o processo de composição do EP “Exército de fudidos”? Facilitou o fato de vocês já possuírem um certo entrosamento?

Daniel:Foi um lance muito natural mas também complicado, eu moro em São Carlos e tenho uma puta dificuldade de escrever letras sem todo o instrumental pronto. Então eu ia para SP uma vez por mês, a gente fazia o instrumental juntos, eu gravava com o celular e escrevia as letras para no próximo mês a gente ter uma pronta e trabalhar em outra rsrs. Mas o entrosamento já estava lá, o Bruno que entrou na batera já tocava com o Marcelo havia muito tempo também.

A arte da capa do EP é bem legal, quem é o artista responsável pela ilustração utilizada?

Daniel:Foi o WendellNarkdemi, procurem no Instagram, o cara é um monstro.



Quem produziu o EP e como foi o processo de gravação desse material?

Daniel:Quem produziu foi o Jhon França, um irmão p/ gente com certeza. Ele já tinha produzido o disco do Cerberus Attack e eu tinha gostado muito do que eu tinha ouvido até então. A batera e a voz foram gravadas em estúdio e as cordas foram feitas no esquema caseiro, com interface. 

Com relação ao direcionamento das letras, vocês tomaram um direcionamento mais politizado, o que vocês buscam abordar nas letras?

Daniel:No momento que a gente vive é muito natural para uma banda que tem raízes no punk e hardcore falar da insanidade coletiva que tem rolado né? Não tem como abordar o tema sociedade sem tocar nesse assunto.  A gente também tem letras abordando outros temas, mas para esse EP achamos legal focar mais nessa parte.

Há material inédito além do que foi lançado no EP? Vocês pretendem lançar um album completo no futuro?

Daniel: Existe sim, nós temos mais umas 4 ou 5 músicas prontas. A real é que nosso futuro é muito incerto, como eu disse a distância dificulta bastante as coisas, e eleva os custos para produtores realizarem um evento com a gente no cast. Vontade de gravar o disco a gente tem com certeza mas vamos ver como as coisas caminham.

Como está sendo esse momento de quarentena para a banda e quanto isso tem impactado a cena a seu ver?

Daniel:Até antes da quarentena para nós a coisa estava meia parada, fizemos poucos shows depois do lançamento do EP por conta da distância, mas todos eles tinham sido muito bons! Agora o impacto na cena é uma parada que eu tenho acompanhado de perto. O maior impacto fica para quem vive exclusivamente de música, donos de estúdios, bares, etc. E agora é a hora de quem pode, tentar ajudar essas pessoas que mantém de certa forma a cena viva. Musicalmente eu vejo as bandas procurando alternativas, vi algumas lives, lançamento de singles mas realmente a troca de energia ao vivo é o que mantém uma banda, então é um período que está sendo e ainda será difícil, mas muito necessário, é uma fase de adaptação e resistência. Ajude aí a banda que você curte, compra um merchan, compartilhe o disco e etc., ajude as pessoas para que a cena também sobreviva.

Uma pergunta pra pensar de forma positiva num momento pós-quarentena, que bandas a Re-Animation gostaria de dividir o palco, se fosse pra montar um festival em que vocês fossem os headliners, hipoteticamente falando, ou seja, qualquer banda em qualquer período da história!!!

Daniel:Rapaz ficaria até pequena para gente, acho que DRI, Ratos, Dark Angel, FKÜ e Megadeth do início dos anos 90. Ninguém nem ficaria para ver a gente, mas acho que essas bandas são meio que a base do nosso som.

Mantendo nosso tópico de sempre que nunca falta em nossas entrevista, gostaríamos que citassem quais são os 5 melhores álbuns de todos os tempos para você, independente de gênero.

Daniel:
Ratos de Porão - Ao Vivo 
Sepultura - Arise
Helloween - Keeper of the seven keys II
Shaman - Ritual
Suicidal Tendencies - Lights… camera… revolution

Pra finalizar, gostaria de deixar esse espaço pra que mande sua mensagem como bem entender e a quem interessar, muito obrigado pela ideia e vida longa a Re-Animation!!!

Daniel:Muito obrigado pelo espaço, queria pedir de verdade que nesse momento as pessoas que podem ajudar, com qualquer valor ou com qualquer outra coisa, ajudem quem está precisando. O isolamento é necessário, mas ele traz prejuízos imensos a trabalhadores que precisam sair de casa. Vamos estender a mão e nos ajudar, independente de estilo musical. Se informem e fujam de fake news.





segunda-feira, 20 de abril de 2020

5 DISCOS QUE MUDARAM MINHA VIDA #1

Hoje vamos inaugurar uma nova sessão aqui no Microfonia, onde pedimos pra que o participante convidado(a) nos conte quais são os 5 discos que mudaram sua vida, aqueles albuns que o fizeram pirar e que tem lugar especial na coleção e no coração da pessoa, as pessoas que vão participar são integrantes de bandas que entrevistamos aqui no blog, amigos músicos, produtores de conteúdo, etc. Todos que tenham a mesma paixão que nós, por música extrema e underground em geral, gente da gente e que compartilha o corre, espero que curtam e aumentem a sua playlist com os sons que vão descobrir ou redescobrir por aqui.
Nossa primeira participante é a Nata, vocalista do Manger Cadavre?, formação Hardcore/Crust de SJC-SP na ativa desde 2011 que já entrevistamos aqui e vem sempre figurando em nossas listas de melhores do ano, devido aos trampos foda que vem lançando um atrás do outro ao longo de sua trajetória, terminadas as apresentações vamos ao que interessa, conheçam quais são os 5 discos que mudaram a vida da Nata!!!




THE CURE – DISINTEGRATION (1989)




Esse é o álbum que eu ouço desde a adolescência sempre que as bads batem (ou não, pois é um disco incrível). Cada detalhe das músicas toca no meu mais íntimo e cada letra tem um significado especial.

CATHARSIS – PASSION (1999)



Esse é um álbum para se ter em CD. Destrinchar o encarte, engolir cada palavra (e no lançamento brasileiro, vem letras traduzidas). Com textos fantásticos, porém com um ar niilista, tem riffs incríveis, quebradas surpreendentes e um baixo que fica na cabeça por um bom tempo.



NAPALM DEATH – SMEAR CAMPAIGN (2006)


É o álbum que eu mais gosto da banda preferida (porém não está no topo na lista). O Smear Campaign foi o meu primeiro contato com Napalm Death e segue sendo meu disco favorito deles. Na época da popularização do download do MP3, um amigo baixou pra mim e de lá, são 14 anos ouvindo semanalmente. Já tirei até um cover da “When All is Said and Done” com a Manger Cadavre? (hahahaha)


ATARI TEENAGE RIOT – 60 SECOND WIPE UP (1999)


A ATR é a banda que tem o show mais absurdamente foda que eu já fui, e a paixão pela banda começou com esse disco. O “Reset” é excelente, mas os fãs de hardcore eletrônico e cultura cyber punk tem o 60 como um divisor de eras.



SIOUXSIE & THE BANSHEES – TINDERBOX (1986)


Sioux tem as bases mais fodas do gótico/ pós punk. É outro disco que tenho o vinil desde os 14 anos e ouço sempre até os dias de hoje.




Conheça o Manger Cadavre?



quarta-feira, 15 de abril de 2020

QUARENTENA MICROFONIA PARTE II - 6 DICAS DE DOCS SOBRE MÚSICA E COMPORTAMENTO - POR BETO FILHO

Antes de começar essa indicação muito bacana, quero deixar uma notícia de utilidade pública. Eu sei que é uma merda ficar em casa a todo o momento. Eu, particularmente, estou saindo de casa somente para ir ao mercado e para levar minha sogra ao dentista. Sempre me policio de sair uma vez por semana para que eu não fique exposto e que eu não seja mais um vetor bosta para espalhar essa porra pra todos os que estão à minha volta. Além disso, o mundo mudou. Esqueça tudo que você viveu, porque daqui para frente nossos comportamentos, sejam eles de consumo, de viver em sociedade, seu trabalho, sua quebrada, seu país. As mudanças serão bem significativas e somente saberemos se serão boas se fizermos nossa correria pensando no coletivo, não sendo um boçal egoísta e pensar somente no seu e na sua família. Todos são manos...todos são humanos! Portanto, não seja mais um bosta que acha que temos que voltar a vida ao normal. Se puder, FIQUE EM CASA! Mas enfim! Com toda essa loucura de quarentena, eu tenho me policiado a ler, ouvir rolês musicais diferentes e assistir a documentários, além de cozinhar, que é uma grande terapia para mim. Sim, eu sou um headbanger que gosta de arriscar umas receitas na cozinha, mesmo dando errado. Afinal a cozinha é um laboratório. Para amenizar toda essa tristeza que é ficar confinado dentro de casa sem poder sair para beber com os amigos e ouvir uns rolês da cena num bar, a mente precisa ser consumida por coisas boas. Para isso, temos a tecnologia a nosso favor. A seguir, eu vou indicar cinco documentários que curti muito e quem gosta de cultura, contracultura e comportamento, possam ser de grande valia. Bom adiantar que alguns materiais estão restritos a plataformas de streaming (Amazon Prime e Netflix) e outros estão abertos para assistir no YouTube em ótima resolução. Aí vão eles!

1 - Mais do que uma peça: Um Documentário Lego (2015)


Disponível somente no Amazon Prime, é um documentário belíssimo que fala da história da empresa dinamarquesa, sua visão, sua importância e o legado que a empresa deixou para a sociedade, além de ter uma legião de fãs das peças plásticas no mundo todo. Ademais, as peças de Lego, segundo o documentário, é objeto de estudo por grandes centros de pesquisa (inclusive dentro da área da saúde e espacial). É uma espécie de documentário que faz os mais velhos como eu voltarem no tempo, além de concluir que o Lego extrapola os limites de ser somente um brinquedo, é muito mais que isso. Depois que eu pesquisei para escrever a respeito desse documentário, eu descobri que o concorrente da Amazon Prime, a Netflix possui também um material sobre a Lego, mas focado no museu Lego House, concluída sua construção em 2017 em Billund, na Dinamarca.









2 - Desagradável - Gangrena Gasosa (2013)

Galera, o nome desse documentário foi perfeitamente escolhido, pois eu acredito que nunca tinha visto um documentário tão maluco, bizarro e insano como esse, tratando a trajetória dos cariocas que criaram o movimento “Saravá Metal”, o Gangrena Gasosa. Banda que foi confirmada para o Abril pro Rock desse ano (e que agora não sei mais se vai rolar devido a tudo isso que está acontecendo no mundo), o documentário trata de uma trajetória totalmente maluca, começando pelas origens, nos meados de 1990 e até histórias da inesquecível turnê que eles fizeram na Alemanha, em 2001 e os dias de hoje. Esse material é facilmente encontrado no Youtube, mas se quiserem o material físico, procurando bem em lojas especializadas, existe em DVD duplo, onde além do documentário, esse material possui um show realizado no Inferno Club, em São Paulo, no dia 03 de dezembro de 2011. Uma das coisas mais malucas que assisti na minha vida dentro do rolê da música underground, sem exageros!






3 - O Barato de Iacanga (2019)

Lindo! Esplêndido! Histórico! Confesso que fiquei muito empolgado ao assistir esse documentário que posso dizer que é um gatilho para que o Rock In Rio acontecesse no Brasil. Muita gente (como eu) não sabe que no meio do mato do interior de São Paulo, numa cidadezinha chamada Iacanga, ocorreu um dos maiores acontecimentos (se não for o maior!) da Música Popular Brasileira, que foi o Festival de Águas Claras. O documentário (disponível no Netflix) trata de como foi realizado as quatro edições desse Festival (1975, 1981, 1983 e 1984) e toda a peregrinação dos “bichos-grilo” de todo o país, começando como um festival que cultuava muito mais que a música brasileira, mas a reunião de pessoas que queriam somente cultivar o amor, a paz e o pensamento coletivo, e que mais tarde teve interesse muito maior, havendo acordos que culminaram em mudanças de formato, dinheiro e alcance nacional. Não é a toa que esse festival foi apelidado de “Woodstock Brasileiro”. Festival ocorrido na Fazenda Santa Virgínia, onde o idealizador do Festival era Antonio Checchin Junior, mais conhecido como Leivinha, o documentário mostra como ele conseguiu reunir em Iacanga grandes nomes da MPB, como Os Mutantes, O Terço, Jorge Mautner, Sandra de Sá, Egberto Gismonti, Hermeto Pascoal, Gilberto Gil, Alceu Valença, João Gilberto, Raul Seixas e até Moraes Moreira, que nos deixou na última segunda-feira (13/04/2020), decorrência de um infarto do miocárdio. Assistindo a esse documentário, me fez ficar mais curioso em pesquisar sobre artistas de que nunca ouvi falar ou de que tinha ouvido falar e que nunca cheguei a ouvir um som, como por exemplo, Hermeto Pascoal, que tem uma carreira de 70 anos na música e um dos maiores multi-instrumentistas brasileiros na atualidade...e vivo! (ele tem 83 anos). Vocês devem estar se perguntando: “Esse cara tem uns surtos musicais muito malucos. Ele consegue comentar de HC, Thrash, Death e ao mesmo comenta sobre MPB.” Eu respondo que você está certo! Eu surto musicalmente e aconselho a todos terem esse surto, porque ele é produtivo, desde que a pesquisa seja focando a boa música. Nesses últimos oito anos, andei pesquisando muito sobre MPB e confesso que, junto com o Thrash e o Punk, a MPB é um dos meus grandes amores musicais. Enfim, no resumo, é um belíssimo documentário, um registro histórico da Música Popular Brasileira.









4 - Chico Science: Um Caranguejo Elétrico (2016)

Quando eu tinha lá pelos meus 14 anos (faz tempo!) eu lembro que meu primeiro impacto com Chico Science & Nação Zumbi foi num programa da MTV exibido pela Astrid Fontenelle (acho que era o Disk MTV) e que estava passando o clip de “A Cidade”. Depois de muito tempo na minha vida adulta eu conheci os caras mais a fundo e, na minha opinião, Chico Science & Nação Zumbi foi o maior acontecimento musical brasileiro e cultural ocorrido nos anos 90, sem sombra de dúvidas! O documentário mostra, a vida de Chico Science, a vila onde nasceu, suas ideias de criar mais que um movimento musical, mas uma manifestação cultural que fizesse Recife ser conhecida como fábrica de grandes artistas e de movimentos coletivos voltados ao fomento da cultura e da arte. Um lance muito interessante nesse documentário é a importância de Liminha na produção do “Da Lama ao Caos” e como decolaram para o sucesso em menos de três anos de banda, além da viagem que a banda realizou no seu primeiro rolê internacional, um festival que ocorreu em Nova Iorque. Sou suspeito de falar de um documentário da banda que já perdi a conta de quantos rolês já fiz para vê-los ao vivo e que faço questão de ter material físico deles (possuo 4 plays deles). Para quem é fã ou para quem não conhece e quer conhecer como é a cena cultural em Recife, considero como material imperdível.







5 - Fyre Festival: Fiasco no Caribe (2019)



Antes de falar desse documentário, quero dizer que conheci o camarada Evandro, idealizador do Microfonia Underground através de um fiasco de festival, que foi o Metal Open Air. Eu reservei minhas suadas férias de abril de 2012 e resolvi sair de Barueri-SP para São Luis-MA esperando ver um imenso festival, mas que os organizadores foram corruptos e falastrões, entregando um festival que quase não ocorreu devido à solidariedade de algumas bandas com os fãs, mas que tinham todas as razões de não ocorrer. Lá,vimos um mar de gente indo dormir em celeiros de cavalos, sem segurança, com algumas ocorrências de roubo de câmeras fotográficas e celulares. O Metal Open Air foi um inferno, um desastre! Processei os organizadores, mas ficou em vão, eles não compareceram em nenhuma das duas audiências de conciliação e a causa ficou arquivada. Financeiramente, tive prejuízos. Mas tive lucros sentimentais, como a amizade com muitos camaradas que conheci lá e que até hoje tenho contato. Evandro, um dia vamos tomar umas ouvindo umas podreiras....kkkk Eu iniciei assim, porque o documentário sobre o Fyre Festival é parecido com o que passei no Maranhão, claro que com abordagens musicais e financeiras totalmente distintas. Disponível no Netflix, o documentário trata de um festival luxuoso que aconteceria nas Bahamas e que foi um fiasco devido a uma onda de mentiras, corrupção e loucura do empresário e organizador do evento, Billy McFarland. O Fyre Festival “prometeu” mais que um festival, mas uma experiência exclusiva. Com ingresso VIP que poderiam ultrapassar os 100 mil dólares, incluindo alta gastronomia, “gente bonita” e acomodações de luxo. Em resumo, um festival para as elites, com estrutura milionária, mas com Blink 182 e Disclosure (???) nos palcos (quem tem muito dinheiro realmente gasta com muita merda e nem liga pra isso). O resultado mostra no documentário um verdadeiro inferno, mostrando a chegada do público encontrando cabanas improvisadas e colchões, além da “alta gastronomia” prometida ser um pão de forma com duas fatias de queijo e tomate. Confesso que é um documentário revoltante, ainda mais para mim e para o Evandro, que, tivemos situações parecidas em abril de 2012, mas que considero um ótimo material de tudo que não se deve fazer quando se planeja um evento.








6 - Krautrock: The Rebirth of Germany (2009)

Documentário produzido pela BBC trata de uma cena experimental do movimento underground germânico em meados dos anos 60 e 70 e como esse movimento serviu de inspiração para grandes artistas, como David Bowie e Iggy Pop. O material foca em entrevistas com integrantes dos maiores expoentes do Krautrock, como o Tangerine Dream, Amon Düül, Faust, Neu!, Can e Kraftwerk e como o pós-guerra foi o gatilho para que a Alemanha tivesse um movimento musical próprio e autêntico. Confesso que desse movimento eu conheço somente o Kraftwerk (inclusive fui no show deles em 2009 aqui em São Paulo), fazendo com que eu conheça mais sobre esse rolê, mesmo sabendo que não é de meu apreço.





TEXTO POR BETO FILHO 

quinta-feira, 9 de abril de 2020

ESKRÖTA - CENAS BRUTAIS (2020) - REVIEW MICROFONIA






Ficha técnica:

• Banda: Eskröta

• País: Brasil - (Rio Claro-SP/ São Carlos-SP)

• Atividade: 2017- presente

• Álbum: Cenas Brutais

• Gravadora: Independente

• Produção, mixagem e masterização: Martin Furia

• Co-Produção: Prika Amaral (Nervosa)

• Gênero: Crossover

• Membros: Ya Amaral - Vocal e guitarra, Tamy Leopoldo - Baixo e back vocals, Jhon França - Bateria



Cenas brutais é o primeiro full da Eskröta, o antecedem o EP "Eticamente questionável" e o  Split com a Afronta, "Ultriz", são onze faixas produzidas pelo Martin Furia e com co-produção da Prika Amaral, guitarrista da Nervosa, possui várias participações que somaram positivamente as faixas em questão, que citaremos logo menos!
"Cenas Brutais" é fruto de um financiamento coletivo, que inclusive ultrapassou a meta proposta, mostrando a força da banda no underground que vem lançamento após lançamento ganhando destaque na cena e sem dúvidas tem muita representatividade.
O disco inicia com a faixa "Grita" e dá a tônica do que é o "Cenas brutais", sucessivos retratos de situações cotidianas, sobre violência contra mulher, injustiças sociais, repressão policial, que infelizmente são comuns no dia a dia de milhões de pessoas. 
Aqui já temos uma amostra do que vai ser a marca registrada ao longo das onze faixas, o trampo de guitarra é excepcional, uma enxurrada de riffs é despejada com autoridade, impossível não se contagiar com a força de cada faixa, que são certeiras e brutais!
"Tribunal popular" trata sobre a incursão policial na favela de Paraisópolis que acabou em tragédia devido a ação truculenta da policia, tem uma pegada até mais hardcore em alguns momentos e variações pra um momento de cadência que é simplesmente um convite pra quebrar o pescoço!!!
"Vai se arrepender" traz a primeira participação do disco, Mayara Undead Puertas, do Torture Squad, uma música sobre vingança! Um thrash metal fudido, rifferama e velocidade, e os vocais de Mayara imprimem ainda mais agressividade na faixa!
Na sequencia vem "Cárcere", outra faixa abordando de forma certeira e inteligente o tema violência contra mulher, que sem dúvidas é uma epidemia no Brasil, sobre uma mulher que precisa matar o marido em legitima defesa, pois é matar ou morrer, levando sempre a uma reflexão.
"Cruzamento maldito" não dá refresco algum, segue a pancadaria é riff em cima de riff, uma letra que trata de injustiça social, sobre pessoas invisíveis que tem que se humilhar nos semáforos em troca de alguns trocados pra sobreviver e são ignorados diariamente.
"Condenados" é outra faixa que retrata a violência policial nas comunidades carentes e é muito foda, tanto a letra quanto a música em si, muito bem construídas!
"Não vale nada" fala sobre os crimes da Vale em Brumadinho e Mariana que vitimaram centenas de famílias e seguem impunes até hoje.
"Massacre" retrata a invasão das terras e extermínio dos povos indígenas  e tem uma letra bem forte e incisiva nesse sentido, retratando um caso real.
"Follow the money" é um retrato do país atualmente, fala sobre a corrupção e o sucateamento do SUS e o povo sendo jogado na miséria a mercê da própria sorte! 
"Refugees" fala sobre a postura xenófoba de parte das pessoas com os refugiados, como se fossemos donos dessa terra e traz a participação foda da Fernanda Lira, vocal e baixo na Nervosa, um crossover mais que oportuno entre Eskröta e Nervosa que rendeu essa faixa extremamente agressiva!
Fechando o disco temos "Filha do Satanás", que retrata em sua letra a conhecida história de Carrie, a estranha, de Stephen King, que ficou muito foda na abordagem aqui feita, com a participação de Hugo Golon da Cemitério fazendo o duo vocal pra contar essa história de vingança telecinética!
Juntando todas as onze faixas nesse último comentário sobre o disco, podemos observar que a produção ficou impecável, captou todo o peso e agressividade da banda, sujeira na medida certa e Jhon França se encaixou muito bem na bateria da banda, trouxe um novo vigor, o cara tem uma pegada perfeita para o que foi proposto no disco e não poderia deixar de citar a arte que embala tudo isso, Alcides Burn entregou uma capa foda pra caralho que dialoga muito bem com o título do disco, é isso! Ouçam "Cenas Brutais", comprem merch da banda e apoie o underground, principalmente nesse momento de pandemia em que está todo mundo parado e dependemos de nos unir pra que todos se mantenham nessa parada obrigatória, valeu!!!


TRACKLIST

1- Grita
2- Tribunal Popular
3- Vai Se Arrepender
4- Cárcere
5- Cruzamento Maldito
6- Condenados
7- Não Vale Nada
8- Massacre
9- Follow The Money
10- Refugees
11- Filha Do Satanás 




quarta-feira, 8 de abril de 2020

QUARENTENA MICROFONIA - 5 DICAS DE DOCS SOBRE MÚSICA

Atravessamos um difícil momento em que essa pandemia nos força a permanecer em nossas casas pelo bem do coletivo, testando nossa sanidade mental e capacidade de nos entreter com algo sem sair pra qualquer lugar, pra isso, temos um grande auxilio da internet, já que existe uma vasta gama de conteúdos a serem explorados, nem tudo obviamente é interessante ou oferece algo positivo, porém, há sim uma grande quantidade de coisas boas pra conhecer e disseminar, então hoje o Microfonia gostaria de trazer algumas dicas de documentários sobre a rica cena underground brasileira que valem a pena ser assistidos! A jogada aqui é que de certa forma essas dicas tem alguma ligação entre si, o principal fator de ligação, o movimento punk brasileiro! Então espero que curtam!


VIVA VIVA - BRASIL PUNK

Documentário dirigido pela Carolina Pfister, de novembro de 2014, traz uma visão da cena punk de SP, apresentando um choque de gerações, com depoimentos de músicos que participaram do ínicio do movimento em meio a ditadura até o surgimento e popularização do Straigh Edge na década de 90, expondo os vários pontos de vista de atores dessa cena, desde o movimento dentro da periferia e todas a dificuldades e limitações, passando pela visão feminina do negócio, que foi bastante excluída na construção do movimento, e com bandas mais contemporâneas do movimento.
Aparecem no documentário Ratos de Porão, Inocentes, Dominatrix, Ruína, Invasores de Cérebro, No Violence, Restos de Nada, The Dealers, Fato Expressivo, Pátria Odiada, Infect, I Shot Cyrus, Point of No Return, Constrito entre outros.





BOTINADA (A ORIGEM DO PUNK NO BRASIL) 

Dirigido pelo grande Gastão Moreira, esse é o mais completo documento sobre a cena punk brasileira, traz um relato histórico, contado pelas pessoas que construíram o negócio desde o seu inicio, vai fundo nos primórdios do movimento e basicamente nos entrega uma página da história da música brasileira, a bagagem musical do diretor desse doc já fala por si só, então não vou me aprofundar muito pra explicar que esse é o retrato mais completo que você poderá ver sobre o tema e deixo a frase de Chico Buarque que dá início ao vídeo: "Se punk é o lixo, a miséria e a violência, então não precisamos importá-lo da Europa, pois já somos a vanguarda do punk em todo mundo"






Que Esse Grito Não Seja em Vão! Tributo ao Cólera


Dirigido por Raphael Ericshen e Tiago Berbare, esse na realidade é um tributo ao grande Redson Pozzi, é inegável a importância do cara como um dos pilares da criação e solidificação do movimento punk em seu início, o Cólera é como a gênese de tudo, um cara que sempre esteve a frente de seu tempo, primeira banda a levantar uma bandeira, sobre pacifismo, sobre preservação do meio ambiente, então aqui nesse mini-doc, é uma homenagem ao grande ícone que acabou nos deixando precocemente, em setembro de 2011 aos 49 anos, com depoimentos de Clemente (Inocentes), João Gordo e Jão (Ratos de Porão), Nenê Altro (Dance of Days), Antônio Bivar entre outros, prestando tributo e resgatando lembranças e opiniões sobre a banda, sobre a figura icônica que foi o líder do Cólera!






GUIDABLE - A VERDADEIRA HISTÓRIA DO RATOS DE PORÃO

Ao lado de Cólera, Restos de Nada e Inocentes, o Ratos de Porão é uma das mais importantes bandas do movimento punk brasileiro e também mundial, é inegável a contribuição e participação que a banda teve na criação e consolidação até mesmo de outros generos, como o hardcore e o crossover, sendo taxada até de traidores do movimento por terem flertado com o metal que na época não se misturava com o punk, aqui temos os próprios integrantes contando a história da trajetória do grupo ao longo de seus até então 25 anos de carreira.
Descontraído e com depoimentos muito divertidos ao londo das 2 horas de vídeo, os diretores Fernando Rick e Marcelo Apezzato conseguiram compilar nesse documentário um dos melhores e mais completos registros desse formato, sendo você fã ou não da banda, vale como uma forma de ver como a história da banda se confunde com a história do movimento punk brasileiro num primeiro momento e como mais tarde os caras se envolvem com a galera de Minas que vinha fazendo acontecer outra história que não cabe aqui mas que se entrelaça devido a amizade com o Sepultura.
A versão física do material é em DVD duplo, logo esse video traz as duas horas de doc, mas no outro DVD há mais de seis horas de extras, item de colecionador, e um pedaço da história do underground nacional!






30 ANOS CRUCIFICADOS PELO SISTEMA

Conversando com nossa penúltima dica de doc, aqui temos o registro dos 30 anos de Crucificados pelo sistema, primeiro álbum completo de uma banda de hardcore na América Latina, faixas que se mantém clássicas e atuais ao mesmo tempo, esse disco tem uma enorme importância histórica, sem dúvidas, sempre citado quando falamos dos primórdios do punk brasileiro e sul-americano, aqui há os depoimentos e reunião de todos os integrantes originais da banda, Jão, Mingau, Gordo e Jabá, responsáveis pelo registro do álbum e explicam o cenário e as condições em que tudo foi concebido, além de outros ícones do punk que fizeram parte disso, como o Ariel, Redson Pozzi, Fábio Olho Seco, Clemente dos Inocentes, entre outros, o Ratos fez alguns shows comemorativos com a formação desse disco para comemorar as três décadas desse petardo, vale demais ouvir cada depoimento e como abordei de início, com esses documentários, dá pra ter um grande panorama do movimento, aproveitem o isolamento social e enriqueçam o HD de vocês!!!







*BÔNUS (SHOW COMEMORATIVO 30 ANOS DE RATOS DE PORÃO)

Como combinado foi entregue nossas cinco dicas de docs sobre música pra melhorar a sua quarentena nessa maldita pandemia, no entanto gostaria de deixar esse registro que tem tudo a ver com nossas últimas dicas, esse show trás todos os membros que fizeram parte do Ratos ao longo de sua história, executando em ordem cronológica músicas de toda a carreira da banda com seus integrantes originais, show antológico que fica como dica bônus amigos!!! Não é documentário, mas um show que apresenta todas as fases da banda em forma de música, ou seja, é a história do RDP tocada por que a escreveu, foda demais!!!





quarta-feira, 1 de abril de 2020

GURO - ANTICRISTO (2020) - REVIEW MICROFONIA




Ficha técnica:

• Banda: Guro

• País: Brasil (Londrina-PR)

• Atividade: 2014-presente

• Álbum: Anticristo

• Gravadora: Vários selos 

• Gênero: Grindcore, Death Metal

• Membros: Thiago Franzin - Guitarra, Francisco Paiva - Bateria, Eron Bueno - vocal


Guro é uma figura sempre presente nos rolês mais brutais aqui da região norte do PR, a banda foi Formada no final de 2014 por Francisco Paiva (bateria) e Guilherme Tavares (guitarra e voz), com Bruno Eduardo assumindo os vocais em seguida, os caras já participaram de compilações, lançaram um EP e tem dois splits com Cruel Face e Captain Trhee Leg e chegam agora ao lançamento de seu primeiro full, “Anticristo”, são 20 faixas distribuídas em pouco mais de 25 minutos, carregando de forma sublime o selo de anti-música e despejando extremismo e brutalidade! (Formação atual da banda conta com Thiago Franzin - Guitarra, Francisco Paiva - Bateria, Eron Bueno - vocal)

Pontos altos são difíceis de enumerar em meio a todo esse caos sonoro, que vale ressaltar, ganhou uma produção a altura, sujeira na medida certa, a sonoridade capitada nesse disco traduz bem a proposta da banda, que tem boas variações em suas faixas, com aquelas paradas mortais pra antecipar o inferno que está por vir e momentos de cadência que se encaixam perfeitamente, cortesias do death metal que tem presença na personalidade do negócio.

As letras são um capítulo a parte, curti muito as temáticas abordadas pela banda, não que não haja outras bandas que abordem temas como os encontrados aqui, como a degradação humana, decadência e declínio da sociedade, etc, mas a forma como isso é feito é que faz a diferença, li todas as letras acompanhando enquanto ouvia o play e achei muito bem escrito e ideias bem encaixadas, vide “Horrorshhow”, “Açucar”, “Lata”, etc.

Enfim, dá orgulho de saber que nosso underground é capaz de produzir bandas como a Guro, e massa por serem nossos vizinhos aqui de Londrina e que podemos sempre que possível prestigiar o trampo dos caras, o material ainda não está disponível em formato físico, mas assim que rolar vamos adquirir pra poder atualizar essa resenha com imagens do disco que virá com três faixas de bônus, no mais acessem nas plataformas digitais e ouçam essa pedrada!





TRACKLIST:


1.Grind pop freak
2.Morto 
3.Horrorshow 
4.Anticristo 
5.Grindcuzão 
6.Baskin 
7.Athenesic 
8.Buried alive 
9.Açucar 
10.Necropolis 
11.Ascaris 
12.Otromsued 
13.Lata 
14.Daughter of satan 
15.Vazio 
16.No hope coke 
17.Cannibals 
18.O ceifador 
19.Sádico 
20.Suicídio


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